Sem livros de colorir, faturamento do varejo de livros desaba em maio
PublishNews, Leonardo Neto, 13/06/2016
Segundo a Nielsen, a queda real no faturamento do quinto período é de 29,6% e de 14,43% no acumulado do ano

Loja da Saraiva no Shopping Higienópolis em São Paulo | ©Leonardo Neto
Loja da Saraiva no Shopping Higienópolis em São Paulo | ©Leonardo Neto
Em maio de 2015, o mercado editorial brasileiro vivia o auge dos livros de colorir. Naquele período, 17 de cada 100 livros vendidos em livrarias e supermercados brasileiros eram desse tipo. Um ano depois, não apareceu nenhum outro fenômeno de vendas que se iguale. Com isso, os comparativos ano a ano são estarrecedores. De acordo com o Painel das Vendas de Livros no Brasil, divulgado pela Nielsen e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) nessa segunda-feira (13), em faturamento, o varejo de livros teve queda de 23,03% no quinto período de análise do ano, que vai de vai de 20/04 a 17/05, caindo de R$ 125 milhões para R$ 96 milhões. Considerando o IPCA acumulado nos últimos 12 meses, de 9,32%, a queda real foi de 29,6%. Em volume, a queda ainda é mais visível. No período, foram vendidos 3.712.407 exemplares, versus 2.540.807, no mesmo período de 2016. Diferença de mais de 1,1 milhão de livros, ou 31,56% a menos.

Mas não foi só a ausência de um fenômeno que substituísse as vendas dos livros de colorir. A pedido do SNEL, a Nielsen fez uma simulação, excluindo os livros de colorir das contas e ainda assim, o resultado não é favorável, apresentando retração de quase 17% no volume de exemplares vendidos.

No acumulado do ano, outro alerta. O faturamento segue sofrendo uma variação negativa nominal de 6,45%. Considerando a inflação no período, a queda real foi de 14,43%, nas 20 primeiras semanas de 2016 em comparação ao mesmo período de 2015. Em volume, a queda acumulada é de 15,91%.

Clique aqui para baixar a íntegra do Painel.

[13/06/2016 09:30:00]