A Lista dos Mais Vendidos do PublishNews essa semana trouxe seis novidades em quatro categorias. O destaque, no entanto, vai para as obras Não venda produtos, venda resultado! (Gente), do empreendedor e especialista em marketing Moisés Ramos e que alcançou o oitavo lugar na Lista Geral ao vender 813 exemplares na semana; e O trem tá feio (Citadel), de Gustavo Tubarão, que figura na 13ª posição com 629 exemplares vendidos. No livro de Moisés, ele ensina um novo jeito de encarar o processo de vendas on-line. Ramos explica que vender on-line não é sinônimo de mecanização e que valorizar o produto ou serviço é a chave para vender mais e melhor. Já no livro de Gustavo Tubarão, o fenômeno do Instagram com mais de 10 milhões de seguidores compartilha seus problemas com os leitores de maneira bem-humorada, “porque o riso não deixa de ser uma arma”, e conta como se curou da depressão. Para ficar de olho: além das seis estreias, outras duas obras vêm escalando a Lista de Mais Vendidos nas últimas semanas. O fabricante de lágrimas (HarperCollins), de Erin Doom, que desde que o filme estreou na Netflix no início de abril, vem subindo na Lista Infantojuvenil; e Mãe, me conta sua história (Sextante), de Elma Van Vliet. Com a aproximação do Dia das Mães, o livro também vem subindo na lista de Não Ficção desde a semana passada. Na apuração atual, o livro já alcançou a segunda posição na categoria. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O g1 publicou uma reportagem sobre escola católica Antônio Vieira, de Salvador, que foi criticada por utilizar livro Pequeno manual antirracista (Companhia das Letras), de Djamila Ribeiro. O caso repercutiu nas redes sociais após uma mulher (que ainda não se sabe se é mãe de algum aluno da escola), postar mensagens indignada com a religião de Djamila, que é candomblecista. Também no g1, a Polícia Federal recuperou livro escrito em 1823 que fora furtado de museu no Pará há 16 anos. A obra Simiaum et vespertilionum Brasiliensium species novae, escrita pelo zoólogo alemão Johann Baptist von Spix contém ilustrações e descrições da fauna e da flora do Brasil tinha sido levada do museu Emílio Goeldi na cidade de Belém em 2008, junta de outros livros raros. Um dos destaques da semana no Brasil é o show gratuito da cantora Madonna em Copacabana. No Globo, a reportagem sobre a escritora Cecília Madonna Young, filha de Fernanda Young, que recebeu uma entrada para a área vip do show da cantora no sábado (04). O jornal também relembrou a biografia da artista Madonna, escrito pela jornalista Mary Gabriel. Ainda sobre a rainha do pop, o Estadão relembrou a crônica Na cama por causa de Madonna, escrita por Caio Fernando de Abreu para o veículo em 1993, na primeira passagem da cantora pelo Brasil. O Estado de S. Paulo também falou mais sobre as biografias de Chico Buarque, Tom Jobim e João Carlos Martins, que serão lançadas este ano. A Folha de S. Paulo falou sobre a trajetória e a obra de Paul Auster, morto na terça-feira (30). A Folha também fez uma reportagem que mostra por onde começar a ler a obra do escritor. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Feira Internacional do Livro de Pequim (BIBF), a maior feira de livros da Ásia, que ocorre neste ano de 19 a 23 de junho de 2024, anunciou que esta 30ª edição será de avanços na participação internacional, com 70 países representados. O BIBF está buscando editoras para fazerem parte de um programa de Patrocínio para Editoras Independentes, aberto a empresas internacionais com menos de 30 funcionários. O BIBF fornecerá aos candidatos selecionados um estande, uma passagem aérea de ida e volta e apoio durante a Feira. O prazo de inscrição é até 10 de maio de 2024. Para mais detalhes, é possível entrar em contato com a responsável pelo programa, Zhang Jie (zhangjie1@bibf.net). No total, haverá 26 estandes coletivos nacionais ou regionais de todo o mundo. Isso ocorre à medida que a OpenBook relatou um crescimento no mercado varejista de livros da China de 4,72% em 2023, retornando ao crescimento positivo após a queda em 2022. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

A Editora Globo está à procura de um editor assistente. Para se candidatar à vaga é preciso ter conhecimento de edição de livros e editoração, domínio do Adobe Acrobat, inglês em nível avançado e conhecimento básico em outra língua (preferencialmente espanhol, francês ou italiano). As funções do cargo incluem participar da escolha dos colaboradores terceirizados, negociando prazos e valores; fazer a coordenação de colaboradores; fazer contato com autores, agentes literários e editores estrangeiros, solicitando imagens, arquivos, novos títulos; responsabilizar-se pela edição final de alguns títulos designados pelo editor; gerenciar as imagens e pesquisa iconográfica, buscando recursos para redução de custos; fazer a batida de emendas, aprovação de plotters e heliográficas, conferindo as informações do trabalho feito pelo revisor e pela equipe de arte; revisar e aprovar as provas de gráfica de capa e miolo; gerenciar o borderô, controlando e organizando os gastos mensais com os colaboradores; opinar sobre a qualidade do texto de terceirizados; sugerir títulos de autores brasileiros e estrangeiros; avaliar originais; acompanhar o mercado internacional e brasileiro, entre outras funções. Interessados devem enviar currículos para selecao@edglobo.com.br com o assunto: Editor Assistente Globo Livros.

A Paulus Editora abriu duas vagas em seu time. A primeira delas é para o cargo de coordenador de design editorial para supervisionar a equipe de designers, liderar criação de design de livros, capas e miolos e acompanhar todo o processo da criação a impressão de livros. É preciso ter superior completo na área de Design Editorial ou Artes, Produção Editorial, especialização na área e experiência na área editorial. A segunda vaga é para designer editorial. A editora precisa de alguém para criar design de livros, capas e miolos, sugerir tipos de papéis e acabamentos e diagramar livros. A especialização é a mesma do cargo anterior. Ambas as vagas são CLT e presenciais. Interessados devem encaminhar currículos para rh@paulus.com.br sinalizando no assunto o nome do cargo de interesse.

A região norte do Brasil – mais especificamente o Amapá – é a casa de uma nova editora, a Editora O Zezeu, liderada pela escritora Lulih Rojanski, que traz 30 anos de experiência no campo literário. A transição da revista literária O Zezeu para a Editora O Zezeu não é apenas uma mudança de nome, "mas um salto corajoso em direção ao futuro". Com a visão de Rojanski e do jornalista Silvio Carneiro, a editora tem como objetivo fortalecer e enriquecer o mercado de livros na região norte do Brasil, oferecendo qualidade gráfica e editorial comparável às melhores editoras do eixo sul-sudeste. "A casa surge para superar os desafios logísticos e estruturais que dificultam o pleno florescimento da riqueza cultural da região", diz um comunicado enviado ao PublishNews. O primeiro livro a ser publicado pela editora será a Coletânea Muruwakã – Poetas do Amapá. Para mais informações, visite o site da revista: ozezeu.com/coming-soon-03. A intenção da editora é não se ater às limitações geográficas, mas abraçar a competição saudável e a busca pela excelência, com padrões de qualidade gráfica e editorial competitivos. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

Nesta sexta (3), representantes da Feira do Livro de Frankfurt e da Messe Frankfurt assinaram a prorrogação do contrato até o final de 2028. Isso significa que a tradição continuará: a maior feira internacional do livro permanecerá nos corredores da Messe Frankfurt, o que ocorre desde 1951 – mesmo durante os anos de pandemia e sob condições desafiadoras. O novo acordo contratual centra-se na normalidade pós-pandemia e assegura Frankfurt como local de feiras comerciais internacionais. Além disso, ambas as partes contratantes priorizam a questão da sustentabilidade na realização do evento. "Feira de Frankfurt é um dos maiores locais de encontro do mundo para o discurso aberto, internacional, social e político. Isto torna o evento inestimável para Frankfurt, o berço da democracia na Alemanha. Especialmente à luz do 75º aniversário da constituição alemã deste ano, eu estou muito satisfeito que a Feira tenha decidido permanecer fiel a este local", disse Mike Josef, prefeito da cidade de Frankfurt am Main. "Estou muito satisfeito por poder formalizar a cooperação entre a Feira e Messe Frankfurt para os próximos anos. A cidade cultural de Frankfurt, Messe Frankfurt e a Feira estão juntas. Frankfurt é a cidade mais internacional da Alemanha, e nós somos e continuaremos a ser a feira mais internacional da cidade", afirmou Juergen Boos, diretor da Feira de Frankfurt.

Vanessa Passos– autora cearense premiada, best-seller e PhD em Escrita Criativa, além de colunista do PublishNews – inicia no próximo domingo (05) uma série de eventos em Portugal, em Lisboa e Cascais. A agenda conta com workshop de escrita, palestras, clube de leitura, roda de conversa e lançamento do seu romance premiado, A filha primitiva, publicado pelo selo José Olympio, do Grupo Editorial Record. Especialista em escrita e CEO da VP Voz LTDA, Vanessa Passos atua na mentoria de mulheres na escrita e no marketing de livros. Com apenas 30 anos, é pós-doutora em Escrita Criativa e lidera uma comunidade de escritoras que tem voz em mais de nove países. O objetivo da turnê literária é que seu romance, já best-seller na Amazon e na 5ª edição impressa do livro pelo Grupo Editorial Record, possa alcançar ainda mais leitores fora do Brasil e mundo afora. A turnê internacional começa com Portugal, em maio, segue para Argentina, em agosto, e finaliza na França, no mês de novembro.

Em visita ao Brasil para o lançamento do seu livro Kibogo subiu ao céu (Editora Nós), a escritora franco-ruandesa Scholastique Mukasonga participa do bate-papo “Contar para não esquecer” com o público no teatro do Sesc Bom Retiro (Alameda Nothmann, 185, Campos Elíseos – São Paulo / SP), no próximo dia 5 de maio, domingo, às 11h. O evento conta com mediação da jornalista e co-apresentadora do podcast Mano a Mano, Semayat Oliveira (também co-fundadora e diretora de conteúdo do site jornalístico Nós, Mulheres da Periferia). Na ocasião, a autora aborda seu processo de escrita e comenta suas obras, como Baratas e Um belo diploma (2018 e 2020, ambas da Editora Nós). Nascida em 1956 em Ruanda, Scholastique Mukasonga vive desde 1992 na França, atualmente na região da Baixa Normandia. Vencedora do Prêmio Renaudot em 2012 – das mais importantes distinções literárias da França, instituído em 1926, já premiou autores como Céline, Édouard Glissant, Perec, Annie Ernaux, Yasmina Reza, entre outros – e finalista do National Book Award, teve seus livros traduzidos para mais de vinte idiomas. O livro lançado agora no país, Kibogo subiu ao céu, narra o surgimento de uma resistência cultural e social a partir de um povo subjugado. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

No sábado (04), das 11h às 13h, serão lançados os livros Fortuna crítica, assinado por Nelyane Gonçalves Santos e Marília Andrés Ribeiro, e Trajetória artística, de autoria de Eliana Andrés Ribeiro. As publicações destacam a arte e a produção crítica sobre as obras da centenária Maria Helena Andrés, desenvolvidas desde a década de 1940. Como medida de acessibilidade, os livros possuem áudio com locução do ator Luciano Luppi, disponíveis no Spotify. O lançamento acontece na Quixote Livraria Café e Arte (Rua Fernandes Tourinho, 274 – Belo Horizonte / MG) e tem entrada gratuita. Está confirmada a presença da artista homenageada. Também haverá sessão de autógrafos com as autoras e venda de exemplares, no local. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Uma das intelectuais mais atuantes e combativas da França na atualidade, Leïla Slimani aborda questões importantes e urgentes, como colonização, racismo, diversidade religiosa e as dificuldades enfrentadas por mulheres, em O país dos outros (Intrínseca, 320 pp, R$ 69,90 – Trad.: Dorothée de Bruchard). Laureada com o prêmio Goncourt 2016, a escritora franco-marroquina se inspirou na história da própria família para construir a obra, primeira de uma trilogia sintonizada com o nosso tempo, que trata de embates culturais e consequências do colonialismo e do machismo. Durante a Segunda Guerra Mundial, Mathilde, uma jovem alsaciana espirituosa, se apaixona por Amine, um belo soldado marroquino do exército francês. Após a guerra, o casal se instala no Marrocos, em Meknés, uma cidade militarizada e com forte presença de colonos franceses. Enquanto Amine se dedica à lavoura e tenta trabalhar as terras rochosas e ingratas herdadas do pai, Mathilde rapidamente se sente sufocada pelo clima e pela cultura do novo país, tão diferente da sua. A narrativa cobre dez anos de uma história turbulenta e sensível, um período que coincide com a ascensão inevitável dos conflitos e da violência que levaram, em 1956, à independência do Marrocos. Ambientado nesse cenário fervilhante, os personagens deste romance constantemente se debatem com o fato de todos se encontrarem “no país dos outros”: franceses, marroquinos, soldados, camponeses e exilados. Sobretudo as mulheres, que vivem na terra dos homens e precisam lutar pela própria emancipação.

Cinco anos depois de recompor a vida e a trajetória do pai em O lugar, Annie Ernaux retorna à autossociobiografia, gênero que inaugurou e que a consagrou, para narrar as memórias que guarda de sua mãe, escritas nos meses seguintes à morte dela. Com a tarefa de articular uma narrativa “entre o familiar e o social, o mito e a história”, Ernaux parte da mesma “linguagem neutra” de outros livros para escrever sobre a própria mãe, mas também sobre a vida de Uma mulher (Fósforo, 64 pp, R$ 64,90 - Trad.: Marília Garcia). No entanto, a dor e a fragilidade do luto alteram essa equação de forma sutil, porém fundamental: em contato com a perda materna, o estilo seco assume um contorno visceral que vai direto ao coração das lembranças. Nascida no início do século 20, sua mãe foi operária desde os 12 anos. Tinha orgulho do ofício e de buscar a independência. “Ir longe”, assim Ernaux define o princípio que regeu a vida dessa mulher. Depois de se casar, abriu com o marido o café-mercearia onde trabalhou até a terceira idade. Leitora voraz e aberta para o mundo, estimulava os estudos da filha na tentativa de lhe prover o que nunca tivera. Quando, já viúva, vai viver com Ernaux e os netos, mãe e filha experimentam nas miudezas do cotidiano a distância que a ascensão social da filha singrou entre as duas. Com precisão cirúrgica, a autora recupera os detalhes dos gestos maternos, as expressões, a inquietude e a vivacidade que a mãe manteve até o fim da vida, numa casa de repouso, já acometida pelo Alzheimer.

Albert Camus e Maria Casarès se conheceram em 19 de março de 1944 mas o relacionamento começou efetivamente na noite do Dia D, 6 de junho. Ex-aluna do Conservatório de Arte Dramática de Paris, nascida em Corunha e filha de um político espanhol forçado ao exílio, ela tinha apenas 21 anos. Camus morava sozinho em Paris, afastado da mulher, Francine, por conta da guerra. As cartas de Escreva muito e sem medo (Record, 1.288 pp, R$ 299,90 – Trad.: Clóvis Marques) revelam a intensidade do relacionamento e de suas realizações pessoais. O escritor é mais conciso, e em meio a juras de amor conta à amante sobre os livros que está produzindo, como O avesso e o direito, O exílio e o reino, A queda e O primeiro homem, este o livro que estava na valise quando Camus morreu em um acidente de carro. As cartas de Maria são mais extensas e revelam o cotidiano da atriz, as gravações no rádio, os ensaios, as récitas teatrais, as filmagens, bem como a vida de atores da Comédie-Française e do Teatro Nacional Popular. A publicação desta enorme troca de correspondências, que durou até o fim da vida do escritor, revela uma pedra angular de uma preocupação constante em seu trabalho. “Quando se ama alguém, ama-se para sempre”, confidenciou Maria Casarès muito depois da morte de Albert Camus; “quando não se esteve mais sozinho uma vez, nunca mais se estará”. Escreva muito e sem medo foi editado por Béatrice Vaillant, com notas de Alexandre Alajbegovic.

Nos ensaios que compõem este volume, James N. Green se debruça sobre seus temas de pesquisa mais caros, a saber, o movimento LGBTQIA+ e o período da ditadura militar brasileira, sem se afastar do tom pessoal e da prosa fluida que lhe são característicos. Escritos de um viado vermelho (Editora Unesp, 576 pp, R$ 98) trata-se de uma obra que já nasce como referência para todos que estudam ou têm curiosidade sobre o tema. James Naylor Green é professor de História Moderna da América Latina e foi diretor da Iniciativa Brasil na Brown University, EUA. Especialista em estudos latino-americanos, Green é brasilianista, tendo vivido no Brasil entre 1976 e 1982, e sua trajetória esteve sempre ligada ao ativismo pelos direitos LGBTQIA+ e na defesa da democracia no Brasil. Pela Editora Unesp, publicou Além do Carnaval, com 3ª edição revista e ampliada em 2022.