Publicidade

Publicidade

Escritora Juliana Frank é assunto nas festas da Flip: calcinha e frases desconexas

por Cleo Guimarães

Juliana  Frank

A noite de sexta foi generosa em festas na Flip. E o assunto nas rodas era a mesa constrangedora sobre sexo que havia rolado pouco antes com a escritora paulistana Juliana Frank e a jornalista peruana Gabriela Wiener. Juliana interagiu estranhamente com um espelho, ficou de costas para a plateia, mostrou a calcinha, levantou o dedo do meio aos fotógrafos, disse coisas sem nexo (“comecei a escrever em Taurus Alfa, antes de nascer. Sou uma estrela”), num festival de vergonha alheia, que fez o diretor-geral da Flip, Mauro Munhoz, abandonar a tenda antes do fim.

Era sobre isso que falavam na fila da festa da Planeta, num barco ancorado no cais. O papo era sobre a humm... a performance de Juliana, quando, de repente, quem aparece por lá? A própria. Perguntada sobre sua atuação, ela manteve a tática de misturar frases “de efeito” com outras sem sentido. Uma paulada logo de cara: “A Gabriela (Wiener) diz que é verdade o que ela escreve e eu não sei se é. Mas eu a respeito”, seguida de bobagens como “sou só uma menina boba” e “minha vida não é um reality show”.

Irvine Welsh e Clarissa Wolff

Juliana usa muito o imperativo, quer mandar na repórter e exige ver as fotos (“Bota essa, dane-se que luz está ruim”). Pede para ver o que está escrito no bloquinho e... “Tira isso, não vai distorcer o que eu disse...” Dureza. Ela parece escolher criteriosamente palavras que possam “render polêmica” e conhece até certos jargões do jornalismo. “Essa frase é boa, pode botar no olho”, disse, usando o termo para uma frase que aparece em destaque. A frase genial que merecia um “olho” era “Não acredito em pessoas, acredito em personagens”. Depois da entrevista, Juliana dirigiu-se à entrada da festa, deu seu nome e foi barrada. “Como assim?”, perguntou, antes de se revoltar até com a amiga que lhe ofereceu sua pulseira para entrar. “Não quero mais!”.

Antes disso, teve a festa da Rocco, com a presença de Irvine Welsh, autor de “Trainspotting”. Ele teve ali sua primeira experiência com cachaça. “Bebe num shot?”, perguntou, já virando o copo numa talagada só. “Huaaaaa!!”, berrou, com o rosto ainda mais vermelho do que já é.

A festa-simpatia desta Flip, no entanto, foi a da Publishnews. Despretensiosa, num quiosque à beira-mar e com os Beach Combers nas carrapetas, ela reuniu o resto das outras festas e alguns escritores perdidos numa farra na areia que foi até às quatro da manhã.

Publicidade