Marcos Peres une crimes e Nietzsche em noir filosófico
Marcos Peres já estava conformado a ser um escritor sem leitores, como existem aos montes. A gaveta vivia entupida de romances e contos que dificilmente sairiam de lá. Tudo mudou quando a sorte de um conterrâneo lhe deu um novo ânimo.
Em 2011, o maringaense Oscar Nakasato venceu o prêmio Benvirá, teve seu romance "Nihonjin" publicado e venceu o prêmio Jabuti.
Peres então desengavetou "O Evangelho Segundo Hitler", romance que venceu o prêmio Sesc de Literatura em 2013, foi publicado pela Record e faturou ainda o prêmio São Paulo de Literatura.
Sergio Ranalli/Folhapress | ||
Marcos Peres, autor de 'Que Fim Levou Juliana Klein' |
Ele retorna agora com seu segundo romance, "Que Fim Levou Juliana Klein?". A trama se passa em Curitiba, protagonizada por um personagem de Maringá, o delegado Irineu. Cabe a ele elucidar uma trama envolvendo mortes e a rixa entre duas famílias que dividem o meio acadêmico curitibano.
A inspiração veio de aforismo de Nietzsche sobre a circularidade do tempo. A referência a outros autores, como Eco e Borges, é uma das marcas da ficção de Peres.
"Quis fazer um livro popular, acessível, a partir de um tema complexo. O risco era parecer cerebral ou superficial demais", comenta.
Formado em direito, mais por sobrevivência do que por paixão –é técnico judiciário no Tribunal de Justiça do PR–, Peres não faz planos de sair de Maringá. Diz-se satisfeito com a vida de escritor.
"A internet facilitou muito para o autor que mora no interior. Recebo sempre mensagens dos leitores."
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