É impressionante a quantidade de autores que mantêm o hábito de escrever à mão e ignoram a tecnologia mais recente. Alguns o fazem por hábito. Outros, como a ficcionista Jhumpa Lahiri, por convicção de que o progresso pode destruir a delicadeza da escrita literária. Jhumpa, de 46 anos, é de origem bengali. Nasceu em Londres, imigrou criança com a família para Rhode Island, Estados Unidos. Tecnicamente é americana, mas não se considera como tal. "Não sou americana, como não sou indiana nem londrina", diz, em entrevista por telefone ao Valor, de Roma, onde mora com o marido jornalista e os filhos de 11 e 9 anos. "Sou apenas alguém."
Literatura não é mero entretenimento
Por Luís Antônio Giron, Para o Valor, de São Paulo — Valor