A jornada de trabalho: lutas, conquistas e regressões
PublishNews, Redação, 20/01/2022
Em livro publicado pela Editora Unesp, os autores Olivier Besancenot e Michael Löwy mostram como as conquistas dos trabalhadores estão sob ameaça

Enquanto países como Islândia e Suécia realizam experimentos bem-sucedidos para reduzir a jornada de trabalho de cinco para quatro dias em busca de mais qualidade de vida e aproveitamento do tempo, na contramão, outros países, como o Brasil, aprovam modelos que precarizam ainda mais as relações e trabalho, expondo trabalhadores a condições incompatíveis com o que se preconiza para o século XXI. E esse tema não é novo: as conquistas obtidas com as lutas operárias ao longo do século XX, com oito horas de jornada, agora, correm cada vez mais risco. O diagnóstico dá luz ao trabalho de Olivier Besancenot e Michael Löwy, A jornada de trabalho e o “reino da liberdade” (Editora Unesp, 126 pp, R$ 40 - Trad.: Luiz Antônio Oliveira de Araújo). “Este livro é ao mesmo tempo uma reflexão sobre o pensamento de Marx e um mergulho nos debates e confrontos atuais acerca do tempo de trabalho”, explicam os autores na introdução. “Nosso ponto de partida é uma ideia formulada por ele no Livro III de O capital: a de que o reino da liberdade começa com a redução da jornada de trabalho”, concluem.

[20/01/2022 07:00:00]