Apanhadão: A 'Lei do Preço Fixo' que dorme no senado
PublishNews, Redação, 13/10/2021
E mais: Simpósio discute o tema até esta sexta (15); a volta dos eventos literários; morre o cartunista Nani; artigos questionam o Novel de Literatura; e o prelo das editoras

O colunista Elio Gaspari, da Folha observou que renasceu das cinzas uma ideia que pareceu enterrada durante o governo Temer. É o tabelamento dos livros à francesa. Se vingar, nenhuma livraria, física ou eletrônica, poderá dar descontos superiores a 10% do preço de capa durante o primeiro ano de circulação de um livro. Lei parecida existe na França há 40 anos.

O tema será discutido, até sexta (15), no simpósio internacional Por uma lei da bibliodiverdiade, organizado pelo Instituto de Estudos Avançados da USP. Participam do evento nomes como Larisa Mundim (Nega Lilu), Adalberto Ribeiro (Livraria Simples), João Varella (Banca Tatuí e Lote 42), Nanni Rios (Baleia), Bernardo Gurbanov, (ANL), Haroldo Ceravolo (Alameda Editorial e Libre), Jean Paul Prates (Senador), Marcus Teles (Livraria Leitura), Marcos da Veiga Pereira (SNEL), Vitor Tavares (CBL), Alexandre Martins Fontes (WMF Martins Fontes) e Rui Campos (Livraria da Travessa).

A volta dos eventos literários na reta final do ano foi tema de uma matéria n’O Globo. Bienal, Flip, Flup... presenciais virtuais ou híbridas, as festas e feiras literárias vislumbram uma possível volta à normalidade. Nesta quinta (14), começa a segunda edição da Feira Literária de Tiradentes (Fliti). O evento na cidade histórica mineira, que vai até o dia 17, homenageará a escritora Paula Pimenta e o ilustrador Roger Mello, que participarão do evento junto com outros 50 convidados. Em 2020, a Fliti foi o único evento literário a arriscar um formato presencial.

O Estadão informou a morte aos 70 anos do cartunista Nani, da tirinha Vereda Tropical. Além de ter colaborado com a imprensa como cartunista, ele foi roteirista de programas humorísticos da Globo. A partida de Nani também foi notícia no Globo.

A Folha publicou o artigo A livraria sem alma, de João Varella, fundador da editora Lote 42 e das livrarias Sala Tatuí e Banca Tatuí. No texto o autor analisa, as batalhas enfrentadas pelos livros.

O mestre em sociologia pela USP, Marcelo Coelho, também publicou artigo no jornal questionando o Nobel de Literatura dado ao escritor tanzaniano Abdulrazak Gurnah.

No Estadão, a professora Dirce Waltrick do Amarante, também debateu o que mais pode ser entendido quando Abdulrazak Gurnah ganha o Nobel de Literatura Abdulrazak Gurnah.

A coluna Painel das Letras informou que a primeira edição do festival Flitabira, na terra onde nasceu Carlos Drummond de Andrade, acontece no final deste mês, de 27 a 31 de outubro. Mia Couto abre o evento virtualmente falando do novo Mapeador de ausências.

No prelo das editoras, a coluna adiantou que a obra Rato de redação, que contará toda a história do jornal O Pasquim, sai em fevereiro pela Matrix. Escrito pelo jornalista Márcio Pinheiro, o livro relata as principais edições, a pressão da censura, as grandes entrevistas, as maiores sacadas e as contribuições de cada membro de uma equipe lendária. Além disso, uma foto com Vinicius de Moraes e Rubem Braga inspirou livro inédito de cronistas geniais. Os sabiás da crônica (Autêntica, 352 pp, R$ 74,90) se completa com Fernando Sabino, Sérgio Porto, Paulo Mendes Campos e José Carlos Oliveira. A organização das crônicas, 15 de cada autor, ficou a cargo de Augusto Massi, professor de literatura brasileira da USP. O lançamento será 29/10.

A coluna da Babel informou que a RT Features, de Rodrigo Teixeira, comprou os direitos, para adaptação no cinema, do novo livro de Mariana Salomão Carrara: É sempre a hora da nossa morte amém, publicado pela Nós.

E o Globo noticiou que Chico Buarque lança o primeiro livro de contos e mostra obra coesa ao retratar o Brasil atual. Previsto para chegar às livrarias no próximo dia 22, Anos de chumbo e outros contos (Companhia das Letras) marca a estreia de Chico na narrativa curta. Na mesma data será lançada uma edição especial de Estorvo, primeiro romance do autor. Em outra matéria, o jornal relembra as obras publicadas pelo cantor e compositor.

O Valor publicou entrevista com Evanildo Bechara. Aos 93 anos, o professor, gramático e escritor, ocupante da cadeira 33 da ABL, está sempre disponível quando o assunto é língua portuguesa. Questionado pelo Valor sobre mudanças observadas no português nos últimos anos, foi enfático ao considerá-las apenas alterações superficiais que não atingem a essência da língua, que é a gramática. E recorre a uma analogia para dizer: a língua é o corpo, que continua o mesmo — a mudança está na roupa que veste o corpo.

Tags: Apanhadão
[13/10/2021 10:00:00]