Apanhadão: A volta do debate sobre a 'Lei do preço fixo'
PublishNews, Redação, 04/10/2021
E mais: Prêmio Nobel de Literatura será anunciado nesta quinta; Uiclap ganha espaço em revista; Itaú Social abre inscrições de obras na Campanha Leia para uma Criança 2022 e o prelo das editoras

Neste final de semana, a coluna Painel as Letras, comandada por Walter Porto, deu destaque para o debate sobre a lei do preço fixo. O projeto de lei 49/2015, que propõe que lançamentos não possam ser vendidos com desconto superior a 10% durante seu primeiro ano, ainda tramita no Senado e precisa passar pelas comissões de Assuntos Econômicos e Educação antes de seguir para a Câmara. Se antes havia uma forte divergência interna sobre o assunto dentro do mercado editorial, hoje o tema encontra menos oposição, aponta Marcos Pereira, presidente do Sindicato dos Editores de Livros. Muito pelo aumento do peso das vendas virtuais ao longo da pandemia, algo que dificilmente será revertido. Além disso, com as grandes redes de livrarias entrando em recuperação judicial e Paulo Guedes ameaçando taxar livros, mais setores se sensibilizaram em torno da necessidade de atualizar as leis que regem este mercado, diz Haroldo Ceravolo, editor da Alameda e diretor da Liga Brasileira de Editoras, que fez um evento sobre o tema em agosto. O tema também foi discutido na última edição do Sabatina PublishNews, com Marcos da Veiga Pereira.

A coluna da Babel, adiantou que o Itaú Social lança nesta segunda (04), o edital do programa Leia Para uma Criança 2022. Ele vai selecionar dois títulos – um que valorize a cultura negra e outro, a indígena.

O Estadão noticiou que o Prêmio Nobel de Literatura promete surpresa em 2021. Nomes como Chimamanda Ngozi Adichie, Ko Un, Ngugi wa Thiong'o e Can Xue estão entre os cotados. O prêmio, que deverá ser anunciado nesta quinta-feira (07), em Oslo, na Noruega, poderá privilegiar um autor fora do tradicional mercado literário. Com exceção do vencedor britânico de 2017, Kazuo Ishiguro, que nasceu no Japão, todos os laureados dos últimos nove anos foram europeus ou norte-americanos, de Bob Dylan a Peter Handke ou a condecorada poeta americana do ano passado, Louise Glück.

A revista PEGN publicou uma matéria sobre a Uiclap, plataforma que permite que escritores publiquem livros de forma independente. Fundada pelos empresários Betinho Saad e Rui Kuroki, a startup recebe cerca de 15% sobre cada livro vendido. Em 2020, faturamento da empresa foi de R$ 300 mil.

A Folha reproduziu uma matéria do The New York Times que informou que editoras conservadoras dos EUA estão lucrando com obras que negam o racismo estrutural. Desde o assassinato de George Floyd, no ano passado, livros sobre raça e racismo vêm impulsionando o setor editorial, de maneira tanto surpreendente quanto lucrativa. Mas, agora que o diálogo nacional sobre racismo se transformou em batalha feroz, editoras conservadoras estão vendo ouro em títulos que servem à causa da reação. A matéria dá exemplos de obras que estão fazendo sucesso no país e como os conservadores veem o debate sobre o tema.

O jornal também contou que a série de HQs Confinada, de Leandro Assis e Triscila Oliveira, sobre conflitos entre patroa e empregada, vai virar livro. A obra expõe tensões raciais e de classe, com quadrinhos que viralizaram nas redes e são repletos de drama e humor. Além dos capítulos que já foram publicados nas redes, o livro traz mais quatro inéditos e posts das protagonistas em seus perfis de Instagram. Confinada será lançado no dia 06 de novembro. Para apoiar os autores, é possível comprar o livro na pré-venda e participar de uma campanha de crowdfunding, que tem o objetivo de disponibilizar exemplares da obra em bibliotecas do país.

Ainda na coluna, o prelo das editoras: Vencedor do Prêmio Sesc com As coisas, Tobias Carvalho lança em novembro, pela Todavia, Visão noturna. Sai pela Alfaguara, em 2022, Gótico nordestino, de Cristhiano Aguiar. São nove narrativas que mergulham nos elementos góticos e folclóricos.

A Painel as Letras também informou que em dois anos, a editora Antofágica vendeu 45 mil cópias dos três livros de Machado de Assis que publicou. Agora, Quincas Borba chega à coleção com prefácio de Emicida e arte de Samuel de Saboia.

O Estadão noticiou que a Bienal do Livro de Pernambuco reencontra presencialmente o público desde a última sexta (1º), ao mesmo tempo em que procura ampliar seu alcance. Esta 13ª edição, que vai até o dia 12, será híbrida, com algumas mesas sendo realizadas no Centro de Convenções, em Olinda, outras com alguém lá e demais participantes em casa ou totalmente virtuais. Haverá transmissão para quem estiver na feira e pelo site. A organização estima um público total de 450 mil pessoas – entre 100 mil e 150 mil no local. A Bienal também foi notícia no Globo

Matéria AFP reproduzida pelo Globo informou que Lars Vilks, autor sueco de caricatura de Maomé, morreu em um acidente de trânsito. Criticado após desenhar o profeta Maomé com o corpo de um cachorro em 2007, ele chegou a ser alvo de um atentado em 2015 e vivia sob proteção policial.

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[04/10/2021 09:00:00]