Apanhadão: Juca Pato anuncia indicados a sua 58ª edição
PublishNews, Redação, 16/08/2021
E mais: Coluna explica por que a privatização dos Correios alarma editoras de livros; as escritoras japonesas que estão fazendo sucesso; SP ganha novas livrarias; e o prelo das editoras

A União Brasileira de Escritores (UBE) anunciou os indicados à 58ª edição do prêmio Juca Pato, conhecido por eleger o intelectual brasileiro do ano. Segundo noticiou a Folha, entre os nomes indicados nesta edição, estão o escritor Carlos Nejar, a cartunista Laerte, a historiadora Lilia Moritz Schwarcz, a escritora Nélida Piñon e a repórter Patrícia Campos Mello. Os sócios da entidade votarão em um dos indicados entre os dias 16 de agosto e 17 de setembro. O resultado será divulgado em 23 de setembro, no site do grupo.

A coluna Painel das Letras explicou por que a privatização dos Correios alarma editoras de livros. O mercado teme que empresas não mantenham taxas favoráveis e deixem de atender leitores de cidades afastadas. Um grupo de livrarias e sebos já havia divulgado um manifesto se opondo à medida. Editoras, principalmente as independentes, também têm mostrado preocupação. Segundo Raquel Menezes, dona da Oficina Raquel, editoras menores contam com menos exposição nas livrarias e se ancoram mais no comércio virtual para alcançar seus leitores. Para que o livro chegue até eles, é fundamental o recurso aos Correios, que garantem na modalidade de “registro módico” um frete mais barato a produtos impressos. Alexandre Martins Fontes, que toca a livraria que leva seu sobrenome e a editora WMF Martins Fontes, faz coro. "Com o aumento das vendas on-line, o custo com o transporte de livros passou a representar uma despesa 'de muitos tostões' para livrarias e editoras. O que garante que livros receberão tratamento especial por parte das empresas que vierem a substituir os Correios?".

Muito além de Murakami. O Globo publicou uma matéria sobre as escritoras japonesas que fazem sucesso ao criticar papéis impostos às mulheres. De uns tempos para cá, vêm chegando ao Brasil livros de escritoras como Yoko Ogawa, Sakaya Murata, Banana Yoshimoto e Mieko Kawakami, cujas críticas à sociedade japonesa vão desde o questionamento do estereótipo “ryosai kenbo” (“boa esposa, mãe sábia”) até a recusa da maternidade.

A revista Veja São Paulo noticiou que as novas livrarias aquecem o setor na capital com catálogo enxuto, obras raras e decoração caseira. As novas lojas são a Ponta de Lança, na Santa Cecília; Pé de Livro, na Pompeia e a infantil PanaPaná, na Vila Clementino, que está sob nova direção desde o fim do ano e passou a operar nas mãos da engenheira mecânica Fernanda Martins Simonsen. Os novos endereços foram inaugurados com acervo e espaço menores.

A coluna da Babel anunciou que a obra Elas marchavam sob o sol (Dublinense), o segundo romance de Cristina Judar, sobre violência, perseguição religiosa, perda de liberdade e de direitos, começa sua trajetória internacional com quatro edições em Moçambique. No início de 2022, sai em português moçambicano. Depois, em setembro, em outras três línguas nacionais: Macua, Sena e Changana. Quem comprou os direitos foi a Trinta Zero Nove.

A Painel das Letras também adiantou que serão lançados na 34ª Bienal de Arte de São Paulo, em setembro, os dois primeiros volumes da Coleção Édouard Glissant, Poética da relação e O discurso Antilhano, pela Bazar do Tempo.

O Globo relembrou que o livro O mito da beleza completa 30 anos como referência do feminismo, apesar do negacionismo da autora. Livro da jornalista americana Naomi Wolf se tornou referência para o movimento de mulheres em 1991; três décadas depois, ela foi banida do Twitter por compartilhar notícias falsas sobre vacinas contra a Covid-19.

O jornal também explicou quem é G. K. Chesterton, o autor que faz a cabeça da Cultura do governo Bolsonaro. Ideias do escritor católico inglês conquistaram o secretário Mario Frias e seu n°2, André Porciuncula. Pouco conhecido no Brasil, ele é considerado um mestre do romance policial e da apologética, além de grande frasista: "O papel dos progressistas é continuar cometendo erros. O papel dos conservadores é evitar que os erros sejam corrigidos".

O G1 informou que a Biblioteca Pública do Ceará foi reinaugurada na quinta-feira (12) e voltou a receber público com 50% da capacidade. O acesso ao local será apenas mediante agendamento on-line.

[16/08/2021 09:40:00]