Quando se mudaram para uma casa isolada no interior da Inglaterra, Juliette e Richard tinham tudo para começar uma nova vida em família. Antes cheios de planos e expectativas, alguns anos após a mudança, os dois sofrem um grande baque: a morte repentina e misteriosa do único filho do casal, de cinco anos, após cometer uma série de atos inexplicáveis de violência. Em Terra faminta (Intrínseca, 240 pp, R$ 64,90 – Trad.: André Czarnobai), Andrew Michael Hurley constrói mais uma vez, uma trama bizarra, que evoca a natureza e o sobrenatural. Seis meses depois da tragédia, Juliette se recusa a sair de casa e começa a acreditar que seu o filho pode ainda estar por perto de alguma forma. Já Richard é cético e tenta seguir adiante com a vida, saindo em busca de fragmentos de um antigo carvalho lendário. Se, de um lado, o luto deixa cada vez mais nítida a distância que os separa, de outro, mostra a luta desesperada de ambos por um pouco de esperança, em esforços que, no entanto, acabam apenas por desenterrar um profundo terror. Nessa narrativa, o sobrenatural e a vida cotidiana se confundem, criando um retrato assustador do que acontece no limiar entre a dor e a sanidade. A edição de luxo, conta com ilustrações exclusivas do artista alagoano Midrusa e capa dura.