Qual o impacto disso na venda de livros? A pedido do PublishNews, a Yandeh fez o levantamento considerando apenas as livrarias físicas, algumas delas com operações em ambientes virtuais. De acordo com a empresa que monitora a venda de livros por esse tipo de comércio, entre os dias 29 de março e 04 de abril, o número de exemplares vendidos no Brasil caiu 73%, quando confrontado com a primeira semana de 2021, que já apresentava queda de 34% na comparação com igual semana de 2020.
“As vendas só não foram menores porque algumas livrarias aprenderam a trabalhar on-line, seja vendendo por WhatsApp, marketplaces ou em seus próprios sites”, apontou Eduardo Cunha, diretor de negócios da Yandeh.
Cunha observa ainda que houve uma queda importante também no número de títulos (ISBNs) movimentados nesse período. Na semana 1 de 2021, os estabelecimentos monitorados pela empresa movimentaram 40.762 diferentes ISBNs. Já na semana de 29 de março e 4 de abril, esse número caiu para 20.379.
A Yandeh considerou nessa apuração a venda em 284 lojas, incluindo unidades de redes como Leitura, Curitiba, A Página, Livraria da Vila, Vanguarda, Cameron e Loyola.
Um dos reflexos desse abre-e-fecha do comércio é o fechamento em definitivo de unidades. A Blooks, por exemplo, confirma o fechamento de duas lojas: a da Avenida Paulista, em São Paulo, e a da rua Voluntários da Pátria, no Rio de Janeiro. Em comum as duas lojas estavam atreladas a cinemas; a de São Paulo, ao Reserva Cultural, e a do Rio de Janeiro ao Estação NET Rio.