Apanhadão: Museu da Língua Portuguesa tem data para reabertura
PublishNews, Redação, 08/02/2021
E mais: A Dois Pontos, livraria 100% virtual, se prepara para começar a funcionar; Livraria Malasartes recebe ajuda dos clientes para não fechar as portas; e o prelo das editoras

Depois de cinco anos fechado, o Museu da Língua Portuguesa tem uma nova data oficial de reinauguração. De acordo com Sérgio Sá Leitão, secretário de Cultura e Economia Criativa do governo de São Paulo, o prédio histórico voltará a receber o público no dia 17 de julho. Até lá, a previsão é que a instituição passe por uma espécie de esquenta – ou de "soft opening" –, com programação on-line, e visita para alunos de escolas públicas, adiantou a Folha. Em 2015, um incêndio destruiu o segundo e terceiro andares do prédio. A reforma custou R$ 84 milhões, divididos entre a iniciativa privada, o governo do estado de São Paulo e a seguradora.

O local está praticamente pronto, com a restauração e a ampliação concluídas. As exposições também já estão montadas, e a conexão direta com a estação da Luz foi finalizada – agora falta apenas a iluminação externa do prédio. Sá Leitão diz que a decisão de atrasar a reinauguração para o segundo semestre está relacionada à pandemia.

A Dois Pontos, nova livraria 100% virtual foi o destaque da coluna Painel das Letras desse final de semana. O projeto, que deve começar a funcionar por volta de abril, foi idealizado por Ciça Pinheiro e Ana Paula Rocha. Segundo explicou a coluna, um dos principais focos da livraria será a curadoria de conteúdo. Outra prioridade vai ser criar o que chamam de canais de entrada para novos leitores, estimulando o hábito da leitura com, por exemplo, clubes de assinatura mensais da livraria.

Uma nova revista literária estreou no último mês. A La Loba surgiu como veículo para dar visibilidade à produção artística (não apenas literária) de mulheres e é tocada pela escritora Carolina Panta. Segundo o Zero Hora, a La Loba terá edições mensais com ficções, poemas, resenhas e projetos de artes visuais, recebidos por e-mail.

No Rio, a Livraria Malasartes recebe ajuda de clientes para não fechar. Sabendo da crise que a livraria, aberta há 42 anos no Shopping da Gávea, enfrenta, devido a uma queda de 70% das vendas na pandemia, eles vêm compartilhando em suas redes sociais o Instagram do estabelecimento (@livraria_malasartes). “A adesão das pessoas foi surpreendente. Com a iniciativa, houve uma boa retomada na procura pelos livros”, afirmou ao Globo Claudia Amorim, uma das sócias da livraria e mãe de Alice, que teve a ideia de criar o perfil.

Depois de ficar internada por conta da covid-19, a cartunista Laerte conversou com Mônica Bergamo. À coluna ela contou que, no hospital, ficou “em pânico” quando soube que iria para a UTI e que ficou emocionada quando leu as milhares de mensagens de apoio em redes sociais. “Estou me sentindo como se minha força tivesse sido drenada por um alienígena”, disse.

No prelo das editoras, a Carambaia publica esse mês o romance A Saga de Gösta Berling, de Selma Lagerlöf, a primeira mulher a receber o Nobel de literatura, em 1909 e a Planeta prepara a Biografia da depressão, escrita pelo psicanalista Christian Dunker. O livro sai pelo selo Paidós, inaugurado há poucos meses e especializado em psicologia.

A coluna Babel do Estadão informa que quatro textos de Saidiya Hartman estão no prelo. Bazar do Tempo e Crocodilo lançam a antologia de ensaios Pensamento negro radical, em maio, e Perder a mãe – Uma jornada pela rota atlântica de escravos, em agosto. A Fósforo publica, também em maio, seu ensaio O fim da supremacia branca, Um romance americano, sobre a atualidade de O Cometa, conto de W. E. B. Du Bois que abre o mesmo volume. E em março de 2022, sai Vidas rebeldes, belos experimentos, sobre jovens negras no início do século 20.

Tags: Apanhadão
[08/02/2021 09:50:00]