Depois da invasão ao Capitólio dos EUA nesta quarta (6), durante o processo de certificação da vitória do presidente eleito Joe Biden, a Simon & Schuster US decidiu cancelar a publicação do livro do senador republicano Josh Hawley, após as críticas de suas ações em relação ao ataque. O senador pelo estado do Missouri desafiou os resultados das eleições e foi acusado de incitar os apoiadores de Donald Trump a invadirem o Capitólio.

A S&S publicaria em junho a obra de não ficção de Hawley, The tyranny of big tech e por meio de um comunicado frisou que não tomou a decisão levianamente. “Como editora, sempre será nossa missão amplificar uma variedade de vozes e pontos de vista; ao mesmo tempo, levamos a sério nossa maior responsabilidade pública como cidadãos e não podemos apoiar o senador Hawley após seu papel no que se tornou uma ameaça perigosa à nossa democracia e liberdade”.

Hawley, por sua vez, rebateu a decisão em suas redes sociais. "Isso não poderia ser mais Orwelliano. Simon & Schuster está cancelando meu contrato porque eu estava representando meus eleitores, conduzindo um debate no plenário do Senado sobre a integridade do eleitor, que eles agora decidiram redefinir como sedição. Deixe-me ser claro, isso não é apenas uma disputa contratual. É um ataque direto à Primeira Emenda. Apenas discursos aprovados podem agora ser publicados. Esta é a esquerda procurando cancelar todos que não aprovam. Vou lutar contra essa cultura do cancelamento com tudo o que tenho. Vejo você no tribunal".

A S&S respondeu estar confiante da sua decisão e de acordo com seus direitos contratuais para cancelar a publicação da obra.