Saraiva perdeu 36 lojas de janeiro a novembro de 2020
PublishNews, Redação, 06/01/2021
Informação está no relatório mensal de atividades no qual se lê ainda que, em novembro, a empresa apurou prejuízo operacional de R$ 4,9 milhões

Saraiva fechou 36 unidades entre janeiro e novembro de 2020 | © Humberto Sousa / Divulgação
Saraiva fechou 36 unidades entre janeiro e novembro de 2020 | © Humberto Sousa / Divulgação
Nesta terça-feira (05), a RV3, consultoria responsável pela administração judicial da Saraiva, publicou o relatório mensal de atividades (RMA) da empresa referente ao mês de novembro. No período, a rede de livrarias apurou receita bruta de R$ 10,9 milhões, o que representa queda de 75,8% em relação ao mesmo período de 2019. Muito dessa queda pode ser explicada pelo fechamento das lojas. O RMA revela que, de janeiro a novembro de 2020, a varejista fechou 36 unidades, cinco delas só no mês de novembro. Ainda de acordo com o documento, a varejista operou com apenas 39 lojas físicas em novembro, além do seu e-commerce.

O prejuízo consolidado da empresa no mês foi de R$ 4,9 milhões. No mesmo período do ano passado o prejuízo havia sido de R$ 13,3 milhões, e, portanto, houve uma redução no prejuízo em novembro de 2020 com relação ao ano anterior (63,1%).

O relatório aponta que, no período, a recuperanda realizou saldo de mercadorias nas cinco lojas cujas operações foram encerradas, o que prejudicou a margem bruta consolidada – resultado da divisão do Lucro Bruto pelas Receitas Líquidas –, que fechou o mês de novembro em 39%, dois pontos percentuais acima daquela apurada em 2019 (37%).

O administrador judicial calculou também o índice de liquidez geral da empresa – resultado da divisão do ativo circulante pelo passivo circulante – que fechou novembro em 0,63x, “o que significa dificuldades de cumprir as obrigações de curto prazo”.

A recuperação judicial

A empresa tem tentado aprovar junto aos seus credores uma nova versão do seu plano de recuperação judicial que prevê a venda de parte de sua operação restante. A ideia é dividir as unidades em três grupos (um somente com lojas físicas, outro que contém o e-commerce e um terceiro apelidado de misto, que reuniria um conjunto de lojas físicas mais a virtual) e vender um deles com o objetivo de saldar dívidas e gerar caixa.

A primeira assembleia de credores para aprovar esse novo plano foi convocada para 1º setembro de 2020, mas não teve quórum. Uma segunda chamada foi realizada no dia 9 do mesmo mês, mas foi suspensa três vezes. Agora a nova data para que os credores possam apreciar e aprovar ou não o plano está marcada para o próximo dia 26.

[06/01/2021 10:00:00]