Entidades do livro se unem e lançam carta aos candidatos a prefeitos do Brasil
PublishNews, Redação, 10/11/2020
Documento reúne cinco propostas para uma agenda de governo baseada nos dados da pesquisa Retratos da Leitura

Reprodução do anúncio publicado na Folha de S.Paulo desta segunda-feira
Reprodução do anúncio publicado na Folha de S.Paulo desta segunda-feira
Três das principais entidades do livro – Abrelivros, CBL e SNEL – se uniram mais uma vez para lançar uma carta compromisso endereçada aos candidatos às prefeituras brasileiras. O documento – publicado como informe publicitário no jornal Folha de S.Paulo neste domingo (08) – elenca cinco propostas para uma agenda de governo, tendo por base a última edição da pesquisa Retratos da Leitura.

A primeira proposta diz respeito à ampliação e melhoria da rede de bibliotecas municipais e escolares do município, além da atualização dos acervos. O documento ressalta que, em muitas cidades, a biblioteca é o único equipamento cultural e defende que elas precisam estar abertas, promovendo atividades culturais com autores locais e festivais que envolvam toda a comunidade e não somente estudantes.

A agenda propõe ainda a formação de mediadores de leituras – professores, bibliotecários e agentes de leitura – tanto para as escolas quanto para as bibliotecas. De acordo com a Retratos da Leitura, os principais incentivadores de leitura são os professores e a família. No entanto, o estudo aponta que entre os não-leitores, há muitos que não citaram ninguém. De acordo com as entidades, isso demonstra a importância da mediação na formação de leitores.

O terceiro ponto arrolado pelas entidades é o apoio a eventos literários, incluindo aqui os saraus e feiras de livros, que são apontados como forma de movimentar a economia local, valorizar autores locais e ainda promover o turismo cultural.

As entidades pedem ainda apoio na criação de políticas de incentivo à abertura e manutenção de livrarias, espaço tido para 41% dos respondentes da Retratos da Leitura como a principal forma de acesso aos livros. “A ausência de livrarias nas cidades, além de gerar perda de receitas pois os leitores buscarão os livros em outras cidades ou comprarão on-line, dificulta a aproximação desses leitores ao livro”, diz o documento.

Por fim, a agenda das entidades sugere a implantação dos planos municipais de livro e leitura, que orientam e possibilitam a coordenação das ações e dos investimentos na área ao definir objetivos, atividades e responsabilidades dos gestores públicos e da sociedade civil.

Clique aqui para baixar a íntegra da carta.

[10/11/2020 10:30:00]