Apanhadão: Editoras retomam lançamentos com lives e turnês virtuais
PublishNews, Redação, 31/08/2020
E mais: Escritora portuguesa Lígia Jorge ganha o Prêmio FIL de Literatura; Nélida Piñon grava vídeo para que ministro da economia desista de tributar os livros; e o prelo das editoras

Neste final de semana, O Globo trouxe uma matéria sobre as novas estratégias de marketing de autores e editoras para chegar ao público final. O crescimento das vendas on-line e a boa recepção do público para eventos virtuais foram suficientes para convencer as editoras a retomarem os megalançamentos durante a pandemia. Em setembro, chegam ao mercado títulos de autores best-sellers como Dan Brown, Ken Follett, Yuval Harari e Elena Ferrante, além de apostas como as memórias de Xuxa Meneghel. A matéria traz ainda as estratégias adotadas por algumas editoras para as apostas dos próximos meses.

A Feira do Livro de Guadalajara deu à escritora portuguesa Lígia Jorge o prêmio FIL de Literatura. Segundo o El País, os jurados justificaram a escolha pela “potência de sua obra, que retrata a forma como os seres se confrontam com os grandes eventos na história”. Hoje, a autora trabalha em um novo projeto literário, dedicado a abordar o impacto que a pandemia do coronavírus teve na humanidade. Em abril sua mãe faleceu por conta da doença. Este ano, o prêmio recebeu 68 inscrições de 18 países.

Em um vídeo de menos de um minuto publicado no Instagram e repercutido n’O Globo, a escritora Nélida Piñon pediu ao ministro da Economia Paulo Guedes que desista de tributar os livros. “Não podemos adicionar penas ao livro. O livro precisa ser libertário. É preciso que o livro chegue ao povo”, disse a imortal da Academia Brasileira de Letras.

Em rara entrevista, a escritora Elena Ferrante falou ao Estadão sobre seu processo de criação, a literatura feita por mulheres, inspirações e de personagens. Nesta terça (1º) a Intrínseca lança o novo romance da autora italiana, A vida mentirosa dos adultos.

Acusada de fazer comentários considerados transfóbicos em uma rede social, J. K. Rowling, autora da saga Harry Potter, anunciou na última semana que devolverá um prêmio recebido nos EUA pela família Kennedy, depois que um de seus membros criticou suas opiniões sobre pessoas transgênero. No último ano, a organização Robert F. Kennedy Human Rights (RFKHR) premiou a autora com o Prêmio Ripple of Hope. Mas a presidente, Kerry Kennedy, recentemente declarou que as opiniões de Rowling sobre as pessoas transgênero "subestimam a identidade" dessas pessoas. A escritora garantiu que, devido à "grande divergência de opiniões" entre ela e o RFKHR, "não teve escolha" senão devolver o prêmio.

No Painel das Letras, o destaque foi para o livro Todas as cartas, que reúne correspondências de Clarice Lispector e que será lançado pela Rocco em setembro. No prelo das editoras, a Bazar do Tempo prepara o lançamento de A Bastarda, clássico da francesa Violette Leduc. E a Veneta prepara Deserama, do quadrinista Marcello Quintanilha. O livro sai em outubro.

A colunista Patrícia Kogut do Globo adiantou, que o livro Prisioneiras, de Drauzio Varella, está sendo adaptado para uma série na Globo. O projeto ainda estão em fase de desenvolvimento da sinopse e, portanto, não há previsão para início da produção.

Em sua coluna, Ancelmo Gois repercutiu a ida do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Souza, na inauguração da 90ª edição da Feira do Livro de Lisboa. O presidente percorreu os estandes, comprou livros e prometeu voltar ao evento. Isso tudo com máscara e sem aglomeração. “Aqui, Bolsonaro só iria a uma feira caso ela fosse de... armas”, completa o jornalista.

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[31/08/2020 10:00:00]