Saraiva propõe dividir suas lojas em dois grupos e vender um deles
PublishNews, Redação, 06/07/2020
Varejista apresentou novo plano de recuperação judicial. A expectativa é que a empresa arrecade pelo menos R$ 277 milhões com a alienação de parte de suas lojas.

Saraiva apresenta novo plano de recuperação judicial | © Facebook da empresa
Saraiva apresenta novo plano de recuperação judicial | © Facebook da empresa

A Saraiva apresentou à Justiça a quinta versão do seu plano de recuperação judicial. O novo plano veio acompanhado de um laudo de sua viabilidade econômico-financeira realizado pela Galeazzi & Associados. Os credores terão 30 dias, a contar da última sexta-feira (03) para se manifestar a respeito do novo plano.

O principal ponto de atenção do documento é a proposta de a Saraiva dividir suas lojas em dois grupos de unidades produtivas isoladas (UPIs) e depois alienar uma delas a terceiros que assumirão: os contratos de locação e de trabalho dos empregados alocados em cada uma das unidades e ainda os contratos de consignação de produtos estocados em cada uma das lojas. A decisão de qual grupo de lojas a ser alienado dependerá da melhor oferta.

O primeiro grupo, avaliado entre R$ 301 milhões e R$ 376 milhões, reúne as lojas das regiões Centro Oeste, Sul, Norte, Nordeste e as lojas dos shoppings Vitória (ES), Vila Velha (ES), Rio Sul (RJ), Juiz de Fora (MG), Recreio (RJ), ABC Plaza (SP), Metrópole (SP), Uberlândia (MG), Novo Shopping (PR), Jundiaí (SP), Jardim Sul (SP), Morumbi (SP) e Paulista (SP) e ainda a loja do aeroporto de Guarulhos. O segundo grupo, cujo valor é estimado entre R$ 277 milhões e R$ 346 milhões, é composto pelas unidades localizadas no Centro-Oeste, Sul e todas as do Sudeste.

Os recursos apurados com esta transação, prevê o plano, deverão ser aplicados prioritariamente para o pagamento dos credores pós-concursais, ou seja, aqueles compromissos assumidos pela Saraiva posteriores à data do pedido de recuperação judicial e até o dia 30 de junho de 2020. Caso haja saldo, este será utilizado para pagar credores quirografários (aqueles que tenham duplicatas em aberto com a Saraiva) ou de micro e pequenas empresas que estejam arrolados na lista de credores apresentada no momento do pedido de recuperação judicial.

O novo plano apresenta ainda como a varejista pretende saldar suas dívidas que totalizavam R$ 675 milhões quando pediu recuperação judicial. Os créditos trabalhistas terão um teto de R$ 160 mil que deverão ser pagos em 12 parcelas mensais. O que exceder esse valor será pago conforme fluxos de pagamento.

O pagamento aos credores quirografários e micro e pequenas empresas dependerá de qual será o grupo de UPIs será vendido. Caso seja o de número um, o pagamento ocorrerá até 2051, em parcelas mensais, seguindo o escalonamento que aparece na tabela abaixo:

Caso o grupo de UPIs vencedor seja o de número dois, o pagamento se estenderá até 2048, conforme tabela abaixo:

Clique aqui para baixar a proposta do novo plano de recuperação judicial da Saraiva.

[06/07/2020 10:00:00]