Apanhadão: Biblioteca do Planalto é reduzida pela metade para dar espaço a gabinete de primeira-dama
PublishNews, Redação, 17/02/2020
E mais: Relicário e Bazar do Tempo se unem para lançar livros de Audre Lorde; 'Diário de Pilar' vira desenho animado; Ouro Sobre Azul lança fotobiografia de Antonio Candido

A tradicional biblioteca da Presidência da República, localizada no anexo I do Palácio do Planalto, está sendo reduzida pela metade para receber e equipe do programa Pátria Voluntária, coordenado por Michelle Bolsonaro. Segundo a coluna de Bela Megale, d’O Globo, o local também vai abrigar uma sala para a primeira-dama. A biblioteca – cujo valor da reforma não foi divulgado pelo governo – tem um acervo de 42 mil itens e três mil discursos de presidentes. Agora, os espaços de estudo, convivência e leitura serão praticamente extintos, dando espaço para a sala de Michelle e sua equipe e até um banheiro privativo. Para Fábio Cordeiro, presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia da 1ª Região, a preocupação é o impacto da reforma na preservação da memória institucional do Brasil. “Em todos os países, as bibliotecas presidenciais têm o objetivo de preservar o legado dos presidentes”, disse à coluna.

A ideia das editoras Relicário e Bazar do Tempo foi destaque da coluna da Babel deste final de semana. Quando a Relicário soube que a Bazar do Tempo também ia publicar um livro de poemas da escritora feminista Audre Lorde (1934-1992), surgiu a ideia de unir forças: as duas editoras irão publicar os livros de Lorde com o mesmo projeto gráfico, adotarão a mesma estratégia de divulgação e pensam até em um lançamento conjunto. Segundo a coluna, não se trata de uma coedição, mas, sim, de uma união de esforços para amplificar a chegada dos livros. A Relicário irá publicar os dois volumes – Black Unicorn (1987), com tradução de Stephanie Borges, e a Bazar do Tempo, a compilação de From a land where other people live (1973),Between ourselves (1976) e Chosen poems: Old and new (1982), com tradução de Tatiana Nascimento.

Criadora da personagem Pilar, uma garota curiosa que busca respostas para suas dúvidas e para problemas na mitologia, Flávia Lins e Silva lançou o livro Peripécias de Pilar na Grécia, em 2001 e ressurgiu com a série Diário de Pilar em 2010. Durante esse tempo, a personagem, já visitou Egito, África, China e até a Amazônia e virou agora, um desenho animado. A série Diário de Pilar estreia nesta segunda (17) no Nat Geo Kids e essa primeira temporada se passa na Grécia, na China e nos Andres.

Faleceu no último sábado (15), aos 102 anos, o escritor, dramaturgo e biógrafo e amigo de Ernest Hemingway A. E. Hotchner. Em 2018, ele lançou seu último livro, o romance The amazing adventures of Aaron Broom, sobre um menino de 12 anos que tem o mesmo nome do autor e cresceu em St. Louis, como o próprio Hotchner. Hotchner morreu em sua casa em Connecticut, de acordo com seu filho Timothy Hotchner.

Na Folha, a coluna Painel das Letras destacou o lançamento do livro A formação de Antonio Candido, fotobiografia do crítico literário organizada por sua filha, a editora e escritora Ana Luisa Escorel. O livro sai pela Ouro Sobre Azul e reúne 293 fotografias de Candido. O livro será lançado em 14 de março, no Instituto Moreira Salles de Poços de Caldas, onde o crítico literário viveu. A coluna adiantou também que a Ubu prepara duas obras do psiquiatra e militante negro Frantz Fanon: em abril sai Alienação e liberdade e, em agosto, Peles negras, máscaras brancas.

Ainda na Folha, a colunista Mônica Bergamo noticiou que o livro Sebastopol, de Emilio Fraia, teve os direitos de adaptação para o cinema adquiridos pela Prodigo Films. O projeto terá como produtores Beto Gauss e Francesco Civita e direção de Caio Ortiz.

A Folha trouxe também uma matéria sobre a Biblioteca Humana, na Dinamarca, criadora de um projeto que organiza encontros para vencer preconceitos. A ideia é fazer com que, ao ouvi-las, os "leitores" se tornem mais tolerantes. Ou, como diz Ronni Abergel, criador do programa, para que as pessoas “não julguem um livro pela capa”.

O jornal destacou ainda os lançamentos de Simone de Beauvoir: uma vida (Crítica / Planeta), de Kate Kirkpatrick; Belhell (Boitempo), de Edyr Augusto e O homem que aprendeu o Brasil (Todavia), de Ana Cecília Impellizieri.

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[17/02/2020 09:00:00]