Penguin Random House abandona modelos de subscrição ilimitada
PublishNews, Redação, 22/01/2020
No Brasil, pouca coisa altera, uma vez que o Grupo Companhia das Letras, do qual a PRH é sócia, já não operava nesse sistema

O consumidor adora. As plataformas faturam. Mas os editores não gostam muito dos modelos de subscrição ilimitados. Os “Netflix de livros (ou de audiolivros)” sofreram mais um baque essa semana. É que a Penguin Random House, maior conglomerado editorial do mundo quando o assunto é livro de interesse geral, confirmou que os modelos “coma o quanto quiser” não contarão mais com os seus conteúdos, seja em texto, sem em áudio. Seus produtos ficarão disponíveis apenas no sistema a la carte, ou seja, compras unitárias.

O argumento por trás da decisão é que o modelo desvaloriza os seus produtos. Querem com isso “preservar a diversidade de conteúdos”, como disse um porta-voz ao The Bookseller.

Analistas descartam a possibilidade de a companhia lançar sua própria plataforma de assinatura.

Em tese, a decisão afeta a operação no Brasil, incluindo os livros do Grupo Companhia das Letras, do qual a PRH é sócia. No entanto, é importante ressaltar que os livros da Companhia das Letras nunca estiveram em plataformas de subscrição, seja de áudio, seja de e-books.

Outro caso

Trazendo a realidade para os players nacionais. Em 2019, a Sextante, a Record e a Intrínseca se juntaram para fundar a Auti Books, plataforma de comercialização de audiolivros. A razão por trás do investimento foi evitar que seus conteúdos fossem para plataformas de subscrição ilimitadas com o mesmo argumento usado pela PRH.

Recentemente, a empresa se rendeu ao modelo de subscrição, mas não adotou o modelo ilimitado e sim um sistema em que o assinante paga R$ 19,90 e pode eleger ouvir um título por mês e ainda assim, nem todo o catálogo da plataforma está disponível nesse modelo.

[22/01/2020 11:00:37]