Apanhadão: um panorama do mercado de audiolivros no Brasil
E mais: Folha critica campanha de programa federal para incentivo à leitura e Associação Comercial de SP fala em crescimento nas vendas e credita o fenômeno às compras do voltas às aulas

O Valor Econômico trouxe um panorama do mercado de audiolivros no Brasil. Para a matéria, o jornal conversou com os diretores das plataformas Ubook, Auti Books, Storytel e Word Audio. O mercado ganhou, em especial ao longo de 2019, novos players e, consequentemente novos títulos e novos entrantes. A matéria fala também sobre a injeção de R$ 20 milhões de investimentos da gestora de fundos Confrapar na Ubook, que se prepara para abrir seu capital na Bolsa do Canadá. O jornal traduziu também uma matéria do jornal britânico Financial Times sobre o alerta que a Pearson fez sobre queda no seu lucro. O grupo britânico de educação diz que os resultados de 2019 ficarão abaixo de sua projeção e, em consequência disso, houve troca no alto escalão da empresa que tem operação no Brasil. Coram Williams deixou o cargo de diretor financeiro e no seu lugar foi anunciada Sally Johnson, que antes ocupava a vice-diretoria financeira da empresa. De acordo com a matéria, o resultado está sendo pressionado pela queda das vendas de livros didáticos nos EUA. A projeção para 2020 foi ainda mais sombria, com previsão de queda do lucro operacional corrigido para a faixa de 500 milhões a 580 milhões de libras esterlinas. As ações da empresa caíram 40% nos últimos quatro anos.

Na Folha, o destaque foi o programa Conta pra Mim, recém-lançado pelo Ministério da Educação (MEC). O programa quer estimular a leitura de livros para crianças e o enfoque está na família. A Folha observa que a campanha não tem potencial de alcançar famílias mais pobres. Pesquisadores ouvidos pelo jornal apontaram que a campanha se distancia desse público ao ser levada para centros de compras de capitais e com propaganda de televisão que retrata uma família com lareira em casa acesa em dezembro (no verão), árvore de natal repleta de presentes e lustre com pingentes de vidro.

Ainda falando sobre o peso dos livros na educação, O Globo trouxe matéria sobre exemplares que foram defenestrados do Colégio Estadual Monteiro de Carvalho, localizado em Santa Tereza, na capital fluminense. Os livros descartados foram triturados em uma cooperativa, segundo informou o diário carioca. O secretário estadual de Educação considerou o fato “lamentável” e determinou a abertura de sindicância.

A coluna Painel S.A., da Folha trouxe dados da Associação Comercial de São Paulo que aponta crescimento de 2,7% nas vendas da primeira quinzena de janeiro em comparação com mesmo período de 2019. Esse aumento, segundo apontou a entidade, é justificada pela procura por materiais escolares e por moda praia.

Na coluna Painel das Letras, também na Folha, o destaque é para os 90 anos de Hilda Hilst, comemorado com uma mostra no Museu da Imagem e do Som de São Paulo a ser aberta no dia 1º de fevereiro. A curadoria da exposição fica por conta de Jurandy Valença. A coluna adiantou também o lançamento de Massao Ohno, editor, de José Armando Pereira da Silva. O livro sai pela Ateliê e vai reunir 174 capas feitas pelo editor responsável por lançar Hilda. O volume chega às livrarias em fevereiro.

No Globo, o colunista Lauro Jardim diz que a Amazon se tornou a maior vendedora de livros no Brasil. Sem citar a fonte, diz que a participação da gigante de Seattle saltou de 12,5%, em 2018, para 25%, em 2019. Dados da última pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro (referente a 2018) apontam que as livrarias exclusivamente virtuais (onde a Amazon se enquadra) foram responsáveis, todas juntas, por 3,41% do faturamento do setor, longe, portanto, dos dados apresentados pelo colunista.

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[20/01/2020 06:30:00]