Inéditos de Zelda Fitzgerald
PublishNews, Redação, 13/01/2020
Ponto Edita prepara, para março, volume que reúne contos, artigos e crônicas da multiartista que se tornou ícone da Era do Jazz

It girl que se tornou ícone da Era do Jazz e um dos maiores símbolos dos efervescentes anos de 1920, Zelda Fitzgerald experimentou várias formas de arte, como a dança, a literatura e a pintura. Entretanto, ela sempre é lembrada ou por seu casamento com o escritor F. Scott Fitzgerald, ou por seu diagnóstico de esquizofrenia. Querendo reavaliar essa imagem, a Ponto Edita prepara, para março próximo, a publicação de Cadernos, que reúne contos, artigos e crônicas de Zelda selecionados por Mauricio Tamboni, que assina também a tradução. A seleção mostra que as inquietações que acompanharam a escritora até o fim de sua vida já estavam latentes desde sua adolescência em Montgomery, Alabama. Em alguns textos, como O iceberg, escrito quando Zelda tinha pouco mais de 17 anos, ela questiona, de maneira bastante moderna para a época, as expectativas da sociedade sobre as mulheres; em outros, discute o lugar do homem no casamento e o papel da melindrosa na cultura americana. A edição traz também uma série de contos controversos nos quais Zelda teria usado material autobiográfico (o que levou Scott a assinar como coautor) e uma resenha ácida de Os belos e malditos publicada em 1922 na qual Zelda sugere que o marido, “o sr. Fitzgerald, parece acreditar que o plágio começa dentro de casa”.

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[13/01/2020 10:43:32]