Apanhadão: FNDE estuda descartar 2,9 milhões de livros didáticos
PublishNews, Redação, 13/01/2020
E mais: segundo Nielsen, varejo de livros teve boas vendas em dezembro, mas não o suficiente para fazer 2019 fechar no azul

O governo federal estuda descartar 2,9 milhões de livros didáticos nunca utilizados. A notícia foi dada pelo Estadão. De acordo com a reportagem assinada por Isabela Palhares, os volumes estão em um depósito dos Correios em Cajamar (Grande São Paulo) alugado pelo FNDE. O jornal apurou que esses livros, de todas as disciplinas e de todas as séries (do ensino fundamental e do médio), estão ainda embalados e nunca foram abertos. Há ainda uma quantidade desconhecida de exemplares, que chegaram a ser entregues nas escolas antes de 2012, e depois foram levados ao local.

E por falar nos livros didáticos, o secretário-executivo do Ministério da Educação (MEC), Antonio Paulo Vogel, disse que o governo está elaborando um novo edital do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD) para que os livros didáticos, distribuídos nas escolas de todo o país, fiquem livres de “doutrinação”, “seja de um lado, seja de outro”. Vogel disse ainda que não haverá grandes mudanças no edital, contrariando o presidente Jair Bolsonaro que disse que teria que suavizar os livros didáticos que, na sua opinião, contém muito texto.

Ainda sobre o assunto, o Nexo falou com a professora Inês Barbosa de Oliveira que explicou quais os limites do governo para alterar os conteúdos dos livros didáticos no âmbito do PNLD.

Em sua coluna, Lauro Jardim adiantou os dados do Painel do Varejo de Livros no Brasil, realizado pelo Sindicato Nacional de Editores de Livros (SNEL) e pela Nielsen. O resultado é que houve uma disparada nas vendas de livros em dezembro, mas não foi o suficiente para encerrar 2019 no azul.

O colunista lembrou que nesse ano, completa-se 70 anos da morte de George Orwell. A Companhia das Letras prepara uma série de lançamentos ao longo do ano para celebrar o autor. Estão previstas as publicações de O ministério da verdade: uma biografia de 1984, de Dorian Lynskey; Orwell e a verdade, uma coletânea de trechos de livros e cartas do autor sobre o tema, além de uma edição de 1984 em quadrinhos, adaptada e ilustrada por Fido Nesti, e uma edição especial de Revolução dos bichos.

Escritos de Vinicius de Morais vão inspirar série de terror no Canal Brasil. De acordo com a Folha, sete desses textos ganharão vida nas mãos de atores como Ícaro Silva, Thaia Perez, Rafael Losso e Andrea Marquee, que serão dirigidos por Caetano Gotardo e Marco Dutra. A série – intitulada Noturnos – deve começar a ir ao ar no segundo semestre.

A Coluna Mônica Bergamo, na Folha, deu espaço de uma página inteira para a atriz Roberta Estrela D’Alva, pioneira do slam no Brasil. Na conversa que teve com a colunista, ela defendeu que a “poesia sempre foi o antídoto para o veneno da opressão”. Mônica Bergamo adiantou também que a Biblioteca Nacional e o Instituto Moreira Salles (IMS) firmaram um acordo para analisar obras possivelmente furtadas do acervo da biblioteca e que fazem parte das coleções do IMS.

Ainda na Folha, o caderno Ilustríssima trouxe uma análise de Vilma Arêas, ganhadora do Jabuti por Um beijo por mês (Luna Parque), sobre Antonio Candido. No artigo, ela diz que o crítico fez a literatura ser como o pão, que tem que ser dividido.

A Coluna Painel das Letras adiantou que Mario Prata está preparando livro em que reinventa a invenção do futebol. O título ainda está sem editora. A obra mistura realidade e ficção para narrar o surgimento do esporte no século 19. A coluna noticiou também que a Associação dos Escritores de Xangai está com inscrições abertas para a sua residência literária anual. Os autores selecionados passarão dois meses na cidade chinesa com as despesas de passagem e hospedagens pagas. Para saber como se candidatar, acesse a coluna.

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[13/01/2020 10:25:07]