As compras se mantém centralizadas em Nova York, mas os gerentes locais estarão livres para determinar o que e em quais quantidades pedir à central. Isso, ressaltou Daunt no encontro, vai trazer mais responsabilidades aos livreiros locais: “eles não poderão mais dizer que a loja não está indo bem porque as pessoas de Nova York não sabem o que estão fazendo”.
Ele defendeu também que a rede não padronize a exposição de livros. “Você não pode ter uma cadeia de sucesso se você segue um único modelo. Redes são empolgantes quando conseguem ser brilhantes e novas. Você precisa envolver”, disse. Nesse aspecto, os livreiros terão papel fundamental também. O chão de loja ensina ao livreiro a ser mais cuidadoso com a disposição dos livros e os contratados da B&N deverão ter esse “talento especial”.
No encontro com livreiros, Daunt reconheceu que poderá fechar unidades da B&N, mas ressaltou que acha “ridículo” abandonar um território.
Daunt lembrou que as transformações que ele empreendeu na Waterstones demoraram seis meses para começar a surtir efeitos. Na B&N, uma superfície consideravelmente maior do que a da britânica, ele aposta que isso se dará só no fim de 2020. “Há muitos detalhes para acertar”, disse aos presentes. Ele ressaltou também que serão necessários investimentos para alavancar a empresa. “Nada vai acontecer sem dinheiro. As lojas precisam de amor e de dólares”.
Digital
O Nook, o e-reader da B&N, não deverá ser descontinuado de imediato. Isso poderá acontecer, disse Daunt, se as vendas não acompanharem as do Kindle, aparelho semelhante vendido pela Amazon. O e-commerce da varejista, no entanto, deverá passar por pequenas mudanças, sobretudo no seu sortimento de catálogo.