Camila começou sua conversa com André Argolo falando sobre seu trabalho de divulgar e expandir os livros para a plataforma digital. “Sou defensora de todas as plataformas que possam ajudar o conteúdo a chegar ao leitor”, definiu ela que acredita que o caminho para isso é aceitar a inovação e mergulhar de cabeça para entender como usá-la ao nosso favor e a favor dos livros.
Leitora de livros digitais desde 2009, Camila nunca abandonou os impressos, tanto que conta com duas bibliotecas, uma no Rio e outra em São Paulo, mas para a leitura em si, a preferência fica mesmo com os digitais. “Eu vejo uma edição linda, eu vou comprar, mas sou uma imigrante digital, sou ainda apegada, mas para ler eu tenho tido uma dificuldade com a idade”, brincou.
Antes de começar a entrevista, Cabete escreveu três palavras: Machismo (que a irrita profundamente), Literatura (que a encanta) e Socialismo (que definiu como uma utopia) e depois comentou sobre cada uma delas. Sobre o machismo, ela lembra que é algo que luta desde que se entende por gente. “Quando fui para a faculdade eu vi que vivia numa bolha e tive que começar a brigar para ter espaço, para ter voz, para ser vista pela inteligência”.
Assim como outros entrevistados que já passaram pelas lentes da PNTV, Camila teve contato com os livros através de sua mãe que era assinante do Círculo do Livro. “Na minha escola tinha uma bibliotecazinha pequenininha e eu li tudo o que podia dali, mas eu era um peixe fora d’água porque ninguém no meu bairro gostava de livros, as pessoas na minha escola não gostavam de livros e não tinha internet [na época] para eu achar minha turma”, contou.
Camila falou ainda sobre sua construção como uma mulher feminista, deu uma aula sobre o que é o machismo e feminismo, falou sobre a sua formação acadêmica em História, sobre sua paixão pela literatura - que segundo ela é tão importante que deveria fazer parte da cesta básica -, e como surgiu o podcast As Desqualificadas. "Eu estava num momento que precisava colocar minha voz e minha opinião para jogo", disse ela que vê o programa como algo que pode ajudar as mulheres nessa luta feminista.
No nosso programa mais curto, Luciana Melo fez um passeio pela Livraria Martins Fontes da Paulista e Talita Facchini resgatou mais notícias do passado do PublishNews.
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