Neste final de semana, O Globo publicou uma matéria sobre o surgimento de bibliotecas comunitárias em favelas e periferias. No Rio de Janeiro, a zona oeste é ao mesmo tempo a região mais pobre da cidade e aquela com o menor número de livrarias e a pesquisa Bibliotecas Comunitárias no Brasil: Impacto na formação de leitores confirma: 86,7% dessas iniciativas estão em regiões marcadas por baixos indicadores socioeconômicos e altos índices de violência. Não é apenas o poder público que falha ao oferecer espaços voltados à leitura em regiões de vulnerabilidade social. A iniciativa privada concentra suas atividades majoritariamente em áreas ricas e centrais do Brasil. Ainda no Globo, só que no suplemento Ela, o destaque foi a inauguração da Livraria da Travessa em Lisboa.
Na última semana, a Folha publicou um artigo do Marcos da Veiga Pereira, presidente do SNEL, defendendo o poder da leitura. “A melhor forma de resistir, hoje, é por meio da leitura. Simplesmente ler”, diz ele no texto. Para Marcos, pequenas ações do cotidiano como separar livros para doar, frequentar bibliotecas e ler para as crianças já fazem a diferença. “A leitura pode ser o antídoto para a distopia que desponta como ameaça no horizonte da sociedade brasileira”, conclui.
O Painel das Letras, adiantou que a Feira Literária Internacional da Mantiqueira (Flima) está confirmada para acontecer de 23 a 25 de agosto. O autor homenageado será Luiz Vilela. A coluna contou também que o autor José Luiz Peixoto irá publicar em julho um livro inédito com a TAG, o clube de assinaturas. Autobiografia conta a história de um jovem escritor eu se encontra com José Saramago.
Bolsonaro e sua nova geração de filósofos da “Escola de Richmond” acabaram ajudando a vender os livros de Paulo Freire (1921-1997). Segundo Ancelmo Gois, os ataques ao famoso educador brasileiro — cujo livro Pedagogia do oprimido foi o único brasileiro na lista dos 100 títulos mais pedidos nas livrarias das universidades dos EUA — geraram curiosidade no mercado editorial. Primeiro a Todavia, prepara uma nova biografia do educador assinada por Sérgio Haddad. Agora, quatro livros de Paulo Freire vão ganhar um novo projeto gráfico e serão lançados, em julho, pela Paz&Terra. São eles Pedagogia da autonomia, Direitos humanos e educação libertadora, Pedagogia do oprimido e Cartas a Cristina.
O coleguinha também adiantou que a apresentadora Maju Coutinho dará voz à Michelle Obama no audiolivro Minha história (Objetiva). A obra, que já vendeu mais de 10 milhões de exemplares no mundo todo e encabeça as listas de mais vendidos no Brasil desde seu lançamento, será publicada na versão áudio em setembro deste ano.