A despeito do mito do brasileiro cordial, tolerante e pacífico, a História do Brasil foi marcada por períodos autoritários. Em Sobre o autoritarismo brasileiro (Companhia das Letras), Lilia Schwarcz reconstitui a construção dessa narrativa oficial que acabou por esconder uma realidade bem menos suave, marcada pela herança perversa da escravidão e pelas lógicas de dominação do sistema colonial. Ao investigar esses subterrâneos da história do país — e suas permanências no presente — a autora deixa expostas as raízes do autoritarismo no Brasil e ajuda a entender por que fomos e continuamos a ser uma nação muito mais excludente que inclusiva. O lançamento acaba de chegar à Lista dos Mais Vendidos ocupando a oitava posição da lista de Não Ficção, com 757 cópias vendidas na semana de estreia.

O livro de Schwarcz não está sozinho. Ainda em Não Ficção, estrearam o “thriller político e empresarial” Why not (Intrínseca), de Raquel Landim sobre a família Batista (JBS), com 621 cópias; e Histórias de uma grande família (Companhia Editora Nacional), de Rick Arantes, com 280.

Além das novidades da categoria Não Ficção, a lista trouxe outras três estreias. Na lanterninha de Infantojuvenil, apareceu a edição brochura de Harry Potter e o prisioneiro de Azkaban (Rocco), com 398 exemplares vendidos na semana. As outras duas novidades apareceram em Ficção: A paciente silenciosa (Record), com 597, e O que aconteceu com Annie (Intrínseca), com 367.

Na comparação com a semana passada, a lista perdeu 4% dos seus números gerais de venda. Ela foi mais sentida nas categorias Não Ficção (-9%), Infantojuvenil (-9%) e Ficção (-7%). A única categoria que apresentou crescimento foi Negócios (4%).

O Ranking Geral da semana é liderado por O poder oculto (Petra / Ediouro), com 7.679. O livro do padre Reginaldo Manzotti é seguido de perto por A sutil arte de ligar o foda-se (Intrínseca), que teve 7.645 cópias vendidas. O milagre da manhã (BestSeller / Record) completa o pódio, com 6.557.

O Ranking Geral das Editoras é liderado pela Sextante, que emplacou 13 títulos na semana. O Grupo Companhia das Letras, com 12, ficou em segundo lugar e a Intrínseca, com 11, em terceiro.