Apanhadão: Uma visão global sobre o mercado de audiolivros
PublishNews, Redação, 15/04/2019
E mais: Copan ganhará livraria, autores são instruídos a escrever sob pseudônimos e se apresentar como autores novos, BNDES diminui patrocínio na Flip 2019

O Publishing Perspectives noticiou que a Audio Publishers Association, o Bookrepublic e a Feira do Livro Infantil de Bolonha começaram a fazer um levantamento do mercado de audiolivros no mundo. Segundo Michele Cobb, da Bookrepublic, e quem apresentou o projeto intitulado "Dados globais de audiolivros: passos para compreender o tamanho do mercado", não há consistência ou padrão na coleta de dados de nação para nação e que há outras “armadilhas” no meio desse processo, mas que muitos editores, autores e mercados podem se beneficiar com a análise preditiva e comparativa que provavelmente a pesquisa resultará.

O Estadão trouxe a notícia que, depois do risco de acabar, Espaço de Leitura do Parque da Água Branca, na Zona Oeste de São Paulo, ganhou mais seis meses de sobrevida. É que o Fundo Social de São Paulo (Fussp), do governo do Estado, informou que lançará edital para renovar atendimento no local. Para se ter uma ideia do tamanho do projeto, cerca de 800 livros são retirados e lidos todos os meses e uma média de três mil pessoas participam mensalmente das atividades educativas e culturais. Desde 2010, mais de 300 mil pessoas visitaram o Espaço, sendo 25 mil estudantes da rede pública e de instituições sociais. Mais de mil eventos foram realizados e 55 mil livros retirados.

Ainda no Estadão, a coluna da Babel contou que o Edifício Copan vai ganhar uma livraria. A idealizadora é Fernanda Diamant, curadora da Flip, um dos nomes por trás da revista Quatro Cinco Um, e primeira convidada da nova temporada da PublishNewsTV. À coluna, Fernanda disse que ainda vai demorar alguns meses até a inauguração, mas garantiu que não será uma livraria convencional.

O Bookseller publicou hoje uma matéria sobre um artigo escrito pela autora Joanne Harris que afirma que autores estão sendo instruídos a escrever sob pseudônimos e se apresentar como escritores de estreia e alimentar a "obsessão" da indústria editorial por novas vozes comercializáveis. Ela acrescentou ainda que a fome por novos autores significa que alguns editores não estão mais dedicando tempo suficiente para construir relacionamentos duradouros com a lista existente. “Há evidências de números crescentes de autores experientes (a maioria mulheres) sendo aconselhados a escrever com um nome diferente, para que o editor possa apresentá-los como autores iniciantes”, escreveu Joanne, explicando ainda que isso significa uma crescente falta de apetite das editoras pelo tradicional relacionamento de longo prazo que mantinham com seus autores.

O padre Marcelo Rossi foi proibido pela justiça de comercializar seu livro Ágape. Segundo o jornal O Dia, o desembargador acatou os argumentos da escritora carioca, Izaura Garcia, de que o sacerdote a plagiou em um texto. A defesa de Marcelo Rossi e da Editora Globo Livros informou que só haverá pronunciamento sobre o assunto depois que ambos forem notificados. Processo vale R$ 53 milhões.

No Painel das Letras, a notícia que 1984, de George Orwell, vai ganhar uma adaptação em quadrinhos que será publicada pela Companhia das Letras em 2020. A obra teve os direitos vendidos para a Espanha e os EUA e ainda há negociações com outros países. Para 2020, a editora prepara ainda edições especiais desse romance e de A Revolução dos Bichos.

A coluna contou também que depois de cortar 40% de sua verba para patrocínio cultural (passando de R$ 8 milhões para R$ 5 milhões), o BNDES investiu apenas R$ 200 mil na Flip 2019.

[15/04/2019 06:00:00]