Sócios da Catavento se unem para lançar a Macunaíma
PublishNews, Leonardo Neto, 28/03/2019
Empresa de logística oferece serviços de armazenagem e manuseio com foco nas editoras de pequeno e médio porte

Área de armazenagem da Macunaíma: galpão tem 3 mil m² com pé direito de 11 metros | © Divulgação
Área de armazenagem da Macunaíma: galpão tem 3 mil m² com pé direito de 11 metros | © Divulgação
Nesse ano, a Distribuidora Catavento completa 55 anos de vida. E com a efeméride, uma novidade. Julio Cesar da Cruz e Roberto Novaes, sócios da distribuidora, se lançam numa nova empreitada: a Macunaíma, empresa de operação logística focada no mercado editorial. “Percebemos que havia uma demanda. Era muito comum receber ligações de editores nos perguntando se oferecíamos o serviço”, comentou Julio Cesar da Cruz, diretor das duas empresas. Em 2017, os sócios convidaram Cyd Carvalho (ex-Biblion) que estudou o caso e os convenceu da viabilidade do projeto.

A bola estava em campo, mas só agora, quase dois anos depois e com seis editoras experimentando o serviço, eles resolveram que era hora de comunicar ao mercado. “Na Catavento sempre tivemos muito braço e pouca inteligência em logística”, comentou Julio ressaltando que as empresas são independentes e que a Catavento é uma cliente da Macunaíma quando o assunto é logística. Ele pontua ainda que a nova empresa é focada na armazenagem e no manuseio dos livros, ou seja, de todos os processos da operação logística, não realiza o transporte. “Há ótimas transportadoras especializadas em livros. Não achamos que devíamos entrar nesse serviço também”, disse ao PublishNews. Cyd acrescenta que não há, no momento, volume para transporte e que a empresa fechou parceria com as principais transportadoras do ramo que oferecem uma tabela diferenciada para os clientes da Macunaíma.

Área de recebimento da Macunaíma | © Divulgação
Área de recebimento da Macunaíma | © Divulgação
O primeiro passo foi a escolha do local para a operação. Elegeram um galpão novo, a Macunaíma é a primeira inquilina, no quilômetro 29 da Raposo Tavares, em Cotia, na Grande São Paulo. São 3 mil m² com pé direito de 11 metros. Hoje, um terço do espaço já está ocupado. “Escolhemos um galpão que está fora de um condomínio. Fizemos cálculos e entendemos que ficaria mais barato arcar com as despesas de segurança do que pagar um condomínio”, disse Júlio. “A empresa é enxuta. Queremos ganhar em produtividade e ser referência de qualidade, mas com custo compatível com o mercado editorial”, completou. Cyd acrescentou ainda que o pulo do gato da nova empresa está nos processos, na tecnologia, no treinamento e no retreinamento da sua equipe, hoje composta por seis pessoas. “O processo economiza gente”, completou o gestor da empresa.

O foco da Macunaíma está nas editoras de pequeno e médio portes e já atende casas como a Todavia, Buzz e PandaBooks. A precificação vai de acordo com o perfil das editoras. “Há editoras que giram mais rápido, por exemplo. Para essas, o preço de estocagem é um. Para aquelas que teremos que armazenar por mais tempo, o preço é outro”, ilustrou Julio.

Segundo informou Cyd, a empresa hoje prepara a despacha, em média, sete mil exemplares por dia. As “ondas de pedidos” são finalizadas até às 16h, quando há coleta automática das transportadoras parceiras, que já passam (independente de chamado) no galpão da Macunaíma diariamente, sempre no fim da tarde. “Assim, muitas vezes, conseguimos atender pedidos em até 24 horas”, comentou Cyd. Até o momento, as operações da Macunaíma se restringem às transações B2B, mas os sócios observam que estão prontos para o B2C também, sendo uma possibilidade para editoras que operam nos marketplaces, por exemplo.

[28/03/2019 10:00:00]