Foi uma cerimônia bonita. De todas as categorias, a principal – a Lifetime Achievement – é a única que permite ao ganhador falar. A ganhadora foi Dorotea Bromberg que fez um emocionante discurso ao lembrar a história da sua família, que emigrou da Polônia para a Suécia em 1969 por conta da perseguição aos judeus. Ela se emocionou ao lembrar que o pai faria aniversário justamente naquele dia 12 de março. Foi bonito! Foi bonito!
Depois, finalmente, fui comemorar toda aquela explosão de alegria em um pub. Um, não, dois. Fomos em um e depois tropeçamos na entrada de mais um, a caminho do metrô, e tomamos mais uma cerveja até sermos avisados que a casa tava fechando. Voltei feliz pra casa!
Mas, antes de encerrar esse meu capítulo, deixa dar algumas impressões pessoais sobre a feira. A London Book Fair é pequena, se comparada com a de Frankfurt, por exemplo, mas é vibrante, cheia e movimentada. Vi algumas coisas muito interessantes. Além dos tradicionais estandes de editores (enormes, grandes e pequenas) e dos pavilhões internacionais (o da Indonésia, convidado de honra dessa edição, está muito lindo), a feira guardou uma área importante para autores. Ali, uma arena muito concorrida com debates sobre tendências, plataformas de autopublicação e até um guia de o que o autor deve ou não deve declarar. Ao lado dessa arena, o Writers Block, onde as principais entidades representativas de autores montaram seus estandes. Eu, particularmente, achei muito interessante. Não me lembro de ter visto, nessas feiras, uma área tão grande dedicada exclusivamente aos autores. Fica aí uma coisa que talvez possa ser copiada pelas nossas bienais.
E foi bom para encontrar gente que não via há muito tempo. Destaque neste sentido para a Bel Diegues, da Cobogó com quem tenho muitas histórias; a Meire Dias, da Bookcase, quem eu amo de paixão; o Luiz Gaspar, da Nielsen Espanha de quem sou fã total, e a Iona Stevens, minha predecessora que hoje faz bonito aqui na HarperCollins UK. Foi ótimo ter visto vocês, meninos.
