Semanas antes do escândalo envolvendo assédio sexual em Hollywood, Tamblyn publicou o artigo I’m Done With Not Being Believed no New York Times. Nele, classificou a indústria cinematográfica dos EUA como cúmplice no abuso sexual de mulheres; tendo sido ela mesma, vítima aos 16 anos. E o livro segue por esse caminho ao combinar gêneros de poesia, prosa e elementos de suspense para dar forma às narrativas chocantes das vítimas de violência sexual, mapeando as formas destrutivas pelas quais a sociedade contemporânea perpetua a cultura do estupro. Como a obra trata de temas pesados, a ideia é que o leitor possa interagir com outras pessoas e dar suas opiniões sobre o texto lido.
Cada livro impresso vem com um livreto que explica a tecnologia e onde há um QRCode que leva até uma página na internet onde acontecem as interações. No caso de e-books, há uma explicação nas primeiras páginas e os leitores são convidados a enviar um e-mail à editora que libera um código para acessar a plataforma.As experiências simulam uma conversa com pessoas reais, que interagem com o usuário conforme a resposta dada à cada etapa da leitura; a interação se dá naturalmente, como em uma conversa de WhatsApp por meio de áudios, vídeos selfies, textos, chamadas de celular, entre outros. Essa interação desperta uma emoção que funciona como fator de engajamento para as narrativas propostas, aposta a editora.
A LifeLike está em busca de parceiros e empresas que queiram apostar na tecnologia e levar conteúdo e entretenimento de uma forma nova, mas a ideia é lançar ainda no primeiro semestre uma nova obra que utilize a TransmediaStorytelling.