O rapaz que rouba livros
PublishNews, Redação, 07/02/2018
Documentário que entra em circuito no dia 1/03 levanta o debate sobre a preservação da memória no país

Laéssio Rodrigues de Oliveira é considerado pelas autoridades brasileiras o principal ladrão de obras raras no país. Não é uma história comum a do jovem balconista de uma padaria, obcecado por papéis antigos, que passa a frequentar as altas rodas de merchants e colecionadores de arte e, em seguida, as páginas dos cadernos policiais. A partir de 1º de março, a sua história poderá ser conferida nas telonas. É que, nesse dia, estreia o documentário Cartas para um ladrão de livros, dirigido por Caio Cavechini e Carlos Juliano Barros que tem no seu currículo produções como Entre os homens de bem (2016), Jaci – Sete pecados de uma obra amazônica (2014) e Carne osso (2011). O filme é produzido e distribuído pela Boutique Filmes, responsável pela primeira produção original da Netflix no Brasil, a série 3%. Laéssio é acusado de furtar bibliotecas em pelo menos cinco estados, à procura de obras de elevado valor histórico, artístico e econômico - de fotos da corte brasileira do século 19, passando pelos primeiros mapas do país feitos a mão, a gravuras assinadas por artistas europeus, como o alemão Rugendas. Além de traçar um perfil da polêmica figura de Laéssio, o longa-metragem levanta o debate sobre a preservação da memória do país.

[07/02/2018 08:00:00]