É oficial, o smartphone matou a televisão
PublishNews, 11/03/2015
Em sua coluna, Greg Bateman lista três tendências que devem mudar o mundo da mídia, dos negócios e da educação

O Mobile World Congress acabou de fechar suas portas na ensolarada Barcelona. Houve muito burburinho sobre o 5G móvel, uma evoluída rede que possibilita acesso a informação em nanossegundos. Veja abaixo algumas novas tendências que devem mudar o mundo de média, negócios e educação.

Os dispositivos inteligentes são a plataforma

Talvez não devêssemos estar surpresos que a penetração de smartphones tenha ultrapassado os 75% na terra natal da Apple. Mas de acordo com o Google Brasil, ela já alcançou 29% no Brasil, onde 21% dos donos de dispositivos inteligentes consumem internet exclusivamente de seus aparelhos. A onda de conteúdos produzidos localmente, desde postagem de blogs até e-books, tem sido um fator chave no crescimento do consumo de conhecimento.

A geração Y está definindo as normas de comunicação

A nova força de trabalho de jovens entre 18 e 34 anos está agora enviando e recebendo em média 181 mensagens de texto por dia. Alguns gurus da indústria estão até prevendo a morte do e-mail. Notícias e informação estão agora sendo “empurradas” aos dispositivos smarts ao invés de serem “baixadas” nos navegadores dos computadores.

"We live in a mobile-first and cloud-first world” - Satya Nadella, Microsoft CEO

Não é mais só Angry Birds e Facebook

As empresas estão começando a ver o mundo na mesma nova maneira como o CEO da Microsoft Satya Nadella viu quando ele afirmou que nós vivemos em um “mundo mobile-first e cloud-first” onde fluxos de dados estão constantemente rodando no fundo. E empregados estão pedindo para consumir as informações em seus próprios aparelhos. Gartner previu que em 2017, metade dos empregadores vão pedir aos seus funcionários para que eles usem seus aparelhos para fins de trabalho. Sem ser deixados para trás, estudantes também estão incentivando essa tendência de se levar o próprio dispositivo. Escolas australianas estão notando um aumento de 30% por ano nos programas que incentivam o uso do aparelho do aluno, com as escolas escolhendo prover os dispositivos somente para estudantes que não têm condições financeiras.

Na nova realidade de acesso à informação 24h na palma da mão, o inimaginável aconteceu. A partir de 2015, as três horas diárias que as pessoas gastam em seus dispositivos serão mais tempo do que elas gastam assistindo TV.

É oficial, o smartphone matou a televisão.

Greg Bateman é sócio-diretor da Hondana, uma startup brasileira focada em conectando pessoas e idéias através de tecnologias de leitura digital.

[10/03/2015 21:00:00]