Realidade do cárcere
PublishNews, Redação, 22/02/2011
Flores do Cárcere expõe a realidade de 160 mulheres de uma cadeia feminina

Como vivem as mulheres dentro de uma prisão? Que tipos de crimes cometeram? Qual é a rotina em uma cadeia feminina? De que forma mulheres confinadas se organizam para sobreviver em um ambiente tão hostil? No que elas diferem de nós? Questões como essas motivaram a administradora de empresas Flavia Ribeiro de Castro a desenvolver um trabalho voluntário dentro de uma cadeia pública feminina. O resultado rendeu o livro Flores do cárcere (Talento, 244 pp., R$ 29), que será lançado nesta terça-feira (22), a partir das 18h30, na Livraria da Vila (Rua Fradique Coutinho, 915. São Paulo/SP. Tel.: 11 3814 5811).

“Nossa missão inicial era promover uma cultura de paz e inclusão dentro da cadeia”, conta Flavia. Um objetivo audacioso alcançado por meio de diversas ações, entre elas, a formação de um coral, a produção de um jornal interno e um desfile em homenagem à diversidade e à beleza feminina.

Todo o projeto que Flavia desenvolveu na cadeia foi registrado em anotações e vídeos. A ideia do livro, que ganhou do jornalista e amigo Thales Guaracy o nome Flores do cárcere, nasceu quase naturalmente. Ao mesmo tempo tristes e alegres, engraçadas ou trágicas, as histórias narradas no livro trazem à tona um universo desconhecido para quem está do lado de fora das grades – e quase sempre prefere não ver quem está dentro. Para a coordenadora editorial Heloisa Vasconcellos, apesar do tema aparentemente árido, Flores do cárcere é um livro surpreendente, para ser lido de uma só vez. “As histórias das detentas mudaram meu jeito de olhar para as mulheres que cometem crimes.”
[22/02/2011 00:00:00]