Faro Editorial e sua aposta na ficção jovem nacional
PublishNews, Leonardo Neto, 18/12/2014
Editora acaba de fechar contrato com dois jovens escritores brasileiros

A Faro Editorial - que tem como sócios Pedro Almeida, colunista do PublishNews; Karine Pansa, atual presidente da CBL e Diego Drumond, presidente da ABDL – acaba de fechar contrato com dois autores nacionais, muito jovens – de apenas 21 anos. A aposta segue o posicionamento da Faro de investir em projetos contemporâneos e em ficção produzidas por autores nacionais. A primeira incursão nesse tipo de literatura foi com Rodrigo de Oliveira, que lançou uma série de cinco livros de zumbis, todos ambientados em cidades brasileiras. Pedro conta que a Faro recebe cerca de 20 originais por semana. Duas obras, dentro desse universo, chamou a atenção do editor. Coincidentemente, são de dois autores de 21 anos, que cursam jornalismo: o mineiro Vinicius Grossos e o paulista Victor Bonini. “Grossos criou um romance com alta carga dramática de um grupo de quatro adolescentes em suas experiências chave de passagem para a vida adulta”, adianta Pedro. Já Bonini apostou no gênero policial. “O romance de mistério apresenta camadas de culpados, que deixa rastros falsos durante o desenrolar e, somente no final, se consegue descobrir o verdadeiro assassino”, observa o editor.

“Temos trabalhado principalmente com o público jovem adulto. Como somos uma nova casa, queríamos inovar focado na linguagem de nosso principal público, quando não é na apresentação de um clássico, é no tema. Assim, nossa publicação de ficção tem por princípios originalidade, cenários e personagens. Por este motivo um livro policial centrado na vida de um estudante nos dias atuais faz bastante sentido para nós, pois dialoga com seu universo, seu cotidiano, suas principais questões, coisas que não poderiam conter num livro antigo ou em que os personagens maduros fossem o foco da trama”, explica Pedro. Para o editor, são duas obras que mostram tramas maduras, em contrapartida à pouca idade dos seus autores. “Não temos medo de investir em um autor porque é novo ou desconhecido, se nos parece altamente promissor”, pontua Pedro.

[18/12/2014 01:00:00]