A Lei Anti-Amazon recentemente aprovada pelo parlamento francês pouco terá efeito na tentativa de aplacar a fome de Jeff Bezos. A lei determina que, na França, livrarias – on line ou físicas – não podem dar descontos superiores a 5% e nem oferecer frete grátis, no entanto, não determina valor mínimo ao frete. Assim, a Amazon já anunciou que cobrará um centavo de euro pelo despacho dos livros comprados pelo site, fazendo, portanto pouquíssima diferença no preço final do produto. Estima-se que a França hoje tenha 3,5 mil livrarias, 800 delas são lojas independentes que seriam protegidas pela lei. De acordo com levantamento feito pelo grupo de mídia France 24, as vendas de livros pela internet na França vivem uma curva ascendente. Em 2003, apenas 3,2% das vendas eram feitas on line, no ano passado, esse número saltou para 17%, número pouco expressivo se comparando com os apresentados nos EUA, mas que preocupa as autoridades locais. O governo francês promete para logo novas medidas de combate às tentativas de monopólio da Amazon. A ministra da Cultura Aurélie Filippetti disse ao The Telegraph que as medidas contra o monopólio pretendido pela Amazon são tomadas em favor da leitura: "Este é um esforço sem precedentes em favor do livro e da leitura, porque sem livrarias independentes haverá menos editores e autores, menos opções para o leitor e menos as redes sociais nas cidades".