Em dezembro, o Grupo Editorial Record completa 70 anos de existência. Fundada por Alfredo Machado e Décio Abreu em 1942, a empresa que começou como uma distribuidora de histórias em quadrinhos é hoje o maior grupo editorial da América Latina, com 13 editoras, 6.500 títulos no catálogo e uma impressionante produção de 10 milhões de exemplares por ano no seu parque gráfico. Para comemorar a data, a Record fará uma doação de 70 mil livros de seu acervo à Biblioteca Nacional hoje, no Rio de Janeiro.

Mas o grupo não comemora apenas o aniversário. O prêmio Recordista, que destaca, desde sua criação no ano 2000, os autores brasileiros de ficção que vendem em larga escala, será entregue este ano aos autores Marina Colasanti e Eduardo Spohr. O prêmio se inspira no Disco de Ouro, atribuindo Prata aos títulos que alcançam a marca de 100 mil exemplares vendidos, Ouro para 200 mil e Platina quando chegam a 300 mil cópias. “Na área de ficção o autor brasileiro não é muito presente, então o prêmio é um marco. O autor brasileiro que atinge esse patamar de venda merece ser consagrado”, explica Sônia Jardim, vice-presidente do Grupo. Marina Colasanti e Eduardo Spohr levam Prata e Platina, respectivamente.

Além do aniversário e premiação, um segundo prêmio, o Camões, será entregue na cerimônia de hoje ao autor da casa Dalton Trevisan. “É uma comemoração 3 em 1”, celebra Sônia.

O grupo planeja um ano de eventos comemorativos em várias capitais brasileiras. Serão 70 eventos até novembro 2013. Afinal, aos 70 anos, a Record tem muito o que celebrar. Sônia, que trabalha no grupo há 17 anos, destacou a sobrevivência da empresa às várias crises econômicas do país ao longo das décadas, e o principal, para a vice-presidente, é “chegar bem aos 70 anos. Não chegamos a essa marca cansados, e sim no auge, crescendo, com prêmios Jabutis e outros”.

A gigante editorial mantém ainda o caráter familial do negócio, e, para Sônia, um momento que marcou a história dos 70 anos da Record foi a morte de seu pai, Alfredo Machado, fundador da editora, há 21 anos: “A empresa hoje é o dobro do tamanho que ele deixou. Mostra que a criatura sobrevive ao criador”. Parabéns Record.