Os próximos 10 anos
PublishNews, Maria Fernanda Rodrigues, 27/07/2011
Primeiro dia do Congresso do Livro Digital foi encerrado pelo jornalista americano Ed Nawotka, editor da Publishing Perspectives

“A indústria do livro impresso no Brasil faz muito dinheiro se comparada a outros mercados e nos próximos 10 anos o digital será apenas mais uma opção para vocês”, disse o jornalista Ed Nawotka, editor do Publishing Perspectives, à plateia do 2º Congresso Internacional do Livro Digital nesta segunda-feira, dia 26. Mas para chegar lá da melhor forma possível é preciso se preocupar, desde já, em organizar melhor suas informações criando corretamente metadados que vão transformar seu livro em algo encontrável em meio a tantos outros disponíveis nas livrarias, quantidade em constante crescimento (se quiser mais informações sobre metadados, leia a coluna de Camila Cabete).

O fato de o Brasil estar alguns anos atrás de mercados como os Estados Unidos e a Inglaterra é, para ele, uma oportunidade de os editores, livreiros e distribuidores brasileiros aprenderem com os erros cometidos por aqueles que já conseguem viver da venda de livro digital. Um dos exemplos que citou foi o da Borders. Entre alguns dos erros que a rede de livrarias americana recém-liquidada cometeu 10 anos atrás foi ter demitido os funcionários que cuidavam dos eventos e das relações com a comunidade. Nawotka faz uma análise mais completa do declínio da Borders aqui (em inglês).

O jornalista abordou ainda temas como o avanço do self-publishing (e citou Eduardo Spohr), o fato de que todos podem ser editores hoje (inclusive JK Rowling) e a quantidade de coisas que as pessoas leem hoje. Na América do Norte, por exemplo, são 35 mil palavras por dia, o equivalente a 1/3 de um romance.
[27/07/2011 00:00:00]