Segunda maior empresa de eletrodomésticos e móveis do Brasil, com 750 lojas em 24 estados e no Distrito Federal, mais de 20 mil funcionários e um faturamento de R$ 6,2 bilhões, a Máquina de Vendas, holding formada pela Ricardo Eletro, Insinuante e City Lar, começa a vender livros nesta quarta-feira, dia 11 de maio, em seu site. “Hoje, atingimos algumas regiões carentes de grandes livrarias e como nossas marcas estão consolidadas nestas regiões, achamos oportuno a entrada neste segmento”, explica a gerente da área de livros Cristiane Carvalho.

A compra está sendo feita diretamente com as editoras e com algumas distribuidoras e a operação é totalmente administrada pela empresa que vai disponibilizar, neste primeiro momento, mais de 15 mil títulos nos sites de suas três lojas. A Máquina de Vendas não descarta levar os livros para suas lojas físicas e já pensa em incluir livro digital em seu acervo.

Um dos motivos da entrada no mercado de livros foi que a empresa, que só em 2010 investiu R$ 10 milhões em marketing e registrou crescimento de 300%, não podia ficar atrás de seus concorrentes. Em setembro, Ponto Frio e Extra, que já vendiam livros, começaram a vender também e-books. Em dezembro, foi a vez das Casas Bahia. Além disso, a Máquina de Vendas viu no crescimento da internet e na ausência de barreiras – a empresa conta com 18 centros de distribuição no país - uma boa oportunidade de negócio.

Apesar de serem feitas pela internet, as compras on-line movimentam, de uma certa forma, as lojas físicas. Dependendo da resposta dos consumidores, os livros poderão ser vendidos também nesses espaços. “Os vendedores estão sendo treinados para vender um sortimento bem maior do que é disponibilizado fisicamente em suas lojas, portanto, através deste formato já teremos condições de fazer um estudo sobre uma possível venda de livros em lojas físicas”, explicou Cristiane.

O e-reader Positivo Alfa já está à venda e existe um projeto concreto para a venda de livros digitais. “Sabemos que hoje este negócio representa muito pouco na venda de livros no Brasil, mas a única certeza que temos é que não devemos ficar de fora, precisamos estar preparados para a mudança de comportamento do consumidor”, disse a gerente, que não confirmou quando esta categoria será incluída na loja virtual.