Tem tantas coisas acontecendo no mercado, e eu aqui, comendo mosca, sem dar as caras na minha coluna querida. Que vergonha. Mas estou aqui! E com vontade de escrever sobre experiências pessoais que venho passando em meu condomínio.
Além da minha vida de businesswoman, a maior parte do meu tempo é dedicada a obras de casa, funcionamento do lar, cuidados com minha gata e reunião de condomínio. E como tenho aprendido com isso. Acho que uma pessoa só pode ser considerada adulta depois que de se ver obrigada a participar de uma reunião de condomínio. Deveria haver uma certificação do tipo: você passou por esta experiência e permaneceu sã, parabéns!
Eu escrevo aqui sobre e-books e minha rotina trabalhando com arquivos neste mercado de livros, mas hoje quero falar sobre relações humanas.É que eu acho que essa história de separação de vida pessoal e profissional uma balela. Afinal, alimentar minha gata é trabalho, ir a reunião de condomínio é trabalho, assim como assinar um contrato e pagar um pedreiro, visitar minha mãe, fazer reunião com chefe. Tudo entra na minha agenda e nas minhas discussões, textos, conselhos.
E vou dizer: a maior semelhança entre vivência de condôminos e nosso mercado editorial é a corrosão causada por esse câncer que é a falta de comunicação. Ninguém é obrigado a gostar, amar ninguém, mas a boa relação humana é mais que necessária para progredir. Já vi equipes editoriais ruírem por causa da falta de comunicação. E o pior: as pessoas mal intencionadas só obtêm sucesso nesses ambientes, onde ninguém se comunica com ninguém. Uma fofoquinha, uns achismos e BOMBA na equipe, e BOMBA no condomínio. Não se progride, não se resolve problemas. Fulano diz que ciclano fez ou falou isso, que causou aquilo. E, muitas vezes, o coitado do ciclano nem sonha com o que se passa. Isso não é justo. Temos que admitir que o clima de editoras/empresas editoriais famosas aqui em nosso país, muitas vezes chega a ser tóxico, concordam?
Acho que a minha colega de profissão e ideais, a Gabi Dias, foi super clara ao falar dos desafios técnicos para 2014. Mas aqui, para complementar sua coluna, acrescento o nosso desafio como ser humano: se comunicar, ser franco, com carinho, mas olho no olho.
Afinal, estamos todos no mesmo barco. Por mais diferentes que as pessoas sejam, temos sempre o mesmo objetivo: sermos felizes. No fundo, aquele síndico sem poder de comunicação, a vizinha estourada e o porteiro indisciplinado, nada mais são que pessoas que desejam ser felizes. E para progredir, precisamos resolver as questões como adultos, de frente, sem intermediários. Aprendemos isso no jardim de infância, mas somos teimosos, e algumas vezes só aprendemos com muitas sessões de terapia.
É isso, acho que o maior desafio para todas as áreas, em todos os lares está na comunicação, no carinho com as pessoas ao seu redor. Ser menos maldoso, menos cricri, é só consequência quando se tem em mente que a outra pessoa só quer o que você também deseja, ela é igual a você em muitos aspectos.
Desculpe o clichê (agora está na moda dizer que tudo o que se fala de forma pessoal, de coração é clichê, e eu sigo a moda), para esclarecer, não tenho religião e não encontrei o meu salvador… Só fiquei inspirada com a minha reunião de condomínio.
Feliz Natal, Feliz Hanukkah, Feliz ano novo!
Camila Cabete (@camilacabete no Twitter e Instagram) tem formação clássica em História. Foi pioneira no mercado editorial digital no Brasil. É a nova Head de Conteúdo da Árvore e a podcaster e idealizadora do Disfarces Podcast.
camila.cabete@gmail.com (Cringe!)
** Os textos trazidos nessa coluna não refletem, necessariamente, a opinião do PublishNews.
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