José Roberto Marques acredita que, por meio de ferramentas de coaching, pode transformar potenciais em poder. Por isso escreveu Desperte seu poder (Buzz), que reúne exercícios por meio dos quais promete transformar a vida dos seus leitores. Com esse discurso, ele conseguiu chegar ao topo da Lista dos Mais Vendidos dessa semana, com 12.009 exemplares vendidos. O feito é importante não só por isso. Mas por ter tirado de Luccas Neto a coroa que carregava desde o lançamento do seu livro As aventuras na Netoland (Pixel / Ediouro). O livro que reinava sozinho há semanas caiu e foi parar na terceira posição da lista ao vender 6.910 exemplares. No meio dos dois, ficou A sutil arte de ligar o foda-se (Intrínseca), com 7.189. O livro de José Roberto, no entanto, não é a única novidade da semana. Ao contrário, a lista recebeu reforços de peso. Foram oito novidades. Dessas, três pontuaram na Lista Geral, ou seja, já na semana de estreia, ficaram entre os 20 títulos mais vendidos do Brasil. São eles: As 4 chaves para a realização ilimitada (Gente), que ocupa a terceira posição da Lista de Autoajuda e a quarta na Geral, com 5.201 exemplares vendidos; Código secreto do emagrecimento (Gente), quinto lugar de Autoajuda e sétimo na Geral, com três mil exemplares, e Na sombra do mundo perdido (Buzz), de Ilko Minev, que lidera a Lista de Ficção e ficou na 10ª posição da Geral, com 2.464. Clique no Leia Mais veja outros destaques da lista dessa semana.

Um dos capítulos mais comentados de 2017 foi aquele em que o ex-deputado Eduardo Cunha entrou na Justiça contra a Record na tentativa de impedir a circulação do livro Diário da cadeia, escrito por Ricardo Lísias sob o pseudônimo de Eduardo Cunha. O assunto foi parar no Supremo Tribunal Federal onde o ex-parlamentar perdeu, o livro foi liberado e a sua comercialização seguiu conforme o planejamento da editora. Mas Eduardo Cunha não desistiu e voltou à Justiça fluminense, onde o caso teve início, com um mandado de segurança pedindo novamente a suspensão da decisão. Por unanimidade, os desembargadores negaram o pedido. O político considera que a obra, escrita com o pseudônimo Eduardo Cunha, leva o leitor a crer que é uma biografia. Na nova decisão, o desembargador Nagib Slaib Filho, relator do texto, destaca que o uso de um pseudônimo na obra de ficção é um direito, que a liberdade de expressão e manifestação deve ser resguardada. “Em uma análise preliminar, conclui-se que não houve anonimato, vedado pela Constituição Federal, e sim a utilização de um pseudônimo em uma obra ficcional. Trata-se de um pseudônimo, e não de livro escrito pelo agravante, o que, em cognição sumária, enfraquece a alegação de lesão à honra e à imagem”, avaliou.

A autora americana Lauren Blakely, conhecida por seus romances contemporâneos como Mister O e Big Rock, fechou mais um livro com a Faro Editorial. Em The real deal, Lauren apresenta sua nova comédia romântica: April Hamilton não quer que sua família saiba que ela é um fracasso nos relacionamentos, não neste ano. E para não sofrer com o tradicional bullying familiar nas férias de verão ela resolve contratar um namorado de aluguel, Theo Banks, que colocou um anúncio se oferecendo a ser um namorado de mentira para quitar umas dívidas. Mas nada sai como o planejado... e em meio a tantas gargalhadas, aquela mentira se tornou a melhor coisa de duas vidas. A obra será lançada no início de 2019. Amada pelos leitores por criar romances divertidos e sensuais narrados pelo ponto de vista masculino, a autora que é um dos best-sellers da editora, também já está de malas prontas para vir ao Brasil durante a Bienal do livro de São Paulo para lançar seu novo romance, Bem Safado, seu 4º livro publicado por aqui. Além de participar da feira em São Paulo, a autora ainda vai passar pelo Rio de Janeiro no dia 07 de agosto e em Salvador no dia 09.

A 25ª Bienal do Livro de São Paulo (3 a 12/08) confirmou a vinda de mais um autor internacional. Charlie Donlea, autor de A garota do lago e Deixada para trás (Faro) subirá ao palco da Arena Cultural no dia 8 de agosto, às 16h, para conversar com o público sobre como é escrever obras de suspense e terror, o encantamento que suas histórias produzem nos leitores e a construção de narrativas nesse estilo literário. Seus livros no Brasil já alcançam a marca de 150 mil exemplares vendidos. Donlea vai contar ainda sobre suas inspirações, falar dos dois primeiros livros e lançar seu novo thriller, Don't Believe It. Aqui no Brasil, as obras de terror e suspense vem atraindo cada vez mais leitores e em janeiro deste ano foi fundada a Abrest (Associação Brasileira de Escritores de Romances Policial, Suspense e Terror), que logo criará uma premiação anual para autores do segmento, a exemplo do que acontece em outros países.

No dia 8 de outubro de 1998, a Real Academia Sueca comunicava ao mundo que José Saramago era o ganhador do Prêmio Nobel de Literatura naquele ano. O acontecimento foi um dos marcos mais importantes para as literaturas de expressão portuguesa: pela primeira vez um autor dessa comunidade era reconhecido com um prêmio da envergadura do Nobel. E 20 anos depois, para recordar a data, comentar e discutir as várias criações do escritor, pesquisadores de duas universidades potiguares, Socorro Veloso e Pedro Fernandes, assumem uma parceria e realizam o 1º Colóquio de Estudos Saramaguianos. O colóquio quer compor um painel com vozes sobre as várias possibilidades de leituras e de leitores da obra de Saramago e a programação contará com mesas de discussão com estudiosos da obra de José Saramago de várias partes do Brasil e uma mostra de filmes. O ponto alto do evento será a conferência com a pesquisadora Teresa Cristina Cerdeira (Universidade Federal do Rio de Janeiro / Université Toulose II), uma das primeiras a publicar um estudo sobre a obra do escritor. O evento acontece entre os dias 13 e 15 de junho, na UFRN (Av. Hermes Fonseca, s/n – Natal / RN). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas clicando aqui.

A primeira edição da Revista de Literatura e Arte Laranja Original chega às livrarias nas próximas semanas. O projeto surgiu da ideia de reunir trabalhos inéditos de artistas e colaboradores da editora na forma de livro impresso, integrando suas diferentes expressões – poesia, prosa ficcional, crítica literária, artigos de opinião, ilustração, fotografia e artes gráficas. Com periodicidade de seis a nove meses, a revista sobre literatura e arte será oficialmente lançada no dia 18, às 19h, num sarau no Canto Madalena (Rua Medeiros de Albuquerque, 471 – São Paulo / SP). A entrada é gratuita e os exemplares estarão disponíveis para venda nas livrarias no valor de R$ 20.

Na próxima quarta (13), às 16h, a Fundação Biblioteca Nacional e o Programa MFA of the Americas (Master of Fine Arts of the Americas - Stetson University, Florida - EUA) realizam o encontro Escrita e tradução em debate, com Ana Paula Maia e Alexandra Joy Forman. A escritora carioca conversará com a tradutora e pesquisadora norte-americana sobre as perdas, transformações e negociações envolvidas nos processos de escrita e tradução. A conversa será mediada por Teresa Carmody, escritora e diretora do MFA e acontece na Biblioteca Nacional (Rua México, s/n – Rio de Janeiro). No mesmo dia, às 14h30, a Universidade Federal Fluminense (UFF) celebrará o Bloomsday com uma palestra da professora Dirce Waltrick do Amarante e participação do músico Alex Navar. Já na quinta (14), será a vez do Bloomsday na Faculdade de Letras da UFRJ, que, em seguida, realizará a II Jornada de Tradução.

Nas últimas décadas, conflitos políticos, étnicos e religiosos têm afetado populações inteiras. Artistas são levados ao exílio por risco de vida e prisão, e a língua, instrumento de trabalho de escritores, é diretamente afetada pela nova condição. O ciclo A palavra fora do lugar: escritores refugiados e em risco, patrocinado pelo Banco do Brasil, discutirá nas próximas semanas, temas como: efeito do bilinguismo na escrita de autores levados ao afastamento compulsório do país natal; confronto, no processo criativo, entre territórios físicos, culturais e linguísticos; conexão com a condição humana, em sua solidão, entre outros temas. O projeto reúne um leque representativo de escritores refugiados da Ásia, África, Europa e América Latina. Do exterior participam: Atiq Rahimi, afegão radicado na França; Terézia Mora, húngara radicada na Alemanha; e Feliz Kaputu, congolês (RDC) que inaugurou a adesão do Brasil (e da América Latina) à ICORN (International Citizens of Refugee Network). Do Brasil, falam Julián Fuks e Carola Saavedra (foto ao lado), que migram para o Brasil na infância, devido à ditadura em seus países natais. Os professores Marcos Gleizer e Claudio de Oliveira, do Grupo de Pesquisa Psicanálise, Discurso e Laço Social discutem, da perspectiva da filosofia, o desemparo e a força de indivíduos diante de situações extremas. Os eventos acontecem no Centro Cultural Banco do Brasil (Rua Primeiro de Março, 66 – Rio de Janeiro / RJ). Para conferir a programação completa clique aqui.

O Cultura em Curso, programação de cursos livres da Livraria Cultura, criado para proporcionar ao participante momentos de convívio e troca de ideias sobre temas contemporâneos, recebe na próxima terça-feira (12), na unidade do Shopping Iguatemi (Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.232 – São Paulo / SP), o jornalista e crítico musical João Luiz Sampaio. Ele abre a série de cursos Música clássica e literatura com encontro sobre Mozart e o mito de Don Juan, história que foi contada e recontada diversas vezes pelo teatro, pela literatura e também pela música, universo no qual se destaca a ópera Don Giovanni, escrita por Mozart. Em seis encontros, a série Cultura em curso pretende mostrar como compositores célebres — Mozart, Verdi, Berlioz, Schumann, Mahler e tantos outros — basearam-se em livros para criar obras-primas imortais. O evento da próxima semana acontece a partir das 19h, na Sala de Cursos da livraria. O ingresso, que custa R$ 120, pode ser comprado clicando aqui.

Da prosa (Companhia das Letras, 888 pp, R$ 89,90), box com dois volumes, reúne pela primeira vez toda a ficção de uma das vozes mais originais da literatura brasileira, homenageada na Flip 2018. Em 1950, aos 20 anos de idade, Hilda Hilst lançou seu primeiro livro de poesia, Presságio, dando início a uma vasta obra poética que se estenderia por 45 anos. Sua intensa, porém, breve produção para o teatro teria início e fim na segunda metade da década de 1960, quando, instalada na lendária Casa do Sol, a autora deixou de lado a atribulada vida paulistana para se dedicar integralmente à escrita. Sua estreia na ficção, no entanto, aconteceria em 1970, com Fluxo-floema, celebrado título que foge às categorias fáceis: ao longo de cinco textos de prosa com alta voltagem poética, a autora revela seu talento extraordinário. Em Da prosa, este e todos os outros títulos da lavra ficcional da autora de Rútilo nada aparecem reunidos pela primeira vez. A cada página, o leitor pode notar como a escrita de Hilda, que nos anos 1990 daria “adeus à literatura séria” para se dedicar a sua trilogia erótica, se mantém profundamente autêntica, transgressora e, sobretudo, atual.

Literatura à margem (Dublinense, 160 pp, R$ 39,90) é uma coletânea de sete conferências apresentadas nos últimos dez anos em eventos literários, universidades e na Academia Brasileira de Letras, e revisadas especialmente para esta edição. Nelas, Cristovão Tezza discute a criação literária sob uma ampla gama de temas, que abarcam desde a relação da literatura com a psicanálise até as fronteiras entre a ficção, a biografia e o ensaio. Em linguagem clara e pontuada pelo humor, com um rigor conceitual que passa longe do jargão acadêmico, o premiado autor do romance O filho eterno fala de seu processo criativo, das origens de seu desejo de se tornar escritor, dos pressupostos éticos da literatura, do sentido da ficção no mundo contemporâneo e das contingências históricas, políticas e culturais de sua geração.

Em um futuro próximo, as mulheres desenvolvem um estranho poder: elas se tornam capazes de eletrocutar outras pessoas, infligindo dores terríveis... até a morte. De repente, os homens se dão conta de que não estão mais no controle do mundo. A obra se desenrola a partir das visões e acontecimentos nas vidas de Roxy, Margot, Allie e Tunde, um jornalista que vive na pele a dor do novo poder adquirido por elas e depois consegue filmar o acontecido. O poder (Minotauro / Planeta, 368 pp, R$ 59,90 – Trad.: Rogério Galindo), de Naomi Alderman, fala sobre empoderamento feminino e a discussão do papel social da mulher contemporânea. Escrito sob a orientação de Margaret Atwood, autora de O conto da Aia, O poder é o primeiro livro da coleção Planeta Minotauro, dedicada à ficção especulativa.

Pequenos incêndios por toda parte (Intrínseca, 416 pp, R$ 44,90), de Celeste Ng, retrata de forma intrigante a vida de um subúrbio de classe média norte-americana onde tudo é minimamente planejado e o menor dos desvios pode ganhar enormes proporções. Com uma trama que explora temas como a idealização da maternidade e a força da identidade, o romance abre com a cena de um incêndio na casa de Elena Richardson, cidadã exemplar do subúrbio de Shaker Heights. São claros os indícios de que o fogo começou de forma proposital: “Os bombeiros disseram que havia pequenos incêndios por toda parte”, relata uma das filhas de Elena. Com o mistério instaurado, a narrativa volta no tempo e a autora aos poucos costura a cadeia de eventos que levou àquela tragédia. É quando ganha espaço a personagem de Mia Warren, uma mulher jovem e enigmática que há pouco se mudou para o lugar e, ao contrário da Sra. Richardson, vive para desafiar as regras.

Amanda é uma endocrinologista bem-sucedida que se preparava para ter filhos aos 36 anos quando foi traída pelo marido. Depois de tentar terapia e tratamento com antidepressivos, ela ainda não conseguiu dar a volta por cima. Decidida a tentar qualquer coisa para melhorar sua autoestima, ela parte para um seminário intensivo em um pequeno castelo na Escócia. É neste cenário bucólico que conhecerá Mike, um terapeuta que utiliza técnicas inovadoras e de alto impacto que mudarão o modo de se relacionar consigo. Seis dias de imersão que transformarão para sempre a vida de Amanda e de qualquer pessoa que se deixar de envolver por essa história - uma proposta inovadora de processo terapêutico com uma narrativa literária como pano de fundo. Apesar de ser um romance, Imersão (HarperCollins, 256 pp, R$ 34,90), obra de Diogo Lara, traz situações baseadas em técnicas reais da psicologia.