A semana passada foi de queda acentuada nos números gerais da Lista dos Mais Vendidos. Na comparação com a semana anterior, foram vendidos 23% a menos. A categoria Infantojuvenil, aquela que abriga os livros dos irmãos Neto, por exemplo, apresentou queda de impressionantes 32%. Autoajuda seguiu a tendência e perdeu 27%. Ficção (-23%) e Não Ficção (-19%) não ficaram de fora. Só Negócios se manteve estável. Não perdeu, mas também não ganhou. E isso graças a Me poupe! (Sextante), de Nathalia Arcuri, que estreou na lista ocupando a primeiríssima posição da categoria, com 2.672 cópias vendidas. O número foi suficiente para colocar o livro na quarta posição da Lista Geral, que entrou na quarta semana mantendo a mesmíssima configuração no seu pódio. Mesmo com as perdas da semana, As aventuras na Netoland com Luccas Neto (Pixel / Ediouro) se manteve na liderança, com 8.403 exemplares vendidos. A sutil arte de ligar o foda-se (Intrínseca) permanece na segunda posição, com 6.915, e O milagre da manhã (BestSeller / Record), na terceira, com 4.735. Além do livro de Nathalia Arcuri, a lista deu as boas-vindas para outros quatro títulos. Em Ficção, por exemplo, estreou Cuide dos pais antes que seja tarde (Bertrand / Record), de Fabrício Carpinejar. Foram 505 exemplares vendidos, o que lhe garantiu a 19ª posição da categoria. Em Negócios, estreou Acorda! Sonhar não basta (Gente), de Isis Moreira, que ocupa a nona posição da lista, com 498 exemplares vendidos. Clique no Leia Mais e veja outros destaques da lista dessa semana e confira também como ficou a mensal de maio.

Na próxima semana, no dia 13, acontece o segundo encontro UmLivro com PublishNews. Desta vez, a cofundadora da Bookcase, Meire Dias irá falar sobre os bastidores das negociações de livros que se tornaram best-sellers mundiais. Meire veio do mercado financeiro, mas sempre apaixonada por livros, resolveu que queria investir nessa área. Montou, com a sócia Flávia Viotti, a Bookcase, com o perdão do trocadilho, o case de sucesso na indústria editorial. A dupla chegou a aparecer na capa da revista diária da Feira do Livro de Frankfurt. O diferencial da agência? Atuar globalmente no atendimento de autores autopublicados. A empresa tem sedes em Lisboa e nos EUA. Além de contar os bastidores de uma agência literária, Meire irá falar também sobre as dores e as delícias de se negociar globalmente a publicação de um livro. O encontro, fruto da parceria com a UmLivro, plataforma que oferece diversas soluções para as editoras, acontece na Unibes Cultural (Rua Oscar Freire, 2.500 – São Paulo / SP), às 19h, e para participar é necessário se inscrever clicando aqui.

No podcast do PublishNews dessa semana recebemos mais um convidado especial: Everson Chaves, gerente de marketing da Ediouro e finalista do Prêmio Avena PublishNews na categoria Profissionais de Marketing e de Vendas do Ano de 2017. Ele contou como é feito todo o trabalho por trás dos livros da editora, principalmente dos ‘livrões’ dos irmãos Neto, que não saem da lista de mais vendidos do PN. Além disso, comentamos sobre a série histórica publicada pela Fipe na última semana, a pesquisa da GfK que apontou mais uma vez um crescimento no varejo de livros, a repercussão da nota sobre a empresa que venceu o pregão para ser responsável pela contratação de pessoal para as Bibliotecas Parque do Rio, o acordo de distribuição fechado entre Ibep e FTD, a abertura de inscrição para alguns prêmios literários e muito mais. Para acessar o podcast, produzido graças à parceria com a Ubook, clique no Leia Mais.

Na última terça-feira, dia 29, o PublishNews publicou matéria intitulada Do esgoto ao livro, em que noticiou a contratação da empresa Liderança Limpeza e Conservação para a terceirização dos quadros das Bibliotecas Parque do Rio de Janeiro. Entre os cargos que ficarão ao cargo da empresa especializada em limpeza estão o de bibliotecário e de coordenador de programação. Em nota enviada à redação do PublishNews no fim da noite da quarta-feira (30), a secretaria reafirma a escolha da empresa, diz que a Liderança é especializada na prestação de serviços de apoio técnico-administrativo e que foi escolhida por poder realizar todos os tipos de terceirização de mão-de obra. A nota, assinada por Léo Feijó, subsecretário-adjunto da Cultura, diz ainda que a secretaria está confiante na “realização de um importante trabalho que atenderá pessoas de todas as idades e faixas de renda em equipamentos públicos importantes para o Estado do Rio de Janeiro” e que “todo o trabalho será supervisionado por técnicos da secretaria”. Clique no Leia Mais para conferir a íntegra da nota enviada pela pasta.

A Editora Planeta prepara para este mês uma coleção de livros dos professores que mais fazem sucesso no Youtube. Os primeiros títulos serão Tudo tem uma explicação - a biologia por trás de tudo aquilo que você nunca imaginou, do professor Kennedy Ramos, com mais de 300 mil seguidores, e Do átomo ao buraco negro - para descomplicar a astronomia, do divulgador científico Schwarza, o qual já ultrapassou os 700 mil seguidores com o canal Poligonautas. Os livros, publicados pelo selo Outro Planeta, explicam conceitos de diversas áreas do conhecimento de maneira divertida. Com linguagem acessível, a coleção traz também uma série de curiosidades sobre cada tema. As próximas publicações serão dos professores Pamba, (do canal Redação e Gramática Zica), Walter Solla e Ary Neto (Se liga na história), Pirula (Canal do Pirula) e Ivys Urquiza (FísicaTotal).

Em matéria publicada no último dia 29, O Globo noticiou que Conceição Evaristo confirmou que vai se candidatar a uma cadeira da Academia Brasileira de Letras (ABL). Uma petição on-line já angariou mais de 21 mil assinaturas pedindo que a escritora seja aceita pela Academia. “Essa campanha tem me sustentado e motivado a seguir com a candidatura”, disse a escritora a’O Globo. No entanto, segundo apurou a coluna Painel das Letras, esse movimento foi malvisto pela Academia. Segundo a coluna, entre os imortais, a campanha foi recebida como uma tentativa de intimidação e por isso não deve se refletir em votos. Clique no Leia Mais e veja o que mais foi assunto nos jornais do fim de semana.

Estão abertas as inscrições para os interessados em expor seus trabalhos na 3ª edição da Feira SUB de arte impressa e publicações independentes, marcada para acontecer no dia 15 de setembro, na Biblioteca Pública Municipal Professor Ernesto Manoel Zink (Av. Benjamin Constant, 1633 – Campinas / SP), das 11h às 21h. A Feira SUB tem como objetivo apresentar os mais variados formatos de produção independente de trabalhos que circulam fora do meio editorial tradicional e inclui: livros, zines, livros de artista, revistas, xilogravuras, pôsteres, ilustrações, fotografias, além de uma infinidade de produtos impressos que têm como características a produção com pequena tiragem e alto valor artístico. A inscrição é gratuita e é feita por meio de formulário disponibilizado na página do Facebook da Feira. Qualquer pessoa, artista, coletivo ou editora, de qualquer lugar do país pode se inscrever até o dia 13 de julho. As inscrições passam por um trabalho de curadoria para escolha de cerca de 75 expositores, que serão divulgados até o dia 17 de agosto, também na página da Feira SUB no Facebook. Uma das novidades deste ano é a Residência SUB, um projeto de residência artística com foco em livros de artista, resultado da parceria entre a Feira SUB e o Coletivo Contracouchê.

Na tarde da última quarta-feira (30), morreu, em São Paulo e aos 88 anos, o jornalista Audálio Dantas. Ele era presidente do Sindicato dos Jornalistas em 1975, quando Vladimir Herzog foi morto nos porões da ditadura militar. Sobre esse assunto, lançou em 2013 o livro As duas guerras de Vlado Herzog (Civilização Brasileira), que lhe rendeu o Prêmio Jabuti na categoria Livro do Ano de Não Ficção. Uma de suas reportagens no fim dos anos 1950 revelou ao mundo Carolina Maria de Jesus, que logo depois publicou Quarto de despejo (Ática). Audálio lutava desde 2015 contra um câncer de intestino.

Nesta quarta (6), a roteirista e ativista Antonia Pellegrino, a empresária Sônia Hess e a educadora Bel Santos estarão no Cinesala (Rua Fradique Coutinho, 361 – São Paulo / SP), às 19h30, para participar de um bate-papo entre a sobre o livro Mulheres e poder: um manifesto, de Mary Beard. Na obra, publicada no Brasil pelo selo Crítica, da Planeta, a historiadora utiliza seu vasto conhecimento no mundo antigo para contextualizar um dos debates mais importantes do momento: o silenciamento feminino. Ao traçar as raízes da misoginia em Atenas e Roma, a pesquisadora demonstra como o poder do homem se correlaciona com a habilidade de se sobrepor historicamente à voz das mulheres. O evento, realizado em parceria com a Revista Marie Claire e com o projeto Mulheres do Brasil, é aberto ao público e terá mediação de Janine Durand.

Nesta quinta (7), às 19h30, o Grupo de Pesquisa “O narrador e as fronteiras do relato”, do Programa de Estudos Pós-Graduados em Literatura e Crítica Literária da PUC-SP, irá realizar a mesa redonda Os lugares do leitor: a escuta de um rei para discutir a questão da voz na literatura e na filosofia. A proposta é de três diferentes leitores apresentarem suas leituras do conto de Italo Calvino Um rei à escuta, que integra o livro Sob o sol-jaguar. No conto, uma voz questiona a figura do rei e instiga o monarca à escuta dos outros e de si próprio. Os convidados serão a escritora e roteirista Adriana Lunardi; a tradutora, crítica literária e docente de Literatura italiana e russa da USP, Aurora Bernardini, e a docente de Filosofia, especialista na obra de Hannah Arendt e Heidegger, da PUC-SP, Dulce Critelli. A líder do Grupo de Pesquisa, professora Maria Rosa Duarte de Oliveira, fará a mediação do encontro. A participação é gratuita e a inscrição poderá ser realizada no local, o Campus Monte Alegre (Rua Monte Alegre, 984 – São Paulo / SP), antes do início do evento.

A obra Meu filho me adora (Buzz, 216 pp, R$ 34,90) analisa de modo agudo e lúcido os mais diversos tipos de família. Desde a família tradicional, a ampliada, a homossexual, a monogenitorial - todas tendem a estabelecer um tipo de convivência definido pela autora Laura Pigozzi, como "claustrofílica", a qual gera jovens com necessidade biológica, psíquica e ética de sobreviver ao amor exagerado dos pais. Laura demole o mito da família natural e, no caminho, reflete profundamente sobre o status cultural da família moderna, em que os pais vivem em função dos filhos e os consideram coisa própria. Segundo a autora, ela escreveu o livro para os jovens. “Inclusive os “meus”, que têm a necessidade biológica, psíquica e ética de sobreviver ao amor exagerado dos pais”.

O volume 19 das Obras completas de Freud (Companhia das Letras, 384 pp, R$ 69,90 – Trad.: Paulo César de Souza) inclui seu trabalho mais ousado e controverso, Moisés e o monoteísmo, e a notável síntese final de sua teoria, Compêndio de psicanálise, além de dois importantes textos sobre a técnica psicanalítica: Análise terminável e interminável e Construções na análise. Em Moisés e o monoteísmo, por exemplo, o pai da psicanálise aplica as teses antropológicas de seu livro Totem e tabu (1913) a dois grandes problemas: a formação do povo judeu e a natureza da religião judaica e do cristianismo. Segundo Freud, Moisés não era judeu, e sim egípcio, e foi responsável pela criação da identidade judaica — uma concepção que gerou muita controvérsia. Décimo nono lançamento da coleção, esta reunião traz os últimos textos escritos por Freud, já que o volume 20 incluirá apenas índices e bibliografias.

A dor e o sofrimento têm papéis fundamentais na vida de todo ser humano. Enquanto estamos no meio de um problema, dificilmente enxergamos isso, mas a verdade é que todos – sem exceção – saem fortalecidos de uma situação de diversidade. Por isso, esteja preparado para receber a dor. Em O que o sofrimento ensina (Academia / Planeta, 256 pp, R$ 39,90), de Caio Fábio, será possível compreender questões como: a relação entre dor e esperança, o papel fundamental da gratidão em meio ao sofrimento, o sofrimento no amor, a prática do desapego, livrar-se do fardo da culpa, o perigo da depressão, entre muitas coisas. A partir de uma análise psicológica interessante, o autor traspassa conceitos existenciais com o fio condutor dos problemas cotidianos e traz, assim, alegria e paz ao coração que sofre.

Dicas práticas testadas para realmente mudar a vida de todo mundo que já sofreu com a ansiedade de ter um smartphone. Seu telefone é a primeira coisa que você procura ao acordar e a última coisa na qual toca antes de dormir? Você já sentiu ansiedade de passar muito tempo longe do celular — ou muito tempo nos aplicativos dentro dele? Já se viu pegando o seu smartphone apenas para responder uma mensagem e quarenta e cinco minutos depois se assustou ao descobrir quanto tempo se passou? Já disse que gostaria de passar menos tempo com o aparelho, mas não sabe como fazer isso sem perder os benefícios que ele trouxe para a sua vida? Se respondeu sim a qualquer dessas perguntas, então Celular: como dar um tempo (Fontanar, 176 pp, R$ 34,90) é a solução para você. A premiada jornalista Catherine Price apresenta um plano prático e detalhado de como dar um tempo na relação com o celular – e depois fazer as pazes. O objetivo? Um relacionamento duradouro e livre de anseios no qual você se sinta bem.

Nos últimos anos, os historiadores brasileiros das ciências médicas e da medicina de seu país têm produzido alguns dos estudos mais inovadores, sugestivos e provocadores nos campos da história urbana, cultural e social da América Latina. Entretanto, a maior parte desses estudos ainda se concentra na análise de instituições, períodos ou personagens específicos. Sendo assim, uma das principais virtudes do livro História da saúde no Brasil (Hucitec, 500 pp, R$ 68) é oferecer uma clara e sólida visão do complexo desenvolvimento desse tema, desde o período colonial até o revolucionário movimento das reformas sanitárias do século XX. Outra característica fundamental da obra é que os textos também contextualizam os principais acontecimentos ocorridos em períodos-chave. O livro, organizado por Luiz Antonio Teixeira, Tânia Salgado Pimenta e Gilberto Hochman é uma referência obrigatória para os estudiosos da História da Saúde brasileira, uma ferramenta imprescindível para pesquisadores e uma leitura estimulante para todos os interessados em reconhecer a diversidade e a riqueza da cultura do Brasil.