No fim da última semana, a Liga Brasileira de Editoras (Libre) tornou pública uma carta aberta endereçada a Antonio Idilvan de Lima Alencar, presidente do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE). No documento, escrito em nome de mais de 100 editoras independentes, a entidade externa a sua preocupação a algumas regras dos dois editais que vão comprar, pela primeira vez, livros de literatura dentro do âmbito do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD). Na opinião da agremiação, essas regras desfavorecem e dificultam a participação de editores independentes, “reduzindo a oferta de diversidade para os alunos da rede pública, o que encerra um desrespeito com estes mesmos alunos como leitores e consumidores de livros”. A carta aponta que há erros de redação nos editais que ferem os princípios de formação do leitor e geram “ataque à igualdade da cadeia do livro”. Critica, dentre outras coisas, a iniciativa de padronizar formatos dos livros que serão vendidos ao governo e a falta de limitadores que impeçam a maciça participação de grandes grupos editoriais no certame. Clique no Leia Mais e veja as principais exigências da Libre.

A tradicional Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha, que aconteceu de 26 a 29 de março, movimentou cerca de US$ 400 mil em exportações realizadas pelas 17 editoras brasileiras participantes do evento. O número, que superou a estimativa inicial de US$ 340 mil, corresponde aos negócios fechados e à expectativa para os próximos 12 meses. A estimativa é feita pelo projeto Brazilian Publishers (BP), responsável pelo estande coletivo brasileiro na feira. Além de dois matchmakings foram realizadas cerca de 360 reuniões pelos editores brasileiros com países da América Latina e dos Emirados Árabes. Também fizeram contatos com 23 países em diferentes atividades durante todo o evento.

Já está no ar o segundo episódio do Podcast do PublishNews. Lançado na semana passada, o programete vai ao ar toda segunda-feira. Nele, nossa equipe comenta as notícias que foram destaque na semana anterior e fala um pouco sobre os bastidores das notícias. Nesse segundo episódio, Carlo Carrenho, Leonardo Neto, Talita Facchini, Maju Alves, Luciana Melo e Fabio Uehara falam sobre a publicação do edital para a compra de livros de literatura para os alunos matriculados nas escolas públicas; sobre o prêmio que Cristino Wapichana e Graça Lima ganharam na Suécia e sobre os cinco finalistas aos prêmios da Feira do Livro de Londres, que serão entregues nesta terça-feira (10). Além disso, nossa equipe comenta as possíveis razões por trás do atraso no pagamento dos fornecedores da Saraiva e comenta os destaques da lista dos mais vendidos. Para acessar o podcast, clique no Leia Mais.

Neste final de semana, a Babel anunciou que a editora Boitempo liberou o download gratuito do livro A verdade vencerá, do ex-presidente Lula, até o dia 13. Em sua coluna, o destaque foi para a difusora da literatura russa no Brasil, Aurora Bernardini, que terá uma seleção de seus escritos publicada em livro, que será lançado em setembro pela Editora Kalinka. O Estadão ainda falou sobre a morte da escritora catarinense Edla van Steen aos 81 anos. Ela faleceu no dia 6 por conta de complicações cardíacas e foi com a Editora Global que ela organizou as séries Melhores Poemas, Melhores Contos, Melhores Crônicas, que conta com pelo menos 100 autores. A Painel das Letras contou que, inicialmente negociada para ir para a USP, a biblioteca de Antonio Candido irá para a Unicamp como doação. São sete mil obras que o crítico literário manteve consigo até o fim, porque já havia doado a maior parte de seus livros em vida. N'O Globo, Ancelmo Gois adiantou que Luis Erlanger assinou com a Globo Livros a publicação do seu segundo romance. Cinza, carvão, fumaça e quatro pedras de gelo, que sairá ainda este ano.

A Academia Brasileira de Letras (ABL) elegeu na última quinta, o professor e tradutor alemão Berthold Zilly para a Cadeira 15, de seu Quadro de Sócios Correspondentes. A vaga era do professor de espanhol e português da Universidade da Califórnia, o norte-americano Claude Lyle Hulet, falecido em agosto do ano passado. Zilly traduziu importantes obras como Os Sertões, de Euclides da Cunha e Memorial de Aires, de Machado de Assis e Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto. Nas palavras de Marco Lucchesi, presidente da ABL, “é um dos mais importantes tradutores da literatura brasileira na Alemanha”.

A Rico Editora e o portal Eu Leio Brasil criaram um desafio literário para escritores amadores, para que eles tenham a chance de publicar sua primeira obra. Para participar do concurso, é preciso ser maior de 18, morar no Brasil e não ser um escritor profissional. O autor deverá enviar para análise de seleção o primeiro capítulo de um livro com o estilo Romance contemporâneo, com o tema Fake News, que deverá ter até 10 mil caracteres contando com os espaços. Depois que 20 autores forem escolhidos, os primeiros capítulos ficarão disponíveis para votação popular no site da Rico. O vencedor do desafio terá seu livro publicado pela Rico, ganhará um prêmio na quantia de R$ 150, um troféu e uma vaga no curso a ser realizado pela editora. As inscrições seguem até o dia 30 de abril.

No mês de aniversário de Monteiro Lobato, a plataforma Árvore de Livros se juntou a alguns colégios mineiros para lançar o projeto Minha leitura da leitura, que vai estudar obras de autores consagrados da literatura infantojuvenil, começando pelo criador do Sítio do Pica-Pau Amarelo, que nasceu no dia 18 de abril. A iniciativa, tem como objetivo promover o intercâmbio literário entre as unidades da Rede Clarissas Franciscanas, da qual participam quatro colégios mineiros e incentivar a leitura, as habilidades de interpretação textual e apropriação da narrativa. Para a realização do projeto, os alunos irão produzir trabalhos diferentes que conversem com a obra sugerida: Doze trabalhos de Hércules, um clássico de Lobato. Desenhos, fotografias, músicas, performances, entre outros tipos de releituras são válidos, e serão expostas na “Mostra Cultural” que será realizada no segundo semestre de 2018 nas escolas da Rede. Ainda no decorrer do projeto, os alunos participarão de uma videoconferência mediada pela coordenadora da Árvore de Livros, com o intuito de compartilhar experiências de interpretações e também realizarão uma pesquisa sobre os temas que atravessam a obra.

Tendo como inspiração o sucesso mundial da saga de E. L. James, 50 tons de cinza, e da minissérie Verdades Secretas, a Globo adquiriu os direitos de adaptação da trilogia erótica Redenção. Escrita pela professora de história Nana Pauvolih, a série começou a ser publicada em 2015 pelo selo Fábrica 231, da Rocco. A trilogia erótica conta as histórias de três amigos: Arthur, Matheus e Antônio. Em Redenção de um cafajeste, Arthur Moreno, empresário, dono de uma das revistas masculinas mais escandalosas do país, que conhece Maiana, garota humilde, que sonha terminar a faculdade e ser professora. Eles que pertencem a mundos diferentes, mas estão prestes a descobrir tudo o que têm em comum. O segundo livro, Redenção e submissão, narra o explosivo relacionamento da jovem Sophia Marinho com Matheus. E o último, Redenção pelo amor é protagonizado por Antônio e Cecília. Ainda não há mais informações sobre a adaptação.

Escrito e publicado progressivamente, entre 1883 e 1885, Assim falou Zaratustra (Companhia das Letras, 360 pp, R$ 29,90 – Trad.: Paulo César de Souza) veio a se tornar o mais famoso livro de Nietzsche. Nele se acha o relato das andanças e dos discursos e encontros inusitados do profeta Zaratustra, que deixa seu esconderijo nas montanhas para pregar aos homens um novo evangelho. Muitas das concepções apresentadas em outras obras de Nietzsche – como a morte de Deus, o super-homem, a vontade de poder e o eterno retorno – reaparecem nessa obra em uma nova linguagem, numa bela e singular mistura de ficção poética, indagação filosófica e reflexão religiosa. Ao publicar Além do bem e do mal, livro imediatamente posterior, Nietzsche revelou ao amigo Jacob Burckhardt que a nova publicação continha “as mesmas coisas que havia dito antes pela boca de Zaratustra, mas de modo diferente, bem diferente”.

Em setembro de 2016, o filósofo Charles Pépin lançou As virtudes do fracasso (184 pp, R$ 39 – Trad.: Luciano Vieira Machado) com algum alvoroço: 25 mil cópias voaram das prateleiras francesas em menos de um mês. A Estação Liberdade lança agora a edição brasileira do livro, que usa várias disciplinas para questionar o tabu do fracasso. A obra convida o leitor a lançar um novo olhar sobre a importância do erro. Recheado de exemplos, o livro mostra que os fracassos inevitáveis ao longo da vida podem ser, em alguns casos, experiências essenciais para a vida pessoal e profissional. Examinando as biografias de personagens como Abraham Lincoln, Steve Jobs, Thomas Edison, Rafael Nadal, J.K. Rowling e muitos outros, o texto explica as diversas formas como uma adversidade pode ser aproveitada: o fracasso pode nos oferecer informações valiosas sobre algo ou sobre nós mesmos, pode revelar um desejo ou oportunidade oculta, ou, simplesmente, pode nos tornar disponíveis para algo novo.

Um dos principais filósofos europeus, Bernard-Henri Lévy encara uma dupla tarefa na obra O espírito do judaísmo (Três Estrelas, 320 pp, R$ 57,90 – Trad.: Bernardo Ajzenberg). A primeira delas consiste em enfrentar sem meias palavras as formas atuais de antissemitismo, que disfarçaram “o mais antigo dos ódios” com uma nova e sinistra roupagem. A segunda, em rever os ensinamentos da Bíblia, do Talmude e da cabala, para refletir sobre a contribuição crucial da cultura judaica para a história do Ocidente. “Os judeus vieram ao mundo menos para crer do que para estudar; não para adorar, mas para compreender”, escreve Lévy, para quem a liberdade de pensamento, a reflexão moral e a vocação ao universalismo constituem o verdadeiro espírito do judaísmo. São elas – e não a fé cega, o tribalismo e o sectarismo – que relacionam os judeus à emancipação dos indivíduos e das nações e à defesa de todos os que são perseguidos, exilados e marginalizados.

A educação dos filhos é de suma importância para os pais. É imprescindível que eles preparem as crianças para a aquisição de qualidades morais que lhes permitam um crescimento saudável e equilibrado, considerando, especialmente, a sua dimensão espiritual. No espiritismo, o livro Apelo aos pais (Allan Karcec Editora, 280 pp, R$ 47) é um referencial teórico sobre as possíveis razões que levam certas famílias a não conseguirem corrigir as tendências nocivas e os maus hábitos de suas crianças e jovens, e analisa as dificuldades que se apresentam na organização familiar. A obra, com textos de diferentes abordagens, contribui para algumas mudanças, com base no conteúdo doutrinário e nos ensinamentos de Jesus, e avalia a extrema importância da educação espírita-cristã na formação dos filhos, sugerindo soluções para os graves problemas domésticos. A obra será lançada no próximo dia 27, às 19h na Livraria Cultura do Shopping Iguatemi em Campinas (Av. Iguatemi, 777).