No fim de janeiro, um grupo de jornalistas e analistas da indústria global de livros se reuniu em Oslo para a primeira reunião da PubMagNet de 2018. Como resultado desse encontro, o PublishNews vem publicando desde o início deste mês uma série com os principais destaques de cada um dos países representados na reunião da Noruega. O sexto mercado mapeado pela série PubMagNet 2018 é o dos EUA. Andrew Albanese, editor da Publishers Weekly, foi quem esteve na reunião e analisou a performance do País do Tio Sam no que diz respeito a livros em 2017. Ele ressaltou que, como já virou mantra por lá, nenhum novo título chegou a vender mais de um milhão de cópias impressas durante 2017. Apesar disso, houve um crescimento de 1,9% na venda desse formato na comparação com o ano anterior. O Bookscan (ferramenta da Nielsen que monitora cerca de 85% do mercado norte-americano) reportou a venda de 678,3 milhões de unidades no ano passado versus 674,1 milhões vendidas em 2016. Andrew lembra que isso já se tornou uma tendência consolidada, já que desde 2013, as vendas de livros impressos têm crescido por lá. No entanto, ressalta que, apesar do aumento no volume, o faturamento não acompanhou e fechou 2017 estável. Albanese observa que os audiolivros apresentaram crescimento impressionante de 24,6% na comparação com 2016, mostrando que esse formato tem sido a bola da vez por lá (também). Na contramão disso, os e-books continuam em baixa. De acordo com estatísticas da Associação Americana de Editores (APA), as vendas de e-books caíram 4,4% só no primeiro semestre. Em julho, nova queda de 16% e em agosto, de 9,6%. Os números do fim do segundo semestre ainda não foram apurados. Clique no Leia Mais e veja a íntegra desta matéria.

A segunda edição do Prêmio Avena PublishNews está marcada para o dia 19 de março, na Unibes Cultural (Rua Oscar Freire, 2.500 – São Paulo / SP), e as inscrições a categoria especial Profissional de Marketing e de Vendas do Ano ainda estão abertas. Até o dia 1º de março, qualquer profissional da área pode se inscrever e/ou receber indicação de terceiros para a categoria que irá eleger aquele que teve destaque na área durante o ano passado. Para isso, é só mandar um e-mail para profissionaldoano@premioavenapublishnews.com.br e enviar além de nome, cargo, empresa em que trabalha e contato (e-mail e telefone, perfil no LinkedIn), um texto de no máximo quatro mil caracteres defendendo a candidatura, com base nas realizações do indicado e nos bons resultados obtidos ao longo de 2017. Os finalistas serão anunciados no dia 8 de março e o ganhador será escolhido por um júri composto de representantes das 14 livrarias que compõem a lista de mais vendidos. Estão abertas também as inscrições para quem quer participar da cerimônia. Para isso, basta preencher o formulário. Para mais informações é só escrever para info@premioavenapublishnews.com.br.

Um dos destaques do fim de semana foi a coluna Painel das Letras, que noticiou que a TAG Experiências Literárias prepara a criação de mais um clube literário. O TAG Inéditos será voltado para o público mais amplo, focado em best-sellers inéditos e com assinatura mais barata. A ideia é que as editoras antecipem para os assinantes os best-sellers que só seriam lançados meses depois. A coluna noticiou ainda que o Observatório do Livro e da Leitura irá divulgar em breve uma pesquisa com professores e bibliotecários sobre suas preferências literárias. Já a coluna da Babel deu destaque para a Global, que passou a ser a editora exclusiva de Rubem Braga. Os primeiros lançamentos serão Recado de primavera, Ai de ti, Copacabana e O Conde e o Passarinho. N’O Globo, Ancelmo Gois adiantou que o livro de memórias do jornalista americano Seymour Hersh, Reporter, teve os direitos comprados pela Todavia e deverá sair no Brasil só no próximo ano; e a obra Gog Magog, livro de Patrícia Melo publicado pela Rocco ganhará edições na França pela Actes Sud, e na Alemanha pela Klett-Cotta.

A HarperCollins Christian Publishing, braço religioso da gigante editorial americana, investiu pesado em pesquisas para desenvolver a fonte ideal para uma melhor leitura da Bíblia, a Comfort Print. E depois do lançamento em novembro dos primeiros exemplares lá nos EUA, a versão made in Brazil da Bíblia- Leitura Perfeita chegará em março por intermédio da Thomas Nelson Brasil. O Livro Sagrado será oferecido em cinco capas e acabamentos, além de três tamanhos de letras diferentes: uma voltada ao evangelismo, que prima pela facilidade para estudos; uma versão com letra grande para pessoas com problemas de visão; e a letra de tamanho normal. A Bíblia – Leitura Perfeita foi inspirada na Nova Versão Internacional (NVI) para ser uma tradução moderna e que traz ao leitor a versão mais fiel possível do texto bíblico.

O legado do escritor norte-americano Thomas Pynchon é o destaque da edição de fevereiro do jornal Cândido, editado mensalmente pela Biblioteca Pública do Paraná. Aos 80 anos, Pynchon é considerado por muitos como um dos principais, talvez até o mais importante, autor vivo em âmbito mundial. Mas o ficcionista não facilita a recepção de sua obra, ao contrário. Seus livros contêm centenas de páginas, com inúmeros personagens envolvidos em enredos absurdos e paranoicos, tão paranoica e absurda como é a realidade dos Estados Unidos, onde o autor nasceu, vive, escreve e se esconde de jornalistas e fotógrafos. O escritor e jornalista Ronaldo Bressane assina uma ampla reportagem a respeito da produção do autor. Bressane entrevistou alguns dos profissionais que verteram a obra do norte-americano para o português, entre os quais Caetano Galindo, Jório Dauster, Paulo Henriques Britto e Matthew Shirts. O especial traz ainda uma lista de curiosidades, conteúdo de autoria de João Lucas Dusi, a respeito de Pynchon. O Cândido 79 ainda publica os melhores momentos da participação de Daniel Galera no projeto Um Escritor na Biblioteca, além de uma reportagem, de Cristiano Castilho, sobre o bom momento do departamento de Letras da Universidade Federal do Paraná. E na quarta entrevista da série “Os Editores”, Luciana Villas-Boas faz uma análise do mercado de livros no país, lembra os 17 anos em que atuou como diretora editorial da Record e comenta sua rotina de agente literária.

Poetas, prosadores e artistas norte-americanos da década de 1950 foram os precursores da chamada Geração Beat, que se destacou por obras ousadas e de caráter inovador com grande impacto e circulação. Agora, a Casa Guilherme de Almeida (Rua Macapá, 187, Perdizes – São Paulo / SP) realiza os dias 20, 21, 27 e 28, das 19h às 21h, o curso gratuito Geração Beat: valor literário, traduções e jazz. O foco das aulas será a interação da literatura com a música, como as relações de Ginsberg com o blues, e de Kerouac com o jazz. O curso será ministrado por Cláudio Willer, tradutor, escritor e especialista na estética surrealista e autor de Os rebeldes: Geração Beat e anarquismo místico (L&PM).

O escritor Mário de Andrade atuou em diversos jornais como A Gazeta, Diário Nacional, Diário de S. Paulo e O Estado de S. Paulo. Para saber mais como foi esse período, a Casa Mário de Andrade (Rua Lopes Chaves, 546 - São Paulo / SP) realiza na próxima quarta (21), às 19h, a palestra Mário Colunista. Ministrada por Eduardo Sato, a atividade discute a atuação de Mário de Andrade no jornalismo e sua relevância para a consolidação do jornalismo cultural no Brasil. “Do mesmo modo como outros intelectuais do seu tempo, Mário de Andrade teve a participação na imprensa como atividade constante durante toda sua vida. No caso específico do escritor, sua carreira no jornalismo abrange um longo período escrevendo sobre literatura, música, artes plásticas, folclore, política, entre muitos outros temas, incorporando tanto aspectos da linguagem poética quanto um rigor associado às múltiplas leituras que realizava”, conta Eduardo. O evento é gratuito.

O grupo teatral Confraria de Elephantes estará em cartaz até 5 de maio na SP Escola de Teatro - Sede Roosevelt (Praça Franklin Roosevelt, 210, Consolação - São Paulo / SP) encenando a adaptação do texto de Mário de Andrade, Macunaíma, herói da nossa gente. A montagem é inspirada no filme de Joaquim Pedro de Andrade e tem direção de Lucas Scalco. O texto do modernista revela parte da pesquisa do autor acerca das lendas e mitos indígenas e folclóricos, com linguagem dotada de neologismos e da fala popular, a história deste anti-herói brinca com a busca modernista em definir ‘o brasileiro’ – seu caráter e sua personalidade. Macunaíma nasce negro na Floresta Amazônica, mas vira branco, vai para a cidade com os irmãos e enfrenta todo tipo de gente em sua jornada mítica e repleta de simbolismos que falam da formação do povo brasileiro e de sua luta contra todos os tipos de exploração a que foi submetido. O espetáculo tem sessões às segundas, sextas e sábados, às 21h e aos domingos, às 19h. Os ingressos custam de R$ 15 a R$ 30.

"Gastei uma hora pensando em um verso / que a pena não quer escrever. / No entanto ele está cá dentro / inquieto, vivo. / Ele está cá dentro / e não quer sair. / Mas a poesia deste momento / inunda minha vida inteira". Este poema (intitulado Poesia) de Carlos Drummond de Andrade inspirou o projeto Poesia deste momento cujo objetivo é incentivar a leitura de poemas pela internet. A ideia do jornalista Ennio Rodrigues e do publicitário Eduardo Gabão ao propor o projeto foi a de criar um espaço virtual que iniciativa e divulga poemas contemporâneos, clássicos, de novos autores e trabalhos pouco conhecidos. Ao acessar o site, o leitor encontra um poema aleatório e se gostar, pode compartilhar com quem quiser pelo Facebook ou Twitter.

A nova edição de Cartas da prisão (Companhia das Letras, 408 pp, R$ 54,90), de Frei Betto, um ícone da resistência e da luta contra a ditadura militar no Brasil, reúne uma série de cartas escritas por ele durante os quase quatro anos (1969-73) em que esteve preso. Antes editado no Brasil em dois volumes separados, com os títulos Cartas da prisão (1977) e Das catacumbas (1978), ambos pela Civilização Brasileira, o livro traz agora 20 cartas inéditas, encontradas recentemente pelo autor. Documento histórico de suma importância, a obra retrata as duras provações a que foram submetidos os presos políticos e mostra às novas gerações o que significou a luta de jovens brasileiros pela queda da ditadura e pela redemocratização do país.

Primeiro romance do autor Rafael Zveiter, Correspondências de um invisível (Rubra Editora, 148 pp, R$ 40) é uma ficção sincera sobre interações (des)afetivas entre pai e filho, e sobre seus efeitos: trauma, dor, descrença, desesperança. Na trama, Breno revê sua vida enquanto escreve cartas destinadas a seu pai – e nelas descreve todas as suas dores, indo e voltando no tempo, revivendo angústias e traumas em um texto. Mas Breno se corresponde com o pai enquanto fala consigo. Deixa de se ver e, da escuridão, um feixe de luz se revela, envolvendo-nos em uma história que não é nossa, mas poderia ser. Um livro para se perceber as consequências da ausência ou da presença; das atitudes ou das omissões.

Palestina. O ano é 1947 e Beit Daras, uma vila tranquila, é o lar da família Baraka. A primogênita, Nazmiyeh, precisa cuidar da excêntrica mãe viúva; Mahmoud, seu irmão, ajuda a cuidar da criação de abelhas da vila; e a irmã mais nova, Mariam, com os marcantes olhos de cores diferentes, passa seus dias escrevendo e conversando com amigos imaginários. Quando a vila é invadida por forças israelenses, as famílias precisam abrir caminho até os campos de refugiados em Gaza, em uma viagem que testará seus limites. Com o passar dos anos, Nazmiyeh torna-se a matriarca - o centro de uma rede de irmãs, filhas e netas cujas vidas ameaçam sair dos eixos a cada crise pessoal, ataque militar ou reviravolta política. Sua filha tem câncer; a neta de Mahmoud está à deriva na América; seu próprio neto, traumatizado após um ataque de israelenses, refugia-se em um tipo completamente diferente de exílio. Em uma narrativa que vai do mágico ao terrivelmente real, O azul entre o céu e a água (Bertrand / Record, 332 pp, R$ 49,90), de Susan Abulhawa, é a história de mulheres imperfeitas, porém profundamente corajosas, de corações partidos, de resistência, de renovação.

Prazeres sombrios (Valentina, 352 pp, R$ 44,90 – Trad.: Renato Motta) é o segundo livro da série Imortais, escrita por Kresley Cole. A obra conta a história de Sebastian Wroth, um vampiro transformado contra sua própria vontade e Kaderin Coração Gelado, uma Valquíria cuja missão é exterminar vampiros. Solitário e marcado por um ódio profundo, Sebastian vê pouco sentido em continuar vivo. Até que Kaderin surge para matá-lo e acaba, inadvertidamente, salvando-o. Dominada por uma luxúria e incapaz de eliminar seu inimigo, Kaderin entra na lendária Corrida do Talismã, um artefato que poderá fazer com que ela modifique o passado e o destino das irmãs, só que Sebastian também entrará na competição, mas para conquistar o amor de Kaderin. Agora depende dela escolher entre a paixão pelo vampiro ou ter sua família de volta.