Pelo Shopping Metrô Tucuruvi (Av. Dr. Antonio Maria Laet, 566), na Zona Norte da capital paulista, passam mensalmente 1,8 milhão de pessoas. O fluxo é grande graças à integração do centro comercial com a Estação Tucuruvi do Metrô e com um terminal por onde circulam 15 linhas de ônibus. Apesar desse potencial, o shopping de 32 mil m² tinha até ontem apenas uma livraria, uma franquia da Nobel, com 100 m². Essa história mudou. É que o Grupo Livrarias Curitiba escolheu o endereço para inaugurar a sua segunda loja na maior cidade brasileira. A inauguração, que aconteceu ontem, acaba com um hiato de mais de dez anos desde a inauguração da primeira loja na capital paulista, no Shopping Aricanduva, em dezembro de 2007. Mas é importante notar que a unidade do Aricanduva foi a 14ª da rede. A do Tucuruvi, a de número 29. Ou seja, em dez anos, a rede mais do que dobrou de tamanho e se expandiu para além das fronteiras do Sul do país, onde o grupo é líder no segmento de livrarias. Só no estado de São Paulo, há outras três unidades: em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, em Diadema e em Taboão das Serra, ambas cidades conurbadas a São Paulo. Segundo informações da própria empresa, em 2017, foram investidos R$ 9 milhões só nessa expansão para estado. Clique no Leia Mais e veja mais detalhes da nova loja.

“Já viu o sol que está fazendo lá fora?”. “Amanhã você continua”. “Me ajuda com um negócio aqui?”. Essas são algumas frases que alguém que está concentrado em um trabalho escuta. E elas vêm justamente naquele momento em que parar significa perder todo um raciocínio. Se esse trabalho for o de um escritor, então... Foi pensando nesse cenário que o SESC em Santa Catarina lançou um edital de Residência Literária que vai selecionar dois autores brasileiros para se concentrarem exclusivamente na escrita. Os autores selecionados ficarão hospedados por dois meses nos hotéis Sesc Cacupé, em Florianópolis, e Sesc, em Blumenau, além de receberem uma bolsa mensal de R$ 5 mil. Para saber como participar, clique no Leia Mais.

Pelo segundo ano, a Carreira Literária, comunidade on line de escritores, se uniu à Editora Oito e Meio para realizar a Maratona Literária, concurso que vai premiar obras nas categorias Prosa (conto e romance) e Poesia. Um vencedor em cada categoria será eleito pelo júri e ganhará o livro publicado pela Oito e Meio, com todos os custos de produção, divulgação e distribuição pagos pela casa. A noite de autógrafos das duas obras vencedoras acontecerá no espaço-sede da editora, na cidade do Rio de Janeiro, e os autores não residentes na cidade terão seus custos de transporte e hospedagem pagos pela organização do concurso. Na edição anterior, a obra vencedora na categoria Prosa foi Modos inacabados de morrer, do gaúcho André Timm, e na categoria Poesia o prêmio foi para o paulista Magno Mello, autor de Velhos poemas escritos somente agora. Para ter acesso ao regulamento e à ficha de inscrições, clique aqui.

O Ibope divulgou os resultados do Customer Experience Report (CX Report), que revela a satisfação e a experiência dos consumidores brasileiros no ambiente online. O documento mostra que a Netshoes continua sendo o e-commerce brasileiro mais recomendado pelos próprios consumidores. Na sequência, aparecem o KaBuM e a Saraiva. A livraria subiu de patamar na comparação com a pesquisa passada. No ano passado, seu escore foi de 64 e, nesse, 71. Para chegar a esses resultados, o Ibope calculou o índice de satisfação e recomendação das marcas por meio de 2 mil entrevistas online realizadas em todo o país, com consumidores a partir dos 16 anos, das classes socioeconômicas A, B e C, entre 21 de setembro e 2 de outubro. Nesta edição, a média de recomendação dos e-commerces pesquisados foi de 58.

A Feira do Livro de Buenos Aires (26/04 a 14/05) está com inscrições abertas para quem quiser apresentar trabalhos durante o 20º Congresso Internacional de Promoção da Leitura e do Livro que acontecerá de 10 a 12 de maio. Podem participar pessoas de qualquer país que promovam a leitura no âmbito escolar ou em programas comunitários. Os trabalhos devem ser inéditos e devem ser apresentados por escrito, preferencialmente em espanhol. Os interessados em participar devem enviar seus papers pelos correios até o próximo dia 9. Mais informações, clique aqui.

As Edições Sesc São Paulo lançam Big bands paulistas: história de orquestras de baile do interior de São Paulo (232, R$ 60), obra que resgata a história dos grandes conjuntos orquestrais do interior do estado, registrando em textos e imagens sua atividade ao longo de mais de três décadas. O evento de lançamento do livro acontece logo mais, às 19h30, no Sesc Vila Mariana (Rua Pelotas, 141, Vila Mariana São Paulo / SP) com um bate-papo com os autores, o professor José Ildefonso Martins e o jornalista e escritor José Pedro Soares Martins, além do historiador Sérgio Estephan sobre o processo de pesquisa e concepção do livro. No dia 27 de fevereiro, às 19h30, o lançamento acontece na unidade do Sesc em Campinas. Lá, logo depois do bate-papo com os autores, acontece um baile-show com a banda Arley e sua Orquestra, que aparece na foto ao lado tirada em 1956. A entrada é franca.

No próximo sábado (03), o Sesc Ipiranga (Rua Bom Pastor, 822 – São Paulo / SP) dá início a uma programação de literatura que revela o protagonismo de mulheres que marcaram época através da escrita. O projeto Heroínas Reais traz um panorama histórico, desde o século XVI até os dias atuais, da literatura feminina e sobre essas personalidades que imprimiram um novo olhar em suas obras. Convidadas como Conceição Evaristo, Clara Averbuck, Amara Moira, entre outras, participam de bate-papos, mediações de leitura e oficinas até o dia 1º de abril. Para as crianças contações de histórias e oficinas com a temática do projeto. Para conferir a programação completa do projeto, clique aqui.

Uma mulher prestes a fazer 25 anos acorda numa cama que não reconhece, numa casa que não lhe parece íntima, entre pessoas que a "conhecem" mas afirmam entender sua confusão momentânea. Chama-se – ou pelo menos é como a chamam – Karen. Ela é casada com um escritor de família arruinada, está com alguns ferimentos porque, assim lhe dizem, arriscou-se para o outro lado escorregadio e pedregoso de uma cascata. Seu presente, assim como o próprio passado, parece fruto de uma alucinação. Este é o ponto de partida de Karen (Todavia, 120 pp R$ 39,90; R$ 27,90, o e-book), romance que deu à portuguesa Ana Teresa Pereira o Prêmio Oceano 2017.

Dandara foi uma guerreira fundamental para o Quilombo dos Palmares. Niède Guidon descobriu os registros rupestres mais importantes do Brasil. Indianara Siqueira é uma das lideranças mais atuantes da comunidade trans. Essas e muitas outras brasileiras impactaram a história do Brasil, mas raramente aparecem nos livros. Em Extraordinárias: mulheres que revolucionaram o Brasil (Seguinte / Companhia das Letras, 208 pp, R$ 59,90), Aryane Cararo e Duda Porto de Souza perfilam essas mulheres revolucionárias que viveram desde o século XVI até a atualidade. As páginas do livro são ilustradas com trabalhos de Adriana Komura, Barbara Malagoli, Bruna Assis Brasil, Helena Cintra, Joana Lira, Laura Athayde, Lole, Veridiana Scarpelli e Yara Kono.

Em um museu na Austrália, um homem se depara com uma tela que retrata a mulher por quem, há muito tempo, arriscou tudo e que, em seguida, desapareceu misteriosamente de sua vida. Quando era um jovem advogado, ele foi atraído para um relacionamento complicado e destrutivo, um triângulo amoroso formado por um pintor, pela mulher cujo retrato ele havia feito e pelo marido dela. Os três o envolveram em uma rede de obsessão, intriga e traição. Agora, ao se ver diante da pintura que desencadeou tudo, o advogado precisa lidar com o passado e com o que sua vida se tornou. E, quando ele consegue localizar a mulher, é forçado a enfrentar o verdadeiro significado do amor que nutria por ela e a influência que esse sentimento teve por toda a sua vida. A mulher na escada (Record, 210 pp, R$ 39,90 – Trad.: Lya Luft), de Bernhard Schlink (o mesmo de O leitor, adaptado para os cinemas por Stephen Daldry) é um romance sobre criatividade e amor, sobre os efeitos da passagem do tempo e, acima de tudo, sobre os arrependimentos que nos acompanham ao longo da vida.

Com pouco mais de 30 anos, Molly Bloom ganhou as manchetes dos jornais ao ser presa pelo FBI por operar fora da legalidade uma das mais milionárias mesas de pôquer do mundo. Bonita e atraente, cortejada por homens poderosos, com um guarda-roupa de grife e montanhas de dinheiro no banco, a Princesa do Pôquer, como ficou conhecida, parecia mais uma estrela de Hollywood que uma criminosa confessa. E foi em Hollywood mesmo que ela começou, do zero, a promover as mesas pelas quais passariam, nos anos seguintes, centenas de milhões de dólares, em partidas que aconteciam em luxuosas suítes de hotéis, para uma seleta lista de convidados dispostos a desembolsar quantias que partiam dos seis dígitos. A grande jogada: a história real da mulher que comandava a mesa de pôquer mais exclusiva do mundo (Intrínseca, 272 pp, R$ 39,90 – Trad.: Renato Marques), conta as memórias de excessos, glamour e ganância narradas pela própria Molly. O livro deu origem ao filme A grande jogada, com Jessica Chastain, Idris Elba e Kevin Costner.

Em Mulheres, cultura e política (Boitempo, 200 pp, R$ 48 – Trad.: Heci Regina Candiani), estão compilados discursos e artigos feitos pela ativista política Angela Davis que, juntos, traçam um panorama de sua luta por uma mudança social progressista. Dividida em três eixos temáticos, “Sobre as mulheres e a busca por igualdade e paz”, “Sobre problemas internacionais” e “Sobre educação e cultura”, a obra aborda as mudanças políticas e sociais pelas quais o mundo passou nas últimas décadas em relação à igualdade racial, sexual e econômica. A autora traz dados históricos e estatísticos detalhados sobre as condições das mulheres, da classe trabalhadora e da população negra nos EUA durante o governo Reagan, mostrando como a política adotada naquela administração operou para enfraquecer esses grupos sociais.

Por décadas, a história do cinema nacional foi contada pela voz masculina. Feminino e plural: mulheres no cinema brasileiro (Papirus, 240 pp, R$ 59,90), organizado por Karla Holanda e Marina Cavalcanti Tedesco, quer mostrar a outra face dessa história. O volume reúne ensaios que evidenciam a presença feminina na sétima arte brasileira, jogando luz no protagonismo que exerceram nomes como Cléo de Verberena, Gilda Bojunga, Cassandra Rios e Helena Soleberg. No prefácio do volume, Heloisa Buarque de Holanda fala da pertinência da obra: “hoje os movimentos feministas jovens, o feminismo negro, o feminismo trans e tantos outros estão ganhando a cena e a visibilidade merecida. O momento é quente, as ruas já mostraram a que vem as mulheres, a internet é um imenso laboratório para a criação de um ativismo agregador, alerta, solidário. Não poderia haver contexto melhor para o lançamento de um livro como este”.