Pela apuração do PublishNews, Augusto Cury vendeu, no ano passado, mais de 320 mil cópias dos seus livros. Ele foi o vencedor do Prêmio Avena PublishNews de 2017 na categoria Ficção, com O homem mais inteligente da história, que teve 131.062 exemplares vendidos no ano passado. Ainda em Ficção, emplacou O homem mais feliz da história e marcou presença em Autoajuda com a trilogia Ansiedade. Ao longo da sua carreira, escreveu livros para casais, para jovens, para crianças... Tinha uma fronteira, no entanto, que ele ainda não tinha ultrapassado, a dos livros Científicos, Técnicos e Profissionais (CTP). Ainda. Por que o GEN, grupo editorial especializado neste segmento, acaba de anunciar que publicará Treine o seu cérebro para provas, escrito pelo autor com base na Teoria da Inteligência Multifocal criada por Cury com o objetivo de “estudar o complexo processo de interpretação da realidade, isto é, como percebemos a nós mesmos e o mundo”. Clique no Leia Mais e saiba mais detalhes sobre o livro que está no prelo do GEN.

Depois de 37 trabalhando na Editora Manole como gerente nacional de vendas, Carlos Alberto, mais conhecido como Carlão, deixou a editora no início de dezembro em busca de novas oportunidades. Quem também deixou a empresa foi Márcio Lacerda, que atuou por 20 anos como gerente comercial da casa. A Companhia das Letras também fez algumas mudanças e entre elas está a saída de Clara Dias, que até a última quarta era a coordenadora de comunicação da editora. Clara trabalhou por oito anos na Companhia, onde começou como estagiária. Já Bruno De Carli, que teve cargos de direção na Siciliano, na Pasta do Professor e na Amazon, assume o cargo de diretor comercial da Atheneu.

O Estadão deste último final de semana deu destaque para o documento que a Academia Sueca de Letras divulgou no começo do ano. Nele, os nomes dos brasileiros Jorge Amado e Carlos Drummond de Andrade aparecem numa lista de “finalistas” do Prêmio Nobel de Literatura de 1967, cujo vencedor foi o escritor guatemalteco, Miguel Ángel Asturias. Já a Painel das Letras adiantou que o poeta israelense Yehuda Amichai ganhará sua primeira antologia no Brasil. A obra sairá pela Bazar do Tempo no final do ano. A Tinta da China também fechou um acordo com os herdeiros da poeta portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen para publicar sua obra poética completa pela primeira vez no Brasil. E o selo feminista Rosa dos Ventos, relançado recentemente pela Record, irá publicar em breve a edição revista e ampliada de Eunucos pelo reino de Deus. O "coleguinha" Ancelmo Gois também adiantou que o jurista Vicente Barretto é outro candidato para a vaga de Carlos Heitor Cony na ABL; que a Zahar comprou os direitos de Dicionário amoroso da psicanálise, novo livro da psicanalista francesa Elisabeth Roudinesco; e que o livro O sofrimento é opcional — como o zen budismo pode ajudar a lidar com a depressão, de Monja Coen, da Bella Editora, sairá em Portugal pela Editora 20|20.

A Caixa Cultural divulgou os projetos selecionados para o programa de ocupação dos seus espaços para 2018 e 2019. Projetos culturais nas áreas de artes visuais, teatro, dança, música, mostra de cinema, palestras, encontros, cursos, oficinas e lançamento de livros puderam se inscrever para ocupar os espaços da Caixa Cultural em Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo com o objetivo de difundir a cultura pelo território nacional. Dentre os selecionados estão o Ciclo de Literatura afetiva, expandida, contemporânea - De Clarice ao pontocom, em Brasília, previsto para começar no dia 15 de outubro; o projeto Cordelizando, em Salvador, com data de início em 7 de junho; a Feira do Cordel Brasileiro, em Fortaleza, previsto para começar no teatro da Caixa no dia 2 de agosto e na Galeria Multiuso no dia 16 do mesmo mês; a FliCaixa - Festa literária da Caixa, que acontecerá em diversos locais de Salvador nos dias 18 e 25 de maio, e em Fortaleza, com início no dia 4 de outubro. E a I Mega Gibizeira: Quadrinhos independentes e uma periferia chamada Brasil, no Rio de Janeiro, prevista para começar em 5 de junho. A lista completa dos projetos selecionados você confere clicando aqui.

Ao longo do primeiro semestre de 2018, Amanda Moura, mestre em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem, tradutora e revisora, realizará um ciclo de palestras sobre o mercado editorial. A primeira delas, intitulada As múltiplas faces do profissional do texto: da tradução à revisão abordará as principais atribuições do profissional do texto e como essa múltipla possibilidade de atuação pode ampliar as oportunidades profissionais do freelancer. A palestra também contemplará questões relacionadas tanto ao ingresso nesse mercado quanto à permanência nele. O evento acontece no dia 3 de fevereiro, na livraria SBS Vila Mariana (Rua Madre Cabrini, 384 - São Paulo / SP), das 10h às 12h. Para participar do evento, é necessário levar um quilo de alimento não perecível que será destinado à doação. As vagas são limitadas e a inscrição deve ser feita pelo e-mail amanda.escrevame@gmail.com.

A Livraria Cultura e a Companhia das Letras farão um pocket show para o lançamento do livro Era uma vez uma mulher que tentou matar o bebê da vizinha (268 pp, R$ 44,90), da escritora russa Liudmila Petruchévskaia. Considerada por alguns como a herdeira de Allan Poe e Gogol, a autora combina o contexto soviético em que produziu grande parte de sua obra com uma realidade povoada por assombrações, pesadelos, acontecimentos macabros e personagens sinistras. O resultado são histórias sobrenaturais que retomam a tradição dos contos folclóricos, porém dotadas de um humor contemporâneo e de uma carga política que não precisa se expressar diretamente para existir. Considerada inimiga do povo pelo regime stalinista, Petruchévskaia teve sua obra censurada até o final da década de 1990. O evento acontece na Livraria Cultura da Paulista (Av. Paulista, 2073 – São Paulo / SP), na próxima sexta-feira (19), às 19h.

Aproveitando o mês de férias das crianças, a Carochinha preparou diversas atividades para o público infantil em diferentes livrarias de São Paulo e Rio de Janeiro. Além de sessões de autógrafos, os leitores vão poder se divertir com oficinas de máscaras, contações de histórias, tapetes gigantes para colorir e marcadores para personalizar. No dia 20, às 16h, a Livraria Cultura do Shopping Villa-Lobos (Av. das Nações Unidas, 4777 – São Paulo / SP) recebe a contação de histórias d’O livro gato, no Rio de Janeiro, quem recebe o mesmo evento, no mesmo horário é a Livraria Travessa Leblon (Av. Afrânio Melo Franco, 290). Clique aqui para conferir a lista completa dos eventos que seguem até o final do mês.

Em 2018 o primeiro livro publicado por Monteiro Lobato, O Saci-Pererê: Resultado de um inquérito, completa 100 anos de seu lançamento. A obra começou a ser concebida em 1917, quando Lobato propôs aos leitores do "Estadinho", suplemento do jornal O Estado de S. Paulo, que enviassem cartas contando tudo o que soubessem ou tivessem ouvido falar sobre o mito do Saci-Pererê. Especificamente, tratava-se de um pequeno questionário (um “inquérito”) que as pessoas deveriam responder e enviar ao jornal e que recebeu dezenas de respostas de tons variados. A primeira edição da obra foi lançada em 1918, mas Monteiro Lobato não assinou a obra como autor, por considerar que seu papel havia sido apenas o de editar os textos enviados pelos leitores. Para comemorar essa data, o Projeto Apparere convida escritores a participar da coletânea Saci Pererê - Novas historias, com contos de novas histórias sobre o Saci-Pererê. Como Lobato fez em 1917, o projeto também, em homenagem ao autor, convida as pessoas a escreverem novos contos sobre o Saci Pererê, só que dessa vez com enfoque diferente, não em forma de pesquisa, mas sim como contos de todos os gêneros. As inscrições podem ser feitas até 23 de abril e não terá custo nenhum aos autores participantes. O livro será editado e comercializado pela PerSe e estará disponível na Bienal de São Paulo (3 a 12/08).

Aqui (Companhia das Letras, 304 pp, R$ 79,90 – Trad.: Érico Assis) conta a história de um canto de uma casa, e o que aconteceu ali durante centenas de milhares de anos. Aguardada há quase três décadas, a obra trata-se da versão final de uma ideia que Richard McGuire publicou numa revista independente nos anos 1980. Essa versão estendida, com seus enredos simultâneos e sobrepostos – o dia a dia de uma família entre as décadas de 1950 e 1980, a vida de uma tribo indígena nos primórdios da América, cenas de um futuro remoto -, implode qualquer ideia de casualidade e linearidade narrativa. Dramático, cômico e amplamente inovador, é o testemunho não apenas de um grande artista no auge de sua forma, mas também das possibilidades infinitas da linguagem dos quadrinhos. Ao extrapolar regras e inverter convenções, McGuire criou uma obra única, que não poderia ser contada de outra forma, um trabalho pioneiro que vai marcar para sempre o cenário das HQs.

A HQ Rugas (Devir, 106 pp, R$ 59), de Paco Roca, conta a história de Emílio. Internado num asilo para idosos porque sofre de Alzheimer, Emílio encara a vida comunitária como uma prova difícil de se vencer. Mas ele aceita rapidamente o seu novo ambiente e decide lutar para escapar à decadência que sua doença o levará. Para o autor, a comunidade do ser-humano lembra uma biblioteca, na qual os livros se empilham em montanhas de papel amarelado, povoadas de sonhos e fantasias. O desgaste de toda uma vida os cobre de rugas, e alguns veem as letras das suas páginas se apagarem, folha após folha, até ficarem totalmente brancas. Apesar disso as emoções mais intensas sobrevivem, preservadas como um tesouro escondido numa ilha distante.

O ilustrador e designer gráfico Ricardo Antunes estreia no mundo dos quadrinhos com Zeppelin (Reference Press, 70 pp, R$ 35), uma história inspirada na música Geni e o Zepelim, que conta com uma narrativa exclusivamente visual, toda em preto e branco e sem texto. Zeppelin narra a vida de uma prostituta hostilizada pelos moradores da cidade onde vive, mas que um dia poderá salvar essa cidade da destruição vinda de um zeppelin. A história é uma grande metáfora sobre preconceito, ingratidão e redenção. O projeto Ricardo foi um dos vencedores do PROAC - Programa de Apoio à Cultura do Governo do Estado de São Paulo em 2016.

A São Paulo dos anos 1920 é uma cidade em transformação. A cada esquina, sentem-se os efeitos da modernização, seja na arquitetura, na cultura ou nos próprios hábitos de seus moradores. Lola é uma moradora típica da cidade, o que significa dizer que também já teve parte de seu futuro definido pelos pais. Porém, nem sempre as coisas ocorrem como devem ser. Sem dó (Todavia, 192 pp, R$ 64,90) é a história de um casal que se apaixona nessa São Paulo, mas também um passeio por seus bairros, uma olhadela generosa nos jornais e cinemas da época, e talvez uma resposta sobre o sentido dessa famigerada modernização. Em seu primeiro livro de quadrinhos, a ilustradora Luli Penna usa a São Paulo dos anos 1920 para criar uma bela e trágica história de amor.

Em Vango: Um príncipe sem reino (Melhoramentos, 384 pp, R$ 55), o autor Timothée de Fombelle, multiplica as viagens de regresso no tempo e no espaço usando a mesma escrita dinâmica e não linear que tornou memorável o primeiro volume, Vango: entre o céu e a terra, deixando a dúvida sobre o passado do jovem que ainda não conhece o rosto de seus inimigos. Sua história continua em 1936, no mesmo lugar em que, sete anos antes, vira Ethel desaparecer. Em meio a acusações infundadas, a fuga de Vango dessa vez é ambientada em um período que antecede a Segunda Guerra Mundial. Por meio de lembranças e interrogações, Vango sente que seu passado esconde algo poderoso. O autor conduz o leitor em uma viagem ao redor do mundo e mostra que, em meio ao caos, existe amor, amizade e, acima de tudo, uma predestinação envolvendo passado, presente e futuro.

Vive-se um século de paz desde que a Terra foi colonizada por uma poderosa espécie alienígena. Mas, à margem da sociedade, grupos rebeldes humanos resistem. O jovem Donovan Reyes não é um deles. Além de filho do primeiro-mediador do governo pacificador instaurado, Donovan goza de prestígio social por ser um humano modificado por tecnologia alienígena. Tudo está em perfeita ordem, até que Donovan é capturado pela Sapiência, grupo de resistência humana cujo objetivo é desestabilizar o governo pacificador e findar o controle alienígena. Assim, quando descobre que tem em seu poder o filho de um dos homens mais influentes da Terra, a Sapiência acredita ter encontrado barganha ainda melhor. Mas o primeiro-mediador não negocia com terroristas, nem para salvar o próprio filho. Abandonado nas mãos de extremistas a quem será mais útil vivo do que morto, Donovan descobrirá segredos a respeito de sua própria história que o farão repensar de que lado deve lutar. Mas não há muito tempo: o destino da Terra depende da sobrevivência do rapaz. Caso a Sapiência o mate, esse poderá ser o estopim para uma nova guerra intergaláctica. Exo (Plataforma 21, 400 pp, R$ 49,90) é o primeiro volume da mais nova série de ficção científica da premiada escritora Fonda Lee.