Na semana da Black Friday, os números gerais da Lista dos Mais Vendidos do PublishNews dispararam e cresceram 72%. Era esperado que os números caíssem na semana seguinte. Isso de fato aconteceu. Só que a queda foi só de 13% em relação à semana anterior. Nada mal. A semana de ressaca da Black Friday embaralhou bem as listas. Nada, porém, que afetasse a liderança de Origem (Arqueiro / Sextante). O livro de Dan Brown continua líder, com 8.923 exemplares vendidos na semana. Na segunda posição, ficou O livro de Jô (Companhia das Letras), que teve 5.939 exemplares e, na terceira, Sapiens (L&PM), que voltou a brilhar no pódio da lista, com 5.889. Dezembro já mostrou as suas caras e com isso, vai chegando a hora de olhar para a Lista Anual e tentar identificar os ganhadores do Prêmio Avena PublishNews de 2017. Pouco provável que alguém destrone Batalha espiritual (Petra / Ediouro), do padre Reginaldo Manzotti, do posto de Livro do Ano do Prêmio que dá reconhecimento às equipes de vendas e de marketing por trás dos títulos mais vendidos do ano. O livro já vendeu 134.675 unidades ao longo do ano. O poder da ação (Gente), que ocupa a segunda posição, teria que vender mais de 12 mil unidades nas três próximas semanas para alcançar o livro campeão. Clique no Leia Mais, confira as novidades da semana e ainda veja como está a corrida pelo Prêmio Avena PublishNews em cada uma das suas cinco categorias.

Na última quarta-feira (06), a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei que cria o Fundo Nacional Pró-Leitura (FNPL), confirmando o texto substitutivo apresentado pelo deputado federal Rafael Motta (PSB/RN) em seu parecer como relator. Tenho certeza que esta notícia poderá causar algumas surpresas para a sociedade e principalmente entre as pessoas que trabalham na cadeia do livro. Alguns até dirão, “Nunca ouvi falar deste Fundo”. Pois bem, gostaria de lembrar que este Fundo e principalmente este parecer do deputado federal Rafael Motta foi discutido algumas vezes em espaços públicos. Mas, infelizmente, não contou, como seria o esperado, com a participação do “povo do livro”. O PL 1321/11 foi apresentado originariamente no Senado Federal e é destinado à captação de recursos para atendimento aos objetivos da Lei nº 10.753, de 30 de outubro de 2003, que institui a Política Nacional do Livro. Em linhas gerais, o Fundo reunirá recursos para promover ações de fomento à leitura em todo o Brasil. Os recursos para o Fundo vêm do Tesouro Nacional, legislações vigentes e doações. Para gerir o FNPL será criado um colegiado que irá decidir sobre projetos e investimentos nas diferentes formas de promover o livro e a leitura. Com a aprovação do PL na Comissão de Educação, o projeto que cria o Fundo Nacional Pró-Leitura será apreciado pelas comissões de Cultura; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Clique no Leia Mais, conheça todo o histórico da formação do Fundo e conheça outros detalhes do Projeto de Lei.

Neste sábado (9) a bibliotecária Ketty Valencio inaugura a loja física da Livraria Africanidades (Rua Aimberê, 1.158, Perdizes – São Paulo / SP), criada para ampliar o acesso à literatura feita por mulheres negras. A sede batizada de Lá do Mato foi criada com o objetivo de ser um espaço colaborativo para mulheres empreendedoras. O novo espaço conta com um acervo de 200 títulos diferentes e a decoração traz trabalhos das grafiteiras Gabi Bruce, Nene Surreal e Linoca, que seguiram a temática da livraria. “Nossa intenção é a celebração, já que criar um espaço de acolhimento e fortalecimento é uma forma de resistir. A maioria dos espaços que sempre estamos é de dominação masculina, de controle e queremos o oposto, ou seja, o espaço trará segurança para que possamos realizar atividades juntas, favorecendo a autonomia e o protagonismo”, explicou Ketty. Durante a inauguração que começa a partir das 14h, haverá um cortejo de abertura com o grupo Semente de Crioula, bate-papo seguido de performance e sarau, além do lançamento do romance Bará – na trilha do vento (Ogum’s), da escritora Miriam Alves, oficina de banho de ervas, e bate-papo com a consultora Fabiana Bertagnolli Piasentin. O espaço contemplará também uma feirinha com expositoras convidadas, como Eparrei, Heróicas, Nene Surreal, Ana Requião, Ami Ateliê, Belo Câmi, flash tatoo e outras.

A Secretaria Municipal de Educação (SME), a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e a Associação Nacional das Livrarias (ANL) assinaram na tarde de ontem (7) um acordo de cooperação para reformular o Programa Cartão do Educador. A assinatura aconteceu na sede da SME, com a presença de Alexandre Schneider, secretário municipal da Educação de São Paulo; Leila Oliva, coordenadora pedagógica da SME; Bernardo Gurbanov, presidente da ANL, e Luís Antonio Torelli, presidente da CBL. O programa, criado em 2009, retorna para beneficiar cerca de 112 mil servidores da rede municipal. O benefício concedido é de 20% de desconto sobre o preço de capa para livros de literatura e obras destinadas à formação docente e de 10% para obras cuja data de publicação seja inferior a um ano do momento da compra. O desconto é válido apenas para compras de livros de literatura e para formação docente que sejam realizadas nas lojas físicas relacionadas, não contemplando livros didáticos, paradidáticos e periódicos, nem compras efetuadas pela internet. Para obter o benefício, basta entrar no site, preencher o cadastro e imprimir o arquivo do cartão. Para usar, no ato da compra do livro, o Cartão do Educador deve ser apresentando junto do holerite atualizado e de documento com foto. Podem participar do programa todos os servidores da Educação, ativos e inativos, independente da data de ingresso. Para mais informações, é só clicar aqui.

Ano de 1977 marca dois episódios marcantes da Literatura Brasileira. Foi o ano em que Clarice Lispector lançou A hora da estrela e também foi o ano de sua morte. Quarenta anos depois, a escritora nascida na Ucrânia e criada em Recife será alvo de um evento na Universidade Federal Rural do Semi-Árido, em Caraúbas, no interior do Rio Grande do Norte. No programa, além de debates com professores de universidades potiguares, estará a exibição do filme A hora da estrela, dirigido por Suzana Amaral, e também a projeção de entrevista que Clarice concedeu à TV Cultura, justamente no ano de 1977. O evento, intitulado Sim, Clarice!, acontece nos dias 12 e 13 de dezembro, no Centro Multidisciplinar de Caraúbas do Departamento de Linguagens e Ciências Humanas (RN 233, KM 01, Sítio Nova Esperança II - Caraúbas / RN). Mais informações sobre as inscrições, clique aqui.

A Biblioteca Pública do Paraná (Rua Cândido Lopes, 133, Centro — Curitiba / PR) realiza logo mais, mais um encontro do projeto Aventuras Literárias. A escritora Danielle Sommer e a ilustradora Daphne Lambros são as convidadas e conversam com o público infantojuvenil sobre suas experiências de leitura e escrita. Sommer e Lambros são autoras do livro Tem alguém na barriga da mamãe, sobre os desafios que os pais enfrentam com o primeiro filho quando o segundo já está a caminho. “Esperamos ajudar de forma lúdica muitas famílias a tornar essa adaptação mais fácil e amorosa”, diz Danielle. O evento acontece na Seção Infantil, às 14h30, com entrada franca.

Neste sábado (9), às 14h, acontece o lançamento do livro A coleção Ema Klabin (268 pp, R$ 20), em comemoração aos dez anos de abertura da Casa-Museu Ema Klabin (Rua Portugal, 43, Jardim Europa - São Paulo / SP). O livro, organizado pelo curador Paulo de Freitas Costa, traz um panorama do acervo de Ema Klabin (1907-1994), uma mulher à frente de seu tempo que se dedicou com empenho e competência a colecionar obras de arte, que hoje fazem parte da sua Casa-Museu. A publicação revela em cada um dos seus 13 capítulos um pouco sobre a coleção de mais de 1.500 peças da Casa-Museu e reúne textos de dez especialistas em história da arte e artes plásticas, como Paulo de Freitas Costa, docentes do Departamento de História da Arte da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e da Universidade de São Paulo (USP) e tem prefácio de Celso Lafer, diretor presidente da Fundação Ema Klabin. As comemorações se estendem durante todo o dia com visitas à casa e um show com Tito Martino Jazz Band.

Na manhã do próximo domingo (10), a BeeTech, empresa focada em soluções cambiais totalmente online, inaugura a primeira ação do BeeVolunteer, um projeto social que tem como objetivo desenvolver, promover e estreitar o engajamento de todos os colaboradores em diferentes programas do terceiro setor. Para o lançamento, a fintech, em parceria com a Livraria Cultura, levará livros infantis à Fundação Julita, em São Paulo, que atende crianças, jovens e famílias em situação de vulnerabilidade social. A Livraria Cultura doará diferentes títulos para esta ação e os colaboradores da BeeTech irão à Fundação Julita, onde irão interagir com as crianças para entender os assuntos de seus interesses e entregarão dos livros. A ação é voltada ao Projeto Ipezinho, programa que atende 50 crianças de quatro a cinco anos no período de contraturno escolar, oferecendo atividades socioeducativas.

A última região habitada do mundo, Untherak, é povoada por humanos, anões e gigantes, sinfos, kaorshs e gnolls. Nela, a deusa Una reina soberana, lembrando a todos a missão de suas vidas: servir a Ela sem questionamentos. No entanto, um pequeno grupo de rebeldes, liderado por uma figura misteriosa, está disposto a tudo para tirá-la do trono. Com essa fagulha de esperança, mais indivíduos se unem à causa e mostram a Una que seus dias talvez estejam contados. Um grupo instável e heterogêneo que precisará resolver suas diferenças a fim não só de desvendar os segredos de Untherak, mas também enfrentar seu mais terrível guardião, o General Proghon, e preparar-se para a possibilidade de um futuro totalmente desconhecido. Se uma deusa cai, o que vem depois?. Ordem vermelha: Filhos da degradação (Intrínseca, 448 pp, R$ 44,90), é o primeiro livro de fantasia que a editora Intrínseca lança em parceria com a CCXP - Comic Con Experience, escrito por Felipe Castilho em cocriação com Rodrigo Bastos Didier e Victor Hugo Sousa. Os autores estarão no estande da editora na CCXP todos os dias para autografar a obra. Você confere a programação completa clicando aqui.

Escrita em 1933, publicada em 1937 e encenada pela primeira vez trinta anos mais tarde pelo Teatro Oficina, esta é a peça fundamental de Oswald de Andrade. Ao retratar um país mergulhado na crise financeira de 1929, às vésperas do Estado Novo, O rei da vela (Companhia das Letras, 102 pp, R$ 49,90) aponta a utopia de um projeto político que não viria a se concretizar. Oswald apresenta uma peça de teatro profundamente anarquista, que explora a força soberana do imperialismo americano em toda sua dimensão caricata e grotesca. No centro do palco está o escritório de agiotagem Abelardo & Abelardo, em um enredo que tem como pano de fundo a ambição tacanha e desenfreada de um país subdesenvolvido, as falcatruas, a decadência, o desprezo pela moralidade e o sexo estapafúrdio. O volume inclui textos inéditos de Décio de Almeida Prado e de Renato Borghi, além de um manifesto de 1967 de José Celso Martinez Corrêa, que assina também um pós-escrito para esta edição.

Os eventos da premiada Trilogia Chronos, escrita por Rysa Walker, se iniciam quando Kate descobre que sua avó é uma historiadora viajante do tempo — nascida alguns séculos à frente, mas presa ao presente por conta de um acidente — e possui um artefato, um medalhão azul reluzente, que permite realizar saltos temporais para qualquer época e local. Tudo parece um absurdo no início, mas uma leve interferência na linha temporal faz com que os pais de Kate sumam do mapa e ela seja a próxima da lista. Arriscando sua vida, ela aceita a missão de tentar voltar no tempo para evitar um homicídio que é a chave de tudo e colocar as coisas no seu devido lugar. Mas se ela for bem-sucedida, a interferência também terá um custo pessoal. Em Viajantes do tempo (DarkSide, 320 pp, R$ 49,90) o leitor é transportado para a Exposição Universal de 1893, em Chicago, quando a Roda Gigante foi apresentada pela primeira vez e o serial killer H. H. Holmes dirigia um hotel construído especialmente para receber os visitantes da feira (e sumir com seus corpos). Em meio a tantos fatos históricos e curiosos, Kate precisa agir pontualmente para não estragar nada, e ainda impedir a ascensão de um culto religioso bastante poderoso que ameaça afetar o universo como o conhecemos.

A capital britânica nunca foi tão assustadora. Os túneis subterrâneos, o Marble Arch e as galerias da rede de esgotos de Ranelagh são alguns dos principais cenários da trama de O gabinete paralelo (Rocco, 352 pp, R$ 49,90 - Trad.: Sheila Louzada), terceiro volume da série de mistério Sombras de Londres, de Maureen Johnson. No livro, Rory Deveraux se pergunta se não deveria ter voltado para sua pacata cidade nos Estados Unidos, depois de tudo o que viveu desde que chegou a Wexford. Não bastasse descobrir a habilidade de ver fantasmas e enfrentar uma versão moderna de Jack, o Estripador, ela agora sofre a perda de seu amor, Stephen, e teve sua melhor amiga, Charlotte, sequestrada. Mas é tarde para voltar atrás. Rory tornou-se peça-chave no esquadrão que monitora fantasmas em Londres. E enquanto tenta se recuperar de uma série de acontecimentos trágicos e lidar com todo tipo de surpresas do destino, uma terrível ameaça paira sobre a cidade, exigindo que ela mergulhe ainda mais fundo nas Sombras de Londres.

Depois de investir numa fantasia de estilo futurista em “Rebelde” e “Reboot”, a americana Amy Tintera se volta para um enredo mais medieval com direito a príncipes, reinos, intrigas e, claro, romance, em Ruína (Galera / Record, 308 pp, R$ 39,90 – Trad.: Ana Resende). Primeiro livro de uma trilogia. A protagonista é Emmelina Flores, uma jovem considerada inútil em sua sociedade. Filha da rainha mais poderosa que já existiu em Ruína, ela é a única habitante do reino a não possuir poderes extraordinários. Depois que seus pais são brutalmente assassinados e sua irmã é sequestrada por agentes do reino rival, ela decide se vingar e tentar resgatar a irmã. Seu plano: viajar até o reino inimigo de Lera, omitir sua verdadeira identidade e casar-se com o príncipe Casimir, próximo na linha de sucessão ao trono. Tudo parece correr bem, mas quanto mais se aproxima do príncipe, mais Emmelina se distancia de seus objetivos iniciais. Ele não é exatamente como ela esperava, e o amor pode acabar complicando sua estratégia. Em Ruína, Amy Tintera investe num enredo clássico de fantasia, mas com elementos rearranjados de maneira inovadora. Tudo capitaneado por mulheres fortes, decididas e até cruéis, dispostas a tudo para alcançar seus objetivos.