Um evento na noite desta segunda-feira (04) marcou a entrega do Prêmio IPL – Retratos da Leitura idealizado pelo Instituto Pró-Livro com o objetivo de dar visibilidade e reconhecimento a trabalhos de incentivo ao fomento da leitura no Brasil. Ao todo, foram entregues 12 estatuetas aos vencedores em cada uma das quatro categorias do prêmio, além de selos a mais de 30 projetos finalistas espalhados por todas as regiões do país. Na cerimônia foi anunciada uma novidade para a terceira edição do prêmio, que acontecerá em 2018. Será incluída uma nova categoria, a de organizações que promovem a leitura inclusiva. A noite foi especialmente feliz para a equipe do PublishNews, que subiu ao palco para receber uma placa de Menção Honrosa do Prêmio IPL – Retratos da Leitura. A homenagem é, segundo os organizadores, um reconhecimento do trabalho que nos tornou “a principal fonte de informações para e sobre o mercado editorial, a cadeia produtiva do livro e o mundo da leitura”. Clique no Leia Mais e conheça os 12 ganhadores do prêmio.

A Cátedra Unesco de Leitura PUC-Rio selecionou os livros deste ano que receberão os selos Seleção Cátedra 10 e Distinção Cátedra 10 que reúnem os melhores livros infantojuvenis produzidos no Brasil em 2017. Dentre os livros selecionados para o selo Seleção Cátedra estão obras como Amores em África (Paulinas), de Lenice Gomes e ilustrações de Denise Nascimento; Coração de inverno, coração de verão (Zit), de Leticia Sardenberg e Alexandre Rampazo; e Querido mundo, como vai você? (Fontanar), de Toby Little. Já na categoria Distinção Cátedra 10, estão obras como Lá longe chora no menino (Sesi-SP), de Jorge Miguel Marinho; Com que roupa irei para a festa do rei? (Editora do Brasil), de Tino Freitas e Ionit Zilberman; Rosa (Edições Olho de Vidro), de Odilon Moraes; Foi ele que escreveu – a ventania (Pulo do Gato), de Rosana Rios e Mauricio Negro; e O velho e o mar (Bertrand), de Thierry Murat. A obra Quando a primavera chegar (Global) (foto ao lado), de Marina Colasanti, ficou com o prêmio Hors Concours. Confira a lista completa dos livros selecionados clicando aqui.

A Biblioteca Pública do Paraná (BPP) divulgou esta semana os títulos dos livros vencedores do Prêmio Paraná de Literatura 2017. Em sua quarta edição, o concurso da Secretaria da Cultura do Estado selecionou obras inéditas, de autores de todo o país, em três categorias que homenageiam figuras importantes da literatura paranaense. O júri apontou Setenta, de Henrique Schneider (RS), como o melhor romance (prêmio Manoel Carlos Karam). A bandeira de Cuba, de Marcelo Degrazia, (RS) venceu a categoria contos (prêmio Newton Sampaio). E Tempo de dentro, de Sônia Barros (SP), foi o destaque entre as obras de poesia (prêmio Helena Kolody). Cada autor receberá R$ 30 mil e terá sua obra publicada pela Biblioteca Pública, com tiragem de mil exemplares. A entrega oficial dos prêmios e o lançamento dos livros acontecem no primeiro semestre de 2018, em um evento na BPP. Neste ano, a comissão julgadora, formada por nove membros, avaliou 2.180 trabalhos inscritos gratuitamente pela internet entre junho e agosto.

Estão abertas as inscrições para a 30ª edição do Troféu HQMIX, o Oscar dos quadrinhos. Para concorrer, as obras devem ter sido lançadas entre 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2016. As editoras, autores e produtores de quadrinhos no Brasil poderão fazer suas inscrições no site do prêmio até 15 de fevereiro de 2018. Cada publicação poderá ser inscrita em até dois itens e o pagamento da taxa no valor de R$ 15 por publicação poderá ser realizado através de PayPal ou depósito em conta corrente. A forma de julgamento será divulgada após as inscrições já analisando o número de inscritos. Sendo que haverá uma primeira fase de divulgação de até 10 concorrentes escolhidos por categoria do Troféu. Depois haverá uma votação final pelos profissionais inscritos de todo o Brasil.

Acontece amanhã (6), um novo encontro do projeto Barril de Histórias. Depois de homenagear Cora Coralina, ter uma edição especial na Bienal do Rio e conversar com Marina Colasanti, dessa vez, Leonardo Neto, editor-chefe do PublishNews, recebe a autora Joana Monteleone, cozinheira e historiadora de mão cheia, para falar sobre seu novo livro Toda comida tem uma história. O livro com pequenos ensaios sobre alimentação e gastronomia irão guiar o bate-papo que começa às 19h30 no Inconfidentes Bar (Rua França Pinto, 965, São Paulo / SP). Quem levar o livro ainda ganha uma cervejinha por conta da Editora Oficina. Confirme sua presença clicando aqui.

Logo mais, a partir das 18h, acontece o lançamento do livro A maratona da vida (Letraviva, R$50), do maratonista Alexandru Solomon. No livro, Solomon, nascido na Romênia e naturalizado brasileiro, traz crônicas e observações sobre a vida cotidiana recheadas de humor e ironia. O evento acontece no Espaço Iate (Av. Higienópolis, 18 – São Paulo / SP).

Acontece no dia 9 de dezembro o FestFronteira, evento literário idealizado pelos escritores Rodrigo Tavares e Fernando Risch em Bagé, no Rio Grande do Sul. O festival será focado no debate literário e a principal ideia é juntar em um mesmo ambiente, escritores, geradores de conteúdo e leitores para mesas de conversas e troca de experiências. Além disso, o evento terá muita cultura, gastronomia, cerveja artesanal, autógrafos e integração. O primeiro debate acontece às 16h, onde o escritor bajeense Fernando Risch receberá os escritores André Timm, autor de Modos inacabados de morrer (Oito e Meio), e Gustavo Ávila, autor de O sorriso da hiena (Verus) para debater sobre publicação independente, início de carreira e processos de criação literária. Logo depois, o escritor José Francisco Botelho, vencedor do Prêmio Jabuti, recebe os escritores Gustavo Melo Czekster e Samir Machado de Machado, para um bate papo sobre Ficção Histórica e suas nuances. E para encerrar, o escritor e roteirista premiado L.R. Lima conversa com os escritores Enéias Tavares, César Alcazar e Marsal Alves Branco sobre quadrinhos, roteiros e curiosidades correlatas. Logo após as mesas, os escritores Rodrigo Tavares, Fernando Risch, José Francisco Botelho e Severino Rudes Moreira irão autografar suas obras.

O escritor e pesquisador Rodrigo Trespach lança logo mais, às 19h, na Livrarias Curitiba do Shopping Palladium (Av. Pres. Kennedy, 4121 – Curitiba / PR), os livros da série Histórias não (ou mal) contadas: Segunda Guerra mundial, 1939-1945 e Revoltas, Golpes e Revoluções do Brasil (HarperCollins). Na primeira obra é possível entender que não existe uma única versão a ser contada, mas diferentes narrativas alternativas e quando optamos por contar uma, escolhemos esconder outras. Já o segundo livro revela os bastidores de eventos que mudaram os rumos do país e ajudaram a transformar a política brasileira no que é hoje: intrincada, turbulenta e desalinhada. O evento é gratuito e aberto ao público.

Dirigido, idealizado e conduzido por Alberto Renault (na foto ao lada da atriz Andrea Beltrão), diretor da série Casa Brasileira, a GNT estreou no último sábado a série Palavras em série, programa que mostra em cada episódio o encontro das atrizes Andrea Beltrão, Monica Iozzi, Lilia Cabral, Camila Pitanga e Regina Casé respectivamente com as obras das autoras Adélia Prado, Tati Bernardi, Ana Cássia Rebelo, Hilda Hilst e Clarice Lispector. A cada programa uma atriz interpreta e conversa com o diretor sobre algumas questões que as autoras apresentam em suas obras. No segundo episódio, Monica Iozzi faz relações entre suas próprias ansiedades e àquelas narradas no livro Depois a louca sou eu de Tati Bernardi. Em seguida Lilia Cabral aborda a depressão narrada pela escritora portuguesa Ana Cássia Rebelo no seu livro Ana de Amsterdam. Camila Pitanga aborda a sua relação com a poesia a partir da obra da poeta Hilda Hilst, e encerrando a série, Regina Casé fala sobre a “descoberta do mundo” a partir da sua interpretação e leitura da famosa crônica de Clarice Lispector. O próximo episódio da série de cinco capítulos irá ao ar neste sábado (09), às 23h15 no GNT.

Uma jornalista pensa que ganhou a oportunidade de sua carreira ao substituir uma colega na cobertura de um cruzeiro de luxo por fiordes noruegueses. Ao lado de fotógrafos, repórteres e empresários, ela precisa fazer contato com possíveis patrocinadores de sua revista, porém deixa de lado a tarefa, intrigada com o desaparecimento de uma passageira – cuja presença a bordo não foi percebida pela tripulação nem pelos companheiros de viagem. A angústia da protagonista passa facilmente ao leitor, principalmente depois que Lo Blacklock recebe um aviso – escrito num espelho coberto por vapor dentro de um banheiro. Juntando personagens de diferentes extratos sociais e seguindo pistas que desmontam, a cada capítulo, as certezas da repórter, a inglesa Ruth Ware cria uma trama de suspense hipnotizante em A garota da cabine 10 (Rocco, 320 pp, R$ 49,90 – Trad.: Alyda Sauer), seu segundo romance de suspense, que já teve os direitos comprados pelo cinema.

A vida de qualquer pessoa não é mais que um intervalo entre a sua primeira e a sua última respirações. O que Guillaume Néry, um dos melhores do mundo no mergulho em apneia (sem auxílio de aparelhos de oxigênio), experimenta entre a última inspiração antes de imergir e a primeira inspiração após voltar à superfície da água é uma bela e dramática imagem da própria vida humana. A fascinação que essa imagem exerce é demonstrada pelos milhões de visualizações dos vídeos de Néry na internet e pela grande repercussão de suas aparições em videoclipes e em documentários. Em Profundezas (Filocalia / É Realizações, 264 pp, R$ 59,90), além de uma descrição objetiva do que se passa em cada estágio do mergulho, o leitor descobrirá, por meio da vivência do autor, o aprendizado sobre a vida adquirido com a prática de – por meio do esporte – encarar os limites humanos: realizar mergulhos livres a mais de cem metros abaixo da superfície do mar.

Qual o lugar da política em nossas modernas sociedades capitalistas? De que política se trata? Como a democracia deve se haver com uma economia que provoca riqueza gerando desigualdades insalubres? Essas são algumas das questões sobre as quais se debruçam os filósofos José Arthur Giannotti e Luiz Damon Moutinho em Os limites da política (Companhia das Letras, 168 pp, R$ 44,90). Instigado pelo alcance e profundidade do e-book A política no limite do pensar, de Giannotti, publicado pela Companhia das Letras em 2014, Luiz Damon reagiu escrevendo um ensaio em que refletia sobre as bases filosóficas dos argumentos do colega. As provocações de Damon levaram Giannotti a acentuar ou corrigir algumas de suas ideias. Os limites da política nasceram de um intenso debate entre os dois filósofos, com réplicas e tréplicas, agora reunidas em um só volume juntamente ao ensaio original que deu origem à polêmica.

Stephanie perdeu o meio irmão e o marido num acidente de carro. Para se sentir menos solitária, ela mantém um blog sobre maternidade, onde registra suas experiências com o filho Nick, de cinco anos. É na saída da escola do menino que ela conhece Emily, mãe de Milles, que tem a mesma idade de seu filho. Começa assim uma intensa amizade. Até que um dia, Emily pede que Stephanie busque seu filho na escola e depois desaparece. Um pequeno favor (Bertrand / Record, 336 pp, R$ 42,90), de Darcy Bell, é narrado pela perspectiva de três personagens: as duas amigas e o marido de Emily, Sean. Aos poucos, a história vai revelando segredos, como o fato de o marido de Stephanie desconfiar que ela tinha um caso com o meio irmão dela, Chris. Sobre o outro casal, Emily e Sean, a revelação é de que eles queriam forjar a morte de Emily para ficar com o dinheiro do seguro. Um dia, Sean e Stephanie recebem a notícia de que Emily está morta e a trama ganha um novo rumo.

Já se sentiu observado alguma vez e ao olhar em volta nada ver? O que você faria se um dia descobrisse que toda a sua existência está em risco e que não há muita coisa que você possa fazer para evitar isso? É exatamente isso que acontece em Quase Esquecidos (Soul Editora, 196 pp, R$ 39,90), do escritor Hiran Murbach, uma obra de ficção que mistura fantasia e realidade e tem início no momento em que algumas criaturas do folclore brasileiro constatam um fato aterrador: as novas gerações estão deixando de conhecer a mitologia brasileira e, por causa disso, estes personagens folclóricos estão desaparecendo, pois eles só podem existir enquanto lembrados. Muito do nosso folclore já desapareceu nos dias atuais e os poucos que ainda sobrevivem precisam dar um jeito de reverter este quadro. A pergunta, no entanto, é como eles conseguirão fazer isso?