Nessa semana, os números gerais da lista de mais vendidos apresentaram crescimento de 10% na comparação com a semana passada. Não que seja esta a única razão para isso, mas com certeza ajudou. É que se olhar mais atentamente à lista, percebe-se que o nome “box” aparece oito vezes e a palavra “kit” aparece mais uma. Desses, seis são estreantes na lista. Uma possível explicação para esse "fenômeno" é a aproximação das festas de fim de ano, afinal, box de livros é sempre um presente de responsa! Em Não Ficção, aparecem os boxes A história da Primeira Guerra Mundial (Novo Século) e o de Mario Sergio Cortella (Planeta). Em Autoajuda aparece o Kit Tiago Brunet (Editora Vida) enquanto que na Lista Infantojuvenil, apareceram pela primeira vez os boxes da trilogia AuthenticGames (Astral Cultural) e d'O garoto do sonho (Astral Cultural). Encerrando o desfile dos boxes dessa semana, aparece pela primeira vez o Box Paulo Vieira (Gente), na Lista de Negócios. Origem (Arqueiro / Sextante), de Dan Brown, com 5.625 exemplares vendidos, se manteve no ao topo da Lista Geral pela sexta semana consecutiva. Felipe Neto (Coquetel / Ediouro), com 4.643, retorna ao segundo lugar e, Crer ou não crer (Planeta), com 4.555, se manteve em terceiro lugar. Mudança na ordem do Ranking das Editoras. O topo continua sendo ocupado pela Sextante, que emplacou 16 títulos. Na segunda posição, subiu a Intrínseca, com 13. Grupo Companhia das Letras e Planeta aparecem empatadas na terceira posição, com 10 títulos cada. Clique no Leia Mais e confira outros destaques da lista dessa semana.

Os políticos brasileiros estão realmente preocupados com a infância? As bandeiras da educação, da economia, da segurança e da saúde serão sempre pilares de qualquer campanha política? Todos os candidatos irão para a rádio, TV, jornal e para o palanque para dizer: “precisamos garantir que o país cresça economicamente para investir na segurança, na saúde e na educação de nossas crianças. O futuro de nosso país são as crianças e jovens!”. Que futuro será este a que eles tanto se referem já que, a cada dia, estamos lendo ou assistindo nos noticiários que vereadores estão visitando escolas para verificar o trabalho dos professores, que senadores e deputados estão exigindo que o Ministério da Educação (MEC) recolha livros que tenha temática de gênero, ou ainda, que prefeitos estão cancelando apresentações de teatro e exposições de arte porque trazem imagens de nudez ou "imagens que estimulam a pedofilia, zoofilia, desrespeito religioso, etc". Trago aqui algumas questões ligadas à educação e à infância em que a grande maioria dos políticos brasileiros ou contribuiu ou se ausentou. Por exemplo, o orçamento dos investimentos destinado para a área da Educação teve seu teto congelado para os próximos 20 anos; o PNBE, que garantia a compra de livros de literatura para abastecer todas as bibliotecas das escolas públicas do país, foi cancelado; as bibliotecas públicas, comunitárias e teatros do Brasil mínguam e tentam sobreviver com infiltrações, sem quadro de funcionários e sem dinheiro para comprar livros, enquanto os deputados e senadores dispõem de um valor considerável em emendas parlamentares que quase nunca é usado para investir na educação e nesses equipamentos culturais. Todas as questões são muito anteriores às atuais polêmicas, envolvendo a censura de museus e livros que, nesses últimos três meses, que ganharam os noticiários. Então, porque tais problemas nunca estiveram na pauta desses políticos brasileiros? Porque até agora não vimos nenhuma melhoria? Volto a pergunta, para não esquecermos: Os políticos brasileiros estão realmente preocupados com a infância? Clique no Leia Mais e confira a íntegra deste artigo.

Raquel Menezes se reelege como presidente da Libre no exercício 2018-2010 à frente da chapa 'Libre pelo Livro e pela Leitura', dando continuidade ao trabalho da chapa Libre Nova. A nova gestão segue a proposta de arejar o quadro diretor da entidade. Dessa forma, assumem os postos de diretoria associados que ainda não tinham assumido cargos eletivos, mesmo já fazendo parte da entidade há alguns anos. As principais bandeiras da nova diretoria continuam sendo a equidade no mercado e estímulo à bibliodiversidade. Além disso, está na pauta da entidade a defesa da Lei do Preço Fixo como forma de instituir condições de maior igualdade de competição entre editoras de diferentes portes e de fortalecer o estabelecimento e a manutenção de livrarias independentes no interior do país e nas periferias das grandes metrópoles. Clique no Leia Mais e veja a composição da nova diretoria da Libre, que toma posse no dia 1º de janeiro de 2018.

Nomes relevantes para a literatura, livros digitais e conflitos urbanos participaram do segundo dia oficial do Fórum das Letras. O evento, que segue até domingo (26), começou a quinta-feira chuvosa com um debate de peso que contou com Joselia Aguiar, Mário Magalhães e Plínio Fraga, todos com projetos biográficos em andamento. À tarde, foi a vez de Américo Tristão Bernardes, Camilla Cabete (Kobo), colunista do PublishNews, e Luís Antonio Torelli (CBL) falarem sobre e-book e inclusão digital, dentro da programação do Espaço CBL. A mesa mapeou como a população brasileira usa o digital e se conecta com o mundo, falou sobre as dificuldades de se formar leitores e de incluir os livros digitais nesse caminho e deu ideias de como melhorar essa situação no futuro. Camilla falou sobre a resistência que o livro digital ainda sofre e frisou que o foco do Brasil no momento é na formação de leitores e não na rixa “livro impresso x livro digital”. “Nós precisamos de pessoas que consumam livros e gostem de ler, por isso foco meu trabalho nos ‘nativos digitais’ e se nós tivermos uma curadoria educacional que mostre para a população que ela tem dentro do smartphone várias livrarias 24h abertas para eles, todo mundo vai sair ganhando”. Clique no Leia Mais para saber outros detalhes da mesa.

O Instituto Eva Herz, criado pela Livraria Cultura em 2011, realiza até este sábado em São Paulo, a segunda edição do Minha Língua, Minha pátria, festival literário que reúne escritores de Portugal, Brasil e África. O objetivo do evento que já passou por Salvador, é dar destaque à nova produção literária em língua portuguesa. “Queremos oferecer encontros abertos ao público transformando o 'Minha Língua, Minha Pátria' num acontecimento anual com participação de mais países em mais cidades brasileiras”, explicou Simone Duarte, curadora da programação. Logo mais, às 19h30, o romancista Milton Hatoum (foto ao lado), que está lançando o romance A noite da espera, conversa com o crítico literário e tradutor Samuel Titan Jr. Amanhã (25), às 16h, Isabela Figueiredo, cujo romance de estreia, A gorda, é considerado por muitos o melhor livro de 2016 em Portugal; e Bruno Vieira Amaral, cujo romance As Primeiras Coisas será lançado em 2018 no Brasil pela Companhia das Letras, participam de uma conversa mediada pelo escritor Paulo Roberto Pires, editor da serrote, revista de ensaios do Instituto Moreira Salles (IMS). A programação termina no dia seguinte (26), com os quadrinistas Fábio Moon, Gabriel Bá e o escritor Afonso Cruz, que participam de um bate-papo sobre Quadrinhos e literatura, às 16h. Os eventos acontecem na Livraria Cultura do Shopping Iguatemi (Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.232 – São Paulo / SP).

O escritor Márcio Vassallo conduz, neste sábado (25), uma Oficina de Criação Literária. Por meio de casos, provocações, análise de textos, leituras, debates e histórias, Márcio contará aos participantes como nascem os personagens e as ideias que dão origem ao seu processo de criação literária, e mostrará de que modo o processo de cada um pode levar a histórias que surpreendam, seduzam e conquistem os leitores. A oficina pretende ainda, por meio de dinâmicas e exercícios, ensinará aos participantes como reparar nos elementos que são realmente importantes na construção de um texto. Márcio também falará sobre a importância da fantasia na criação e no dia a dia da gente. "Vou dividir um pouco das minhas inquietudes, dos meus sobressaltos, das minhas perplexidades, do que me tira o sono e me acorda por dentro", explica. O curso acontece no Ateliê Lucia Moretzsohn, em São Paulo (endereço mediante consulta) das 10h às 18h. O investimento é de R$ 380 e os interessados devem se inscrever ligando para o número (11) 9 96859422.

Eduardo Jardim, autor de Eu sou Trezentos, sobre Mario de Andrade e ganhador do Prêmio Jabuti em 2016, lança este mês Tudo em volta está deserto: encontros com a literatura e a música no tempo da ditadura, pela Bazar do Tempo. Ele organiza seu ensaio sobre o que era fazer literatura e música no final dos anos 60 e início dos 70 a partir de três momentos: o lançamento de Quarup, de Antônio Callado, antes do AI-5, o show A todo vapor, de Gal, e a poesia e os escritos de Ana Cristina Cesar até 1983. Uma interrogação é feita ao longo de todo o livro: qual significado da literatura e da música (em particular, um e espetáculo musical) tiveram para um grupo de jovens que atravessava aqueles momentos cruciais da história brasileira?. A obra será lançada neste sábado (25), às 20h, no Fórum das Letras (Rua Direita, 85 – Ouro Preto / MG), com a presença de Eduardo jardim e Sergio Alcides.

O escritor Samir de Oliveira Ramos lança logo mais, a partir das 19h, no Espaço Oito e Meio (Travessa dos Tamoios, 32 – Rio de Janeiro / RJ), o livro Histórias rápidas para dias acelerados (Oito e Meio, 84 pp, R$ 35). Na obra, o autor reúne histórias ficcionais ambientadas em diversos lugares da América Latina. Apenas o conto O bonde se passa em Portugal. As histórias, recheadas de humor, nonsense e realismo mágico, exploram cenas cotidianas com sutileza e sensibilidade. Segundo o autor, o título da obra é, na verdade, ironicamente um convite para a vivência mais atenta. O evento é gratuito.

A Livraria NoveSete realiza neste sábado (25) o lançamento do livro Com que roupa irei para a festa do rei? (Editora do Brasil, 32 pp, R$ 56,20), de Tino Freitas e Ionit Ziberman. Inspirado no conto de fadas A roupa nova do rei e em personagens da sua terra natal, Fortaleza, Tino Freitas conta, em versos, uma história divertida e dinâmica. No texto, após o anúncio de uma festa, os bichos súditos vão em busca de um alfaiate para vestir o mais belo traje para o baile do rei. Para o enredo, o autor decidiu que as personagens seriam animais da fauna brasileira, mas o único referido no texto é o jabuti. O autor explica que a exemplo da coruja, o jabuti é um símbolo da inteligência e enquanto os animais correm, enfrentam uma fila e a dúvida sobre o traje a escolher para a festa à fantasia, o jabuti percebe qual a jogada do Rei. O evento gratuito começa às 15h e contará com a presença dos autores, que conversarão com o público e autografarão a obra.

Neste domingo (26) acontece mais uma edição do encontro mensal de gastronomia e literatura, A Cozinha da Doidivana. Nesse encontro, a anfitriã Ivana Arruda Leite recebe a escritora Giovana Madalosso. A paranaense que mora em São Paulo fala sobre A teta racional, seu livro de estreia, selecionado pela editora Grua entre outras centenas de originais e que aborda com delicadeza e acidez as diversas facetas do universo feminino. O bate-papo descontraído é acompanhado de uma receita preparada especialmente para o encontro. Os encontros acontecem uma vez por mês no auditório do Sesc Ipiranga (Rua Bom Pastor, 822 – São Paulo / SP) e o investimento é de R$ 30.

Nos anos 1950, uma grande transformação ocorreu em São Paulo: arquitetos modernos passaram a ser mais e mais requisitados por uma renovada indústria imobiliá­ria. Em pouco mais de 10 anos, foram criados os mais icônicos edifícios da cidade, graças à aliança de arquitetos talentosos, como Niemeyer, David Libeskind e Franz Heep, com empreendedores audazes, entre eles Artacho Jurado, Octavio Frias de Oliveira e José Tjurs. Copan, Itália e Nações Unidas, Conjunto Nacional, o centro comercial Grandes Galerias (hoje conhecido como "Galeria do Rock") e vários outros prédios de grande qualidade arquitetônica foram erguidos nessa época e moldaram para sempre a imagem da capital, espelhando sua pujança, seu dinamismo e sua modernidade. Em São Paulo nas alturas (Três Estrelas), Raul Juste Lores reconstitui esse importante período, apresentando a surpreendente trajetória de seus principais personagens, mulheres e homens que deram rumo novo à arquitetura, à construção e à vida urbana no Brasil. O livro será lançado na próxima segunda-feira (27), a partir das 20h, na Casa do Saber (Rua Dr. Mario Ferraz, 414 – São Paulo / SP).

Nóra sobrevive com dificuldade após a morte repentina do marido. Ela se vê sozinha, sendo a única responsável por cuidar do neto, Micheál, uma criança que não fala nem anda. A missão da vida de Nóra se torna descobrir o que aconteceu com o menino saudável e feliz dos tempos em que sua filha ainda era viva. As pessoas acusam Micheál de ser alguém muito diferente do que um mero garoto aleijado e o culpam por todas as desgraças que assolam as redondezas. Já Mary chega ao vilarejo exatamente quando os rumores sobre infortúnios e doenças inexplicáveis começam a se espalhar. E Nance entende da magia dos tempos ancestrais e sabe como usar as plantas da floresta para curar os males do corpo e da alma. Para o novo padre da região, ela é uma ameaça, porém, para o povo do vilarejo, Nance é uma emissária da salvação. Em Os bons amigos (Globo Livros, 352 pp, R$ 44,90 – Trad.: Celina Portocarrero), livro de Hannah Kent, essas três mulheres se unem na esperança de salvar Micheál e manter o mundo de mitos, fé, rituais e tradições onde foram criadas.

A obra O homem mais feliz da história (Sextante, 336 pp, R$ 25,90) é um romance protagonizado pelo psiquiatra Marco Polo, um pensador ateu e mundialmente reconhecido que ousa estudar a complexa mente de Jesus sob o ângulo da ciência. Em uma jornada surpreendente, ele procura desvendar os misteriosos códigos da felicidade ocultos no mais famoso discurso do Mestre dos Mestres: o Sermão da Montanha. Ao mesmo tempo que fica fascinado com suas descobertas, Marco Polo sofre uma perseguição implacável de forças ocultas que farão de tudo para silenciar sua voz. O homem mais feliz da história é a continuação da saga escrita por Augusto Cury e que começou com O homem mais inteligente da história. Os livros, no entanto, podem ser lidos separadamente.