O CupoNation, plataforma que oferece cupons de descontos em compras on-line, acompanhou os preços dos 90 títulos mais vendidos na Amazon entre 2016 e 2017 e comparou os preços dos mesmos nos formatos digital e impresso. O que se viu é que, na média, os livros digitais são 27% mais baratos do que a versão impressa. O estudo aponta ainda que a diferença entre digital e impresso pode chegar a inacreditáveis 97%. Essa variação fica mais evidente em segmentos como Literatura, no qual a diferença bate 33% ou Autoajuda, com 31%. O estudo foi resumido em um infográfico que pode ser acessado clicando aqui.

Na noite de ontem (30), os mais de 200 editores que participaram do primeiro dia da Jornada Profissional foram convidados a participar da inauguração do Sharjah Publishing City, a primeira zona franca dedicada à indústria do livro no Oriente Médio, que irá abrigar editores, distribuidores e impressores internacionais. Como tudo em Sharjah, o complexo é enorme. Tem 19 mil m², com 400 salas, além de depósitos que servirão de estoque para as empresas que aderirem ao programa. Os editores internacionais que quiserem aderir à Sharjah Publishing City devem preencher formulários e submeter documentos. Uma vez aprovada a candidatura, é enviada uma licença e as chaves para acessar o depósito e/ou o escritório da empresa em Sharjah. Isso acontece junto com a emissão dos vistos de permanência no país. Clique no Leia Mais e saiba mais detalhes de como funciona a Sharjah Publishing City.

Antecedendo a abertura da Feira Internacional do Livro de Sharjah, o segundo e último dia da Jornada Profissional começou com uma mesa com Steve Potash, presidente e CEO da OverDrive, empresa focada em conteúdo digital, e David Taylor, vice-presidente do Ingram Content Group, que falaram sobre os desafios da distribuição global na era digital. Na conversa, David, apontou que há três principais dificuldades atualmente: o grande número de livros impressos, a maior quantidade de editoras e de títulos disponíveis, e frisou ainda que a impressão por demanda representa o futuro da distribuição. A mesa seguinte reuniu as editoras Gabriella Page-Fort (AmazonCrossing) e Sonia Draga (Sonia Draga Publishing) para falarem sobre a literatura em tradução. Sonia destacou a importância de bolsas de tradução como a oferecida pela Feira de Sharjah. O programa de tradução do emirado árabe é dotado de um fundo de US$ 300 mil e, desde o seu lançamento, em 2011, já facilitou a tradução de cerca de 260 títulos. No ano passado, 41 editoras ganharam o subsídio. Com essas mesas, foi encerrada a Jornada Profissional da Feira de Sharjah. Como balanço final, o que se percebe é que há uma cautela por parte dos editores internacionais que participaram da programação. Como qualquer negociação, o processo é lento e muitas vezes os resultados não são imediatos. Mas a ida para o outro lado do mundo, pelo menos para os editores brasileiros que embarcaram para Sharjah na missão oficial, fica como um legado positivo. Afinal, é sempre importante conhecer um novo mercado, seus potenciais e oportunidades, além de, é claro, ampliar a rede de contatos, que é o que faz a roda girar. Nesta quarta-feira (1º), a Feira será oficialmente aberta e passará a receber, além de profissionais, os leitores e aí a festa estará completa.

O que se faz em Frankfurt definitivamente não fica em Frankfurt. A maior feira do livro do mundo acabou já há três semanas, mas continua ecoando nas editoras mundo afora. O Grupo Editorial Record, por exemplo, acaba de bater o martelo e comprou os direitos para a publicação no Brasil de Tina: My life story, a autobiografia da cantora Tina Turner (na foto ao lado) e da biografia original e autorizada da Rainha do Crime: Agatha Christie: A biography, assinada por Janet Morgan. Os livros saem pelo selo BestSeller. E não para por aí. Também no prelo da BestSeller está o livro de Susan Fowler, que foi assediada quando trabalhava na Uber. O caso foi tão polêmico nos EUA que deverá virar filme, produzido pela própria autora. A Verus, outra editora da casa, bateu o martelo e ficou com os direitos do livro de poesias Love her wild, que surgiu das publicações do perfil anônimo @AtticusPoetry no Instagram. O selo também adquiriu os direitos de My absolut darling, de Gabriel Tallent, um juvenil que trata de assunto complicado, o abuso, e Ophelia, livro em que Lisa Klein recria a história de Ophelia, personagem de Hamlet, a peça de Shakespeare. Além disso, adquiriu os direitos de dois livros da norte-americana Alessandra Torre: Hollywood Dirt e Ghostwriter. O primeiro livro gira em torno de Cole Master, que se torna o solteiro mais cobiçado de Hollywood depois de ser abandonado pela esposa. Até que ele conhece Summer Jenkins, uma garota interiorana com um estilo de vida totalmente diferente do seu. E em Ghostwriter, Alessandra aposta em um suspense para contar a história de Helena, uma famosa escritora de romances que esconde segredos obscuros.

A Saraiva inaugura hoje a sua primeira loja conceito na cidade de São Paulo, no Morumbi Shopping. A unidade foi projetada dentro do novo conceito da marca focado na experiência do cliente, com ambientação mais acolhedora e que oferece uma completa opção de entretenimento e lazer, além de um amplo sortimento de produtos. “Temos como um de nossos pilares a experiência do cliente. A nova loja conceito reforça que a Saraiva está em constante evolução e focada na entrega de novidades personalizadas ao perfil do nosso público”, explica Avelino Nogueira, diretor de operações e expansão da Saraiva. Esta nova loja é a sexta da rede a receber este novo conceito no Brasil. As outras unidades estão localizadas no Shopping Nova Iguaçu (RJ), Iguatemi Porto Alegre (RS), Iguatemi Alphaville (SP), Franca Shopping (SP) e North Shopping (CE). Além disso, desde o início do ano, a Saraiva tem feito um movimento para a abertura e readequação de suas unidades, como iTown Natal (RN), Brascan Century Plaza (SP), Shopping Interlagos (SP) e também no RIOSUL (RJ). Até o fim de 2017, a empresa prevê a abertura de três novas lojas, no Park Shopping Canoas (Canoas/RS), Shopping Village Mall (Rio de Janeiro/RJ) e Uberlândia Shopping (Uberlândia/MG).

A Landmark lança no próximo mês o livro Gabinete de curiosidades, do autor português Luís Filipe Sarmento, apontado como um dos nomes mais importantes da poesia, da prosa e da crônica portuguesa na contemporaneidade. Marcando a estreia do autor no mercado editorial brasileiro, a obra contém poemas, ensaios e manifestos que retratam a relação do homem com o mistério da existência e está dividida em três partes. A primeira parte intitulada Generalidades possui 24 poemas. A segunda parte nomeada Hipermodernidades, conta com 24 textos formatados em pequenos ensaios, manifestos e panfletos. Já a terceira e última parte da obra recebe o título de Raridades que consiste em uma ficção com 24 micro capítulos.

Logo mais, às 19h, a Fundação SM recebe convidados para a cerimônia de entrega da 13ª edição do Barco a Vapor de Literatura Infantil e Juvenil. O evento marcará o lançamento de O cometa é um sol que não deu certo, do pernambucano Tadeu Sarmento, vencedor desta edição; e de Deslumbres e assombros de uma jornada fabulosa, do carioca Lucas Carvalho, vencedor da edição do Barco a Vapor de 2016. A cerimônia este ano acontece no Teatro Viradalata (Rua Apinajés, 1387 – São Paulo / SP).

A Academia Brasileira de Letras abre hoje, às 16h30, a Exposição Patronos e Fundadores – 120 anos da ABL, com desenhos de Cássio Loredano. A mostra faz parte das comemorações de seus 120 anos de fundação, completados em julho. A série foi encomendada ao artista em 2002, pelo acadêmico Alberto da Costa e Silva, então Presidente da ABL. Representa, de acordo com os responsáveis pela exposição, “um aspecto importante na produção do artista e pouco conhecida do público. Constitui uma das mais importantes interpretações do perfil psicológico dos primeiros membros efetivos e seus escolhidos patronos”. A exposição segue a sequência numérica das 40 cadeiras acompanhadas de texto biográficos dos Patronos e Fundadores. A exposição está no Centro Cultural do Brasil (Av. Presidente Wilson, 203 – Rio de Janeiro / RJ) e tem entrada franca.

No próximo mês, o Liceu Literário Português (Rua Pereira da Silva, 322 – Rio de Janeiro / RJ) realiza duas atividades gratuitas para professores, estudiosos e interessados em aprimorar conhecimentos em língua portuguesa. A primeira é o curso Tradução de textos latinos, que acontece a partir do dia 1º de novembro e pretende tratar dos fatos gramaticais do latim com base em autores romanos, realizar tradução e comentários linguísticos e literários sobre obras e abordar as ressonâncias do latim na língua portuguesa. E no dia 9 começa o curso Leitura e ensino de textos literários, que abordará a leitura e compreensão dos diferentes tipos de texto, o texto e contexto, códigos linguísticos, interpretação textual e a formação do leitor. As inscrições podem ser feitas pelos telefones (21) 2225-0423 ou 2265-1497 e mais informações diretamente na sede do Liceu Literário.

Ao narrar sua formação cultural – que inclui música, cinema, artes plásticas, literatura e filosofia –, Caetano Veloso não se limita a escrever uma autobiografia. Nessa mistura de memórias, ensaio e história, tendo como eixo central a eclosão do tropicalismo em meio aos anos de chumbo, o autor esmiúça momentos decisivos da ditadura militar e os nomes com quem travou apaixonadas conversas. Partindo de Santo Amaro, na Bahia, onde leu Clarice Lispector, assistiu a La strada, ouviu João Gilberto e teve sua primeira relação sexual, suas lembranças atravessam a adolescência, a prisão em 1968, o exílio em Londres e chegam ao fim da década de 1990 para compor um extraordinário panorama do Brasil. A nova edição de Verdade tropical (Companhia das Letras, 456 pp, R$ 69,90), com projeto gráfico redesenhado, inclui texto inédito escrito especialmente para este volume. Aos 75 anos, ele se debruça sobre sua trajetória musical – e também literária – para um acerto de contas com suas experiências pessoais, além de analisar assuntos relacionados à cultura, política e identidade do país. “Fui um dos idealizadores e executores do projeto da Tropicália. Este livro é uma tentativa de narra e interpretar o que se passou”, ele escreve.

No Reino da Noruega, Morten Harket é considerado um dos maiores artistas da história do país escandinavo. E, claro, o A-ha, banda da qual ele é vocalista, um dos melhores grupos do mundo. Também, pudera: em 30 anos de carreira, o trio de pop-rock vendeu mais de 80 milhões de discos no mundo todo, boa parte em lojas brasileiras. Quando o cantor pisou pela primeira vez no Brasil, em 1989, a banda já havia emplacado hits como Take on me, Hunting high and low e You are the one, além de ter no currículo uma trilha de 007: The living daylights. Em 1991, tocou no Maracanã para 200 mil pessoas na segunda edição Rock in Rio e entrou para o Guinness Book. Em My take on me (Faro Editorial, 288 pp, R$ 59,90), o leitor vai saber como um garoto de subúrbio, que sofria bullying na escola, virou o frontman do grupo que fez sucesso mundial e marcou a cena musical da década de 1980, ao lado de Duran Duran, Pet Shop Boys e Wham.

Um dos principais méritos do trabalho de Janaina Tschäpe é tirar o espectador de um mundo desencantado, demasiadamente real, e levá-lo para um universo de possibilidades e fantasias. Nascida na Alemanha, criada em São Paulo, hoje vivendo em Nova York, a artista produziu uma obra de caráter universal, em decorrência dos inúmeros deslocamentos que atravessou desde a infância, sem a preocupação com a velocidade constante da contemporaneidade. O livro Janaina Tschäpe (Cobogó, 240 pp, R$ 136) reúne pinturas e fotografias produzidas pela artista nos últimos dez anos, além de contar com ensaios críticos, em português e em inglês, dos curadores Germano Celant e Luisa Duarte. O trabalho de Janaina habita um território maleável entre realidade e fabulação, entre a paisagem vista, a paisagem lembrada e a paisagem que se torna pintura, fruto da memória viva. Entre pinturas figurativas e abstratas, há a presença marcante da água e do mar, assim como das plantas e matas, criando um universo próprio da artista.

A ilustradora canadense Keri Smith conquistou fãs em todo o mundo com seus livros de atividades, nos quais convoca o leitor a abandonar o perfeccionismo, sair da zona de conforto e deixarem cada página uma marca de sua criatividade. A linha (Intrínseca,224 pp, R$ 29,90 – Trad.: Flora Pinheiro), seu mais novo título, propõe aos leitores tarefas lúdicas e simples, mas que funcionam como fio condutor para uma jornada de autodescoberta. As atividades sugeridas no livro estão desde o início conectadas. O leitor começará a intervir na obra já na capa, onde um traço deve ser desenhado. A partir daí, a ideia é deixar o lápis correr pelas primeiras páginas. Segundo a autora, a linha pode representar um movimento, uma aventura, um estado de espírito, um desafio ou muitas outras coisas. Segundo a autora, “é preciso vivenciá-la para descobrir”.

Conhecido por sua sensibilidade, Lufe Gomes, fotógrafo e colunista na revista Casa e Jardim, traz em Life by Lufe: onde vive você (Autêntica, 224 pp, R$ 129,80) muito mais que um livro com fotografias de casas. Na obra ele leva o leitor para uma verdadeira jornada em busca de formas criativas e singulares de morar. No livro, que forma uma verdadeira narrativa por meio das imagens, ele mostra como vivem as pessoas inspiradoras que encontrou em vários países. A cada visita, as casas se revelam sob seu olhar, e, através dessas imagens, apreendemos a vida, a alma e as histórias de quem vive ali. Com a capacidade de captar a essência contida em detalhes quase imperceptíveis, Lufe desperta uma nova perspectiva sobre morar e decorar, na qual o bem-estar e as boas histórias pessoais são os elementos mais importantes. Não importa se é uma casa minimalista no Japão ou um ateliê de artistas na Argentina, um loft industrial em Nova York ou uma fazenda na África do Sul, no Peru ou no Marrocos – estas fotografias causam muito mais do que a vontade de redecorar nossa casa, elas nos convidam a refletir sobre como podemos nos revelar mais verdadeiramente nos ambientes que criamos para viver.