Ter José Saramago na Lista dos Mais Vendidos do PublishNews não é nenhuma novidade. O Prêmio Nobel já emplacou Claraboia, em 2011; Caim, em 2013, e Alabardas, alabardas, espingardas, espingardas, em 2014. Três anos depois, ele volta com O conto da ilha desconhecida (Companhia das Letras), lançado originalmente em 1998, justamente no ano em que Saramago foi laureado pelo Nobel. O livro ocupa a 9ª posição da Lista de Ficção, ao vender 1.015 unidades na semana. Mas os grandes destaques da semana estão na Lista de Negócios. Ocupando a primeiríssima posição, aparece pela primeira vez Líder de resultado (Gente), de Elias Leite. O livro teve 4.314 exemplares vendidos na semana e ocupa a segunda posição da Lista Geral, perdendo lá só para Origem (Arqueiro / Sextante), de Dan Brown, que vendeu impressionantes 9.834 cópias. Outro que merece destaque na Lista de Negócios é Como usar a internet para alavancar as vendas ou criar um negócio digital do zero (Buzz). O livro que é forte concorrente ao dono de maior título do ano vendeu 2.594 exemplares, o que lhe garantiu a segunda posição da Lista de Negócios e o 5º na Lista Geral. Para conferir outros destaques da Lista dessa semana, clique no Leia Mais.

Conhecida como a Capital Cultural dos Emirados Árabes, Sharjah se tornou nos últimos anos um personagem importante no mercado editorial mundial e sua feira do livro já é uma das maiores do mundo, sendo assim, parada obrigatória para quem trabalha com livros no mundo. Na próxima quarta (1º), começa a 36ª edição da Feira Internacional do Livro de Sharjah (Sharjah International Book Fair, #SIBF17) que espera hospedar 1.650 expositores de 60 países. Além disso, o evento contará com 393 convidados de 48 países que participarão de mais de 2.600 eventos. Com o tema "O mundo dentro do meu livro", que segundo o presidente da feira, Al Ameri, exemplifica o valor do livro como a principal fonte de conhecimento que tem o poder de abrir janelas em novos mundos, a feira espera ainda exibir mais de 1,5 milhão de livros nos mais de 14 mil m² do Expo Center Sharjah. O calendário de eventos da pré-feira começará com o Programa Profissional que acontece no dia 29 e reunirá editores para uma série de seminários e oficinas relacionados ao setor editorial. Nos dias 30 e 31 acontece a Jornada Profissional, que todos os anos reúne profissionais de direitos de tradução e especialistas da indústria para destacar os desenvolvimentos mais recentes na indústria editorial. E é durante esses dois dias que os profissionais têm a chance de se beneficiar com programa de apoio à tradução da feira. A feira terá a cobertura do PublishNews. Clique no Leia Mais para saber outras novidades da feira.

O escritor Julián Fuks recebeu nesta quarta (25) o Prêmio Literário José Saramago, por conta do romance A resistência (Companhia das Letras). Na obra, Julián faz uma expedição pessoal ao passado - político e emocional - de uma família latino-americana às voltas com uma feroz ditadura e com a agridoce experiência do exílio. Segundo o próprio autor, A resistência é um livro muito íntimo e pessoal, por falar sobre seu irmão adotivo e sobre o exílio de sua família. O júri deste ano foi composto por Guilhermina Gomes, Ana Paula Tavares, António Mega Ferreira, Nelida Piñon e Pilar del Rio, que deram a Fuks o prêmio no valor de 25 mil euros (aproximadamente R$ 95 mil). A resistência já recebeu o Prêmio Jabuti de Melhor Romance e ficou entre os finalistas do Prêmio Oceanos, no ano passado.

A Biblioteca Nacional divulgou a lista com as três obras finalistas em cada uma das nove categorias do Prêmio Biblioteca Nacional 2017. Na categoria Romance os finalistas foram J. P. Cuenca, com a obra Descobri que estava morto (Tusquets / Planeta); Ricardo Lísias, com A vista particular (Alfaguara / Companhia das Letras) e Alberto Mussa, com A hipótese humana (Record). E na categoria Literatura Infantil, disputam Eucanaã Ferraz, com a obra Cada coisa (Companhia das Letrinhas); Eva Furnari, com Drufs (Moderna) e Leo Cunha e André Neves, com Um dia, um rio (Pulo do Gato). Os nomes dos vencedores serão conhecidos no dia 28 de novembro na cerimônia de premiação, que acontecerá na sede da Biblioteca Nacional (Av. Rio Branco, 219 – Rio de Janeiro / RJ). O primeiro colocado em cada categoria levará para casa R$ 30 mil. Clique no Leia Mais para conferir a lista completa dos finalistas.

O Prêmio Top Educação, pesquisa quantitativa que tem como objetivo apontar as marcas mais lembradas entre as empresas que atuam na área de educação, divulgou os vencedores deste ano. Dentre os vencedores inscritos na Educação básica estão a Editora Moderna, que foi a escolhida nas categorias Editora de Livros Didáticos e Literatura Infantil; a Editora FTD, na categoria Literatura Juvenil; Livraria Cultura, na categoria Livrarias; e a Árvore de Livros, pelo segundo ano consecutivo, levou a categoria Softwares Educacionais. Já em Ensino Superior, a Pearson foi a escolhida na categoria Biblioteca Digital, e o Grupo A na categoria Sistemas de Aprendizagem. Clique aqui para conferir a lista completa dos escolhidos.

Nerds, geeks e fãs de histórias em quadrinhos também estão contemplados pela programação da 63ª Feira do Livro de Porto Alegre. O 12º Mutação na Feira - Quadrinhos, Zines e Cultura Pop vai fazer parte dos debates na Tenda de Pasárgada (Praça da Alfândega, em frente ao Memorial do Rio Grande do Sul) durante o primeiro fim de semana da Feira (4 e 5/11). Nesta edição, o evento vai dedicar especial atenção à representatividade no mundo das HQs e à perspectiva política na arte da banda desenhada. Entre os destaques, está a mesa Negros nas HQs, que acontece no sábado (4), às 15h, e conta com o quadrinista Paulo Daniel, a jornalista Fernanda Carvalho e o escritor Jeferson Tenório. No mesmo dia, às 16h, a presença feminina nos quadrinhos vai conduzir o debate entre a professora Márcia Antunes e as quadrinistas Germana Viana e Paula Mastroberti. Já no dia 5, os quadrinistas gaúchos Eloar Guazelli e Edgar Vasques, criador do personagem Rango, em 1970, e o produtor cultural e colecionador de gibis André Alves discutem sobre ativismo político nos quadrinhos, às 16h. Mais tarde, às 19h, os fãs de super-heróis poderão participar de um bate-papo sobre o renascimento da DC Comics e a Nova Marvel. Em ambos os dias, no mesmo espaço, ocorre a venda de quadrinhos independentes e mostra de colecionáveis. Outras atividades contam ainda com autores como Guilherme Smee, Cesar Alcázar e Matheus Santolouco. A programação completa pode ser conferida clicando aqui.

De 30 de outubro a 5 de novembro, a Cidade da Praia recebe a 1.ª edição da Morabeza - Festa do Livro, que pretende celebrar a cultura cabo-verdiana. O evento reunirá 40 escritores convidados, entre outras figuras e artistas, que participarão em mesas de debate, concertos, sessões de poesia, ações de formação, visitas a escolas e outras atividades. A Biblioteca Nacional de Cabo Verde acolherá o evento literário dos Países de Língua Portuguesa (PALOP) e receberá escritores oriundos da Ásia, Europa e África. Mais do que um encontro de escritores, a Morabeza procura ser um palco internacional para a produção literária cabo-verdiana e para o desenvolvimento do meio editorial local, por isso, terá em sua programação, sessões nas escolas e universidades, bem como ações de formação vocacionadas para profissionais e futuros profissionais do sector editorial e livreiro. Esta primeira edição contará com nomes como Germano Almeida, José Eduardo Agualusa, Afonso Cruz, Arménio Vieira, José Rodrigues dos Santos, Álvaro Laborinho Lúcio, Valter Hugo Mãe (na foto ao lado), Vera Duarte, Joaquim Arena, entre outros.

Neste domingo (29), a exposição Livro de Pedra: Materialidade e Dialogias Poéticas, da artista plástica Graça Lopes, será inaugurada no jardim da Casa das Rosas e seguirá para o Conjunto Nacional, em 19 de novembro. Graça uniu as artes da escultura e da literatura por meio da gravação (escavação), em esculturas de pedra, de poemas de sua autoria, dirigidos a grandes nomes da literatura mundial que a influenciaram, como Augusto de Campos, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Fernando Pessoa, Florbela Espanca, Gabriela Mistral, Hilda Hilst, entre outros. A exposição é gratuita e trará 11 esculturas concebidas com a proposta artística chamada de Livro de Pedra, sendo uma das obras em braile, em homenagem à poeta chilena Gabriela Mistral. “Os livros de pedra dialogam inevitavelmente com os postulados da poesia concreta, na medida em que se inserem no campo da poesia visual e propõem a desdobra da literatura”, acrescenta Graça. Na abertura da mostra, será lançado, ainda, pela editora Giostri, o livro Poemas-Conversas, que registra todos os poemas gravados pela escritora nas esculturas de pedra, acrescido de textos baseados na obra de outros 12 importantes nomes da poesia nacional e internacional.

Livro de estreia de Sumia Sukkar, O menino de Alepo (Globo Livros, 240 pp, 34,90 – Trad.: Fábio Bonillo) apresenta um enredo emocionante sobre família e sonho em meio à guerra da Síria. A obra conta a história de um menino que sofre de Síndrome de Asperger e vive uma vida tranquila com a família em Alepo até estourar o conflito. Seus irmãos são convocados para o exército, seus pais desaparecem, a cidade encontra-se sitiada e ele e a irmã mais velha, sua melhor amiga e guardiã, tentam cruzar o país para tentar encontrar com os irmãos em Damasco. Quando a irmã acaba sequestrada por soldados do Estado Islâmico, o protagonista é obrigado a tentar se comunicar com o mundo através de cores, tintas e pinturas para chegar até seu destino, contando com a solidariedade das pessoas que encontra pelo caminho e encarando os horrores da guerra de forma muito peculiar e emocionante.

Em Underground Airlines (Rocco, 320 pp, R$ 49,90 – Trad.: Ryta Vinagre), Ben H. Winters conta uma história ambientada numa realidade alternativa em que os EUA não passaram pela guerra civil e os estados de Mississipi, Alabama, Louisiana e Carolina do Sul permanecem separados do norte do país e vivendo de mão de obra escrava. Na trama, Victor é uma espécie de “capitão do mato”, um ex-escravo que trabalha rastreando escravos fugitivos e devolvendo-os a seus donos. Ao mesmo tempo, porém, em que opera a favor do status quo, ele age sob uma agenda própria. A partir desse personagem contraditório e aludindo às “underground railroads”, rotas clandestinas pelas quais os escravos americanos fugiam para o norte abolicionista ou para o Canadá, Underground Airlines é um ótimo entretenimento e também uma provocação à sociedade americana com suas questões raciais, econômicas e políticas.

A vida não deu a Heloísa as oportunidades que ela merecia, mas ela enfrenta bravamente as adversidades e, como boa brasileira, segue em frente. Apesar das agruras domésticas, das injustiças no trabalho, das desventuras da maternidade, das amigas invejosas, do marido sem graça, das prestações por pagar, da implicância da sogra, dos colegas incompetentes e do irmão desalmado, ela persevera na busca da felicidade a que tem direito. Quando as coisas não saem como espera, ela procura manter inabalada sua confiança e dar a volta por cima. Ao combinar o melhor da tradição do romance realista com a ironia que a tarefa demanda em nossos tempos, Marcelo Ferroni constrói em O fogo na floresta (Companhia das Letras, 304 pp, R$ 44,90) uma das personagens mais instigantes da literatura nacional, com a qual é impossível não se identificar.

Só se vive uma vez (Verus / Record, 208 pp, R$ 32,90 – Trad.: Silvia M. C. Rezende) é o segundo volume da série Pense rápido, de Bridie Clark. Neste livro interativo, cabe ao leitor construir a história, se colocando na pele da personagem principal e tomando decisões. No final de cada capítulo há opções de rumos a serem seguidos, um convite para criar uma história única a cada vez. O ponto de partida é a Academia Kings, uma escola de ensino médio bastante elitizada cujos alunos vêm das famílias mais ricas da cidade. Este pode ser um lugar difícil para um bolsista se acostumar, mas depois de vencer a primeira etapa no livro anterior, chegou a hora de assumir a postura de veterano. É preciso lidar com o estresse de se manter em dia com uma grande quantidade de trabalhos. Sem contar com as festas incríveis de aniversário de 16 anos realizadas por boa parte das meninas da classe. Para bancar isso tudo, talvez seja preciso um trabalho. Mas isso cabe ao leitor decidir. Será que é melhor um emprego como babá na cidade (e fingir não notar o flerte descarado do pai da criança)? Ou um estágio no New York Times — oferecido em forma de suborno? Quaisquer decisões que o leitor tome, o ano promete ser inesquecível.

Sol e sonhos em Copa1ana (Pandorga, 381 pp, R$ 39,90), escrito por Ariel Paione, conta a história de Jean-Jacques Chermont Vernier, um jovem diplomata francês que chega ao Rio de Janeiro durante o governo Campos Sales, em 1900. Vem ao Brasil para trabalhar na embaixada da França como consultor econômico. Depois de cerca de um ano morando no país, ele vê Verônica ao passar em frente ao cabaré de luxo Mère Louise, que realmente existiu na época. Verônica é uma tirana de corações, capaz de levar um homem do céu ao inferno, porém, ele é correspondido, e iniciam então um romance que, para Jean-Jacques, significa a plenitude de sua sensibilidade amorosa e estética. Porém, ela é amante de um respeitável senador da república. Tem-se, então, um triângulo amoroso de consequências e desdobramentos surpreendentes. Durante a narrativa, são efetuadas análises críticas históricas sobre a vida política e econômica do Brasil pertinentes à república velha. A obra será lançada no dia 30, às 17h, na Livraria da Vila, no Shopping JK Iguatemi (Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2041 – São Paulo / SP).